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sexta-feira, maio 02, 2008
Ria Formosa XXI... sem barracas!
O plano de requalificação da Ria Formosa vai exigir um investimento de 87 milhões de euros até 2012, geridos pela ParqueExpo, envolvendo medidas correctivas da erosão, recuperação de lagoas e dunas e a requalificação das infra-estruturas portuárias de acostagem...
Segundo a TSF, a operação abrange as áreas ribeirinhas e doze praias nos concelhos de Faro, Loulé, Olhão e Tavira. O Público foi mais longe e realça o compromisso de José Sócrates de avançar de vez com a demolição das barracas!
Será que também vamos ver umas declarações de "amor" a José Sócrates nas paredes de Faro ou de Olhão?!
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2 comentários:
Demolições atrapalham Polis Litoral Ria Formosa
in Correio da Manhã, 2008.05.03
A demolição de habitações nas ilhas barreira marcou a cerimónia de ontem, em Olhão, de assinatura do protocolo de constituição da Sociedade Polis, que vai gerir 87 milhões de euros para requalificação da Ria Formosa, presidida por José Sócrates. O primeiro-ministro disse que "vai haver demolições", mas não adiantou datas.
Afirmação corroborada por Nunes Correia, ministro do Ambiente, que referiu a necessidade de um "período para projectos de execução", que se prolongará durante um ano.
"Apartir de 2009 e até 2012 avança-se para o terreno, mas não sei o número de casas a demolir, com a certeza que, se não formos nós, será o mar a fazê-lo", alertou.
A ideia das demolições tem sido de difícil implementação e José Apolinário,presidentedaCâmarade Faro, afirma que "a prioridade não pode passar pela demolição das casas", garantindo que "antes de qualquer intervenção nesta matéria, é preciso inventariar e lançar obras". O autarca aponta o suporte das entradas das barras, o desassoreamento de alguns canais da Ria, dragagens e o reforço do cordão dunar "como a grande prioridade".
Macário Correia, edil de Tavira, nãoconcordaedizque "gostaria, antes de tudo, de verclarificadooassunto dasconstruçõesilegais", afirma o autarca, que acusa o "Governo de ser pouco claro nesta matéria". Macário Correia diz mesmo que "não se sabe o que vai ser feito e quando", afirmando que "é contraditório fazer obras de requalificação na orla costeira e deixar milhares de construções ilegais em cima das praias,emdomíniopúblico,sem qualquer tipo de autorização".
Oedil de Loulé, Seruca Emídio, afirma, por sua vez, que, até agora, "só há intenções e objectivos", lembrando a importância ambiental da Quinta do Lago e do Pontal, "em estado de abandono".
Francisco Leal, edil de Olhão, concorda com a prioritização do reforço do cordão dunar e a abertura dasbarras."Omarjá abriu brechas, junto à Fuseta",alertaoautarca, que reivindica mais do que os dez milhões previstos para Faro. "O grosso da fatia terá de ficar no concelho de Olhão, que tem a maior zona na Ria", alerta.
87 MILHÕES INVESTIDOS EM 4 CONCELHOS
Até 2012, cerca de 87 milhões de euros vão ser investidos na Ria Formosa, dos quais 42 de financiamento comunitário. Os restantes (45 milhões) serão repartidos entre o Ministério do Ambiente (14,1), as autarquias de Faro, Olhão, Loulé e Tavira (8,5) e diversas entidades públicas. A intervenção abrangerá 19 245 hectares, com 48 quilómetros de frente costeira e 57 da frente da Ria, valorizando 12 praias.
O município de Faro vai requalificar o parque ribeirinho, a área da praia e os núcleos do Farol e da Culatra. ACâmara de Loulé aposta na aquisição da propriedade do Ludo, para devolvê-la às populações. O município de Tavira irá requalificar a marginal de Cabanas, o acesso à zona do Barril e das Quatro Águas. ACâmara de Olhão aposta na recuperação da zona poente ribeirinha e da praia dos Cavacos.
Teixeira Marques
Polis: “Demolições para depois das eleições” diz Vitorino
O vereador farense José Vitorino volta a carga com o Polis para Ria Formosa. Diz que é um mau plano, que está ferido de ilegalidade, e remata que as demolições vão ficar para depois das eleições.
Vitorino defende que para Faro, dos milhões anunciados, “só há tostões”. Ou seja, que os milhões são para demolir. “O Polis prevê para Faro apoios públicos insignificantes para novas infra-estruturas e equipamentos, com cerca de dois milhões de euros do Estado e da U.E, cada”.
Noutra perspectiva o vereador fala num plano “ferido de ilegalidade”. Justifica com os 1,26 milhões de euros que cabe à autarquia de Faro realizar para capital social na sociedade, que foi oficialmente constituída esta sexta-feira em Olhão.
Vitorino diz que a sociedade não podia ter sido criada nem os documentos assinados pelo edil farense, José Apolinário, uma vez que a Assembleia Municipal local “não votou essa verba (...) o que é da sua competência”.
Entre outras críticas o vereador lembra as palavras do primeiro-ministro, na cerimónia de assinatura, quando enalteceu o consenso encontrado entre todas as partes, inclusive no que toca às demolições, que “não serão prioridade”. Vitorino observa: “A estratégia é as demolições ficarem para depois das eleições, para enganar as pessoas com «aldrabices e habilidades»”.
Para o José Vitorino o Polis “tem graves problemas de substância”. “Continuaremos a lutar por alcançar ou alterar, nomeadamente: não às demolições e sim à requalificação dos espaços”.
JV/RS, in Região Sul, 10:29 segunda-feira, 05 maio 2008
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