(Publicado em 14 de Março de 2002)
Os últimos actos eleitorais têm sido marcados por uma abstenção eleitoral crescente e preocupante. A evolução da participação demonstra uma tendência negativa, requerendo novos políticos e novas políticas, ou seja, novas práticas e ideias inovadoras que aliciem cada cidadão e estejam voltadas para as necessidades do novo Portugal.
Esta campanha eleitoral foi marcada pela presença constante da tribo do futebol nas televisões e nos jornais. Infelizmente, pelas más razões, pelo descalabro financeiro dos clubes insatisfeitos com o rigor imposto pelos últimos Governos no pagamento das suas contribuições para o fisco e para a segurança social ou por algumas obras em curso para o Euro’2004 que parecem fugir ao controlo de autarcas menos conscientes das suas responsabilidades políticas. Efectivamente, e como aqui escrevi alguns números atrás, Portugal não pode parar!
Das muitas razões possíveis para confiar no actual líder do Partido Socialista, Ferro Rodrigues, quero apontar-vos sete, mas podiam ser muito mais.
1. É um homem competente, corajoso, determinado, honesto, sério e tem convicções inamovíveis, como ficou patente nestes dias da campanha eleitoral, resistindo às tentações do discurso fácil. Pertence a uma geração que conheceu a ditadura e contribuiu para a construção da Democracia!
2. Por outro lado, já deu provas das suas capacidades de liderança. Como Ministro da Solidariedade marcou indelévelmente a sociedade portuguesa. Impulsionou o Rendimento Mínimo Garantido, promoveu os maiores aumentos de sempre das reformas dando mais a quem mais precisa e a quem mais descontou, contribuindo para a consolidação do sistema por algumas décadas!
3. Nos dias de hoje, em que muitos andam ao sabor da corrente e não resistem às tentações da demagogia e do populismo, Ferro Rodrigues já demonstrou que sabe dizer “não” quando é necessário e falar verdade mesmo que isso custe votos. Profundo conhecedor da realidade económica nacional e internacional, não promete o sol na eira e a chuva no nabal!
4. O episódio rocambolesco das farmácias sociais, mostrou-nos um líder político resistente aos lóbis, que enfrenta com firmeza os interesses instalados. Portugal precisa de alguém que queira descentralizar e modernizar a Administração Pública, sem a chantagem torpe dos congelamentos e dos despedimentos, e colocá-la ao serviço da economia e do desenvolvimento sustentado do nosso País. A reforma da Segurança Social é um exemplo da determinação de Ferro Rodrigues!
5. Portugal precisa duma mudança tranquila, que potencie tudo aquilo que se fez de bom e permita a correcção dos erros cometidos, que reforçe os mecanismos de rigor e coesão social já existentes na nossa sociedade e elimine as disfunções burocráticas que tolhem a nossa competitividade internacional. Hoje, fruto de intervenções em sectores estratégicos (educação, saúde, acessibilidades, etc.) que nunca perderam uma perspectiva global da região, o Algarve está melhor!
6. O voto nos candidatos do Partido Socialista demonstra confiança nos valores da democracia e impede o aumento injusto do IVA, que afectará todos as famílias portuguesas, prejudicando essencialmente as que detém menos recuros, e as privatizações da Caixa Geral de Depósitos e da Segurança Social.
7. Portugal precisa de um Primeiro Ministro com capacidade para reforçar a confiança dos portugueses na política e aproximá-los dos políticos, que possa defender uma sociedade de inclusão e ainda mais solidária, que resista às tentações do liberalismo selvagem e do totalitarismo arrogante das forças da direita.
Este é o único caminho, só com Ferro Rodrigues será possível continuar as políticas de valorização da acção das autarquias locais e dos serviços desconcentrados, conferindo-lhes mais meios para desenvolverem cada vez mais competências, aproximando a Administração dos Cidadãos e reforçando a capacidade de intervenção e a responsabilidade dos seus dirigentes e responsáveis!
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