quinta-feira, agosto 07, 2008

MFL longe do Algarve!


Manuela Ferreira Leite recusou o convite do PSD/Algarve para discursar no encerramento da tradicional Festa do Pontal...

Sem eleições internas no horizonte, a nova líder do partido informou que prefere a Universidade de Verão do PSD, que irá decorrer em Setembro, para proferir os seus discursos políticos, por isso
não marcará presença na festa social-democrata em Quarteira...

Em cenário idêntico, Marques Mendes assumiu a mesma atitude em 2006 e, nas vésperas das directas de 2007, ali perdeu o primeiro embate com Luis Filipe Menezes. Para além do reeleito líder do PSD/Algarve, Mendes Bota (apoiante da Santana Lopes), a outra estrela da festa laranja será o ex-presidente do Congresso Ângelo Correia (apoiante de Pedro Passos Coelho). Não consta que qualquer apoiante de Manuela Ferreira Leite use da palavra no próximo dia 14. Os personagens são outros, mas a história repete-se!

5 comentários:

Anónimo disse...

QUEM MUITO QUER

O título bem se pode ajustar a Mendes Bota. O reeleito líder do PSD/Algarve, bem como os responsáveis da concelhia PSD, apesar de há mais de um ano deixarem que se fale, em Bota e outros, ainda não confirmaram nem desmentiram a candidatura do ainda deputado da AR à Câmara de Faro. Mas, para adensar a habitual confusão, a Manuela, que Bota não apoiou para a liderança do partido, parece que lhe está a pagar o ...favor... e não aparece no que já foi o pontal para ser este ano o quarteiral! Ora, se agora a líder vira costas ao putativo candidato a Faro será que lhe sorrirá de frente, mesmo com um olho vesgo, no apoio à sua candidatura às próximas autarquicas na capital algarvia?

Também para o PSD, Faro continua adiado!

Com os mesmos de sempre a beneficiarem com uma mudança na continuidade, claro que Apolinário, o presidente socialista, juntando a acção divisionista, mais entre o PSD do que no PS, de Vitorino, só tem de sorrir a bandeiras despegradas, como fez na última Assembleia Municipal quando os antigos camaradas, Veloso (antigo candidato CDU e agora independente PS) e o comunista Agulhas quase se envolveram em pancadaria - zangam-se os compadres...

Mais ainda, sei, de fonte segura, que os eternos comandantes do PSD/Faro, Ramos, David e Vítor Silva (0nde anda Norte?), com a bonomia de Elidérico, têm andado de candeias ás avessas com as datas que Mendes Bota estará disponível para se declarar. Também sei que o putativo candidato tem andado a piscar o olho direito a uma candidatura ao Parlamento Europeu e o esquerdo à continuidade na AR, claro que os cifrões e poder são bem diferentes, em desfavor do cargo de presidente de câmara.

Ora, quem muito quer...É o que pode acontecer a Bota, já que há tempos os senhores do PSD/Faro andam à procura de alternativas e, desta vez, além de Carlos Andrade e Elidérico Viegas, entre outros, aranjaram-se uns "opinistas" para lançarem o nome de David e, claro, para confundir, o eterno Villas-Boas, que, ou mudou muito ou não estará disposto a dar refúgio à trupe de sempre na casa dos acomodados...

Tem avonde

Anónimo disse...

Eurodeputado do PSD Carlos Coelho diz que Ferreira Leite devia ser elogiada e não criticada

Lusa, 8 de Agosto de 2008 | 07:29

O eurodeputado Carlos Coelho considerou hoje que a líder social-democrata "devia ser elogiada e não criticada" por fazer a "rentrée" política do partido na Universidade de Verão em detrimento da Festa do Pontal, em Quarteira.

"Politicamente, é um sinal que se dá quando o discurso da `rentrée´ é feito não numa festa em tom de comício mas numa acção de formação de jovens quadros. Tem um valor positivo muito grande e devia ser elogiada e não criticada por isso", afirmou Carlos Coelho.

Em declarações à Lusa, o director da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide entre 01 e 07 de Setembro, considerou que a polémica criada em torno da ausência de Manuela Ferreira Leite da Festa do Pontal, Faro, deve-se apenas "a uma tentativa de voltar a fazer do Pontal o espaço privilegiado" do regresso do PSD ao discurso político após as férias de Verão.

"As críticas em concreto não vou comentar. Mas o que está em causa é uma tentativa de voltar a fazer do Pontal o espaço privilegiado da rentrée", afirmou.

O ex-presidente da Mesa do Congresso do PSD, Ângelo Correia, que apoiou Pedro Passos Coelho nas últimas eleições internas, vai encerrar a Festa do Pontal, depois de a líder social-democrata ter rejeitado um convite da distrital do PSD/Algarve.

Em declarações a vários órgãos de comunicação social, Ângelo Correia disse que irá à Festa porque "o partido não pode ficar num vazio" e considerou que Ferreira Leite "tinha a obrigação de unir o partido e não de o abandonar", referindo-se à festa do Pontal como um momento "simbólico de grande relevância".

Carlos Coelho frisou que foi em 2003 que o então líder do PSD, Durão Barroso, decidiu promover uma "rentrée" política no âmbito da formação de jovens quadros e defendeu que a líder "do maior partido da oposição, que é candidato a primeiro-ministro" não deve ter um "registo de comício" mas "um registo sério" na tradicional reabertura do ano político.

Contactado pela Lusa, o PSD não quis responder às críticas de Ângelo Correia, mas fonte próxima da direcção desvalorizou a polémica, frisando que a festa do Pontal "já não é a festa da rentrée" do PSD mas apenas uma festa de uma distrital.

A festa do Pontal, que sofreu um interregno de sete anos, entre 1998 e 2005, realiza-se no próximo dia 14 de Agosto, em Quarteira.

A festa marcava, nas décadas de 80 e 90, a 'rentrée' política do PSD.

Manuela Ferreira Leite encerrará a Universidade de Verão, entre 01 e 07 de Setembro em Castelo de Vide, com um discurso que marcará a "rentrée" política do PSD.

Antes disso, não está prevista qualquer intervenção pública da líder partidária, segundo fonte próxima da direcção.

A iniciativa contará com a presença do socialista António Vitorino, dos sociais-democratas Pedro Passos Coelho e Pacheco Pereira, e António Borges, entre outros.

Anónimo disse...

Alas populares do PSD em maioria no Pontal

Líder foi aos Açores e esteve com JSD, mas descartou Jardim e Mendes Bota

in JOrnal de Notícias, 2008.08.10, por ALEXANDRA MARQUES *

A cinco dias do comício-festa do Pontal, Macário Correia - apoiante de Manuela Ferreira Leite na corrida à liderança do PSD - fez saber que vai estar presente. Ao lado de Mendes Bota e de Ângelo Correia. Menezes também andará pelo Algarve.

Será um PSD órfão de líder que vai reunir-se dia 14 , na festa do Pontal. Ontem, o presidente da Câmara de Tavira, Macário Correia, anunciou que irá. Porque foi convidado e porque quer, dessa forma, "contribuir para a unidade"do partido.

O presidente da Associação de Munícipios do Algarve (AMAL) atribuiu ainda a ausência de Manuela Ferreira Leite "a uma questão de calendário e de estilo".

Na verdade, na última aparição pública, dia 26 de Julho, na apresentação da lista do PSD-Açores, encabeçada pelo ex-secretário de Estado dos Assusntos Europeus, Costa Neves, a presidente social-democrata voltou a criticar os que gostam da "política folclórica".

Ao caracterizar o cabeça de lista do PSD nas eleições regionais açorianas, de 19 de Outubro, Manuela Ferreira Leite referiu-se a Costa Neves como um exemplo de "rigor, seriedade, sobriedade e capacidade para fazer bem sem alarido".

"Não devemos fazer política folclórica. Temos de ter cuidado com as festas e os recursos que gastamos nelas", sublinhou.

A mesma mensagem que deixou no discurso de candidatura à liderança, proferido a 29 de Abril, na sede do partido e com qual está a ser coerente, desde a recusa em participar na festa do Chão da Lagoa, na Madeira, ao lado de Alberto João Jardim.

"Não esperem de mim uma campanha com espectáculo que não sei fazer", assinalou no dia em que entrou na corrida, antes de mencionar outro ponto de honra: "Não esperem de mim o uso de grandes meios, de que, de resto, não disponho, nem penso serem desejáveis".

Desde que venceu as directas a Pedro Passos Coelho e a Santana Lopes, Ferreira Leite tem gerido com parcimónia a sua agenda de deslocações. Uma semana antes de ter estado nos Açores, foi à Figueira da Foz, ao comício do 34.º aniversário da JSD, em que disse que, por estar numa festa, não ia falar de coisas tristes como o Governo.

Gracejo fez o santanista Mendes Bota sobre a ausência da líder no Pontal. "Os líderes passam, mas a festa continua", disse , no mesmo dia em que se soube que Ângelo Correia - apoiante de Passos Coelho - irá ao palco. Provavelmente tendo a ouvi-lo na plateia o ex-líder do partido, Luís Filipe Menezes, que ainda estará de férias no Algarve.

* COM AGÊNCIA LUSA

Anónimo disse...

Santana Lopes quer Ferreira Leite na festa laranja do Pontal

TSF, 2008.08.13

Santana Lopes defendeu, esta quarta-feira, a presença de Manuela Ferreira Leite na festa laranja do Pontal. No seu blogue, o ex-líder do PSD escreveu um texto intitulado “Os gostos das lideranças”, onde referiu que esta festa «não cai no goto da nova liderança».
Para Santana Lopes, Manuela Ferreira Leite devia participar na festa laranja do Pontal, que se realiza na próxima quinta-feira, na Quarteira.

No entender do ex-líder do PSD, a festa do Pontal é uma «parte da tradição laranja».

No seu blogue, num texto intitulado “Os gostos das lideranças”, o ex-líder social-democrata considerou que «quem lidera, para não ir, tem obrigatoriamente de ter uma boa razão».

Afirmou também que «até pode nem falar, mas deve estar junto daqueles que se dispõem, numa altura tão difícil para mobilizações, a estar juntos pela bandeira partidária, com a história que simboliza e as causas que representa».

Santana Lopes escreveu ainda que «o PPD/PSD não é feito só de universidades de verão ou de inverno, nem só de universitários».

O social-democrata revelou ainda que, apesar de ter sido convidado, não irá ao Pontal.

A líder já tinha sido acusada, na semana passada, por Ângelo Correia de estar «a criar um vazio no PSD».

Fonte próxima da direcção do PSD desvaloriza esta polémica, frisando que o Pontal «já não é a festa da rentrée do PSD, mas apenas a festa de uma distrital», de acordo com informações avançadas pela agência Lusa.

Anónimo disse...

Bota vai mandar cassete a Manuela

in Observatório do Algarve, 14-08-2008

O líder do PSD/Algarve vai mandar a festa do Pontal desta noite à presidente e direcção nacional em versão cassete. Para que conheçam as 10 razões para o partido não se auto-excluir da Regionalização...

“Vamos mandar cassetes a toda a direcção nacional”, informa o ex-deputado/cantor, sem esclarecer se se tratarão de artefactos áudio, do tipo “cassete-pirata”, ou vídeo, analógico ou digital, seja VHS, VHS-C, Beta, DV ou mini-DV.

A verdade é que esta vontade de pôr Manuela Ferreira Leite a ver/ouvir o Pontal à distância advém de uma outra vontade mais profunda: a de que o PSD volte a tomar a dianteira na defesa da Regionalização.

Um tema caro a Mendes Bota, que no seu discurso desta noite levará a Quarteira as 10 razões para o partido voltar a “encher a boca” com a temática regionalizadora. Como sempre, será um discurso de improviso, embora se admita que cada um dos “mandamentos bíblicos” em forma de recado interno tenha direito a um tópico linear na folha que Bota vai levar para o palco.

Claro que, do discurso de Mendes Bota e outros, não deverão estar excluídas algumas alusões à ausência da presidente social-democrata da festa mais famosa do partido. Ao OA, o presidente do PSD/Algarve voltou a lamentar a “falta” à aula da calçada e recordou que o PSD ”também deve ocupar o espaço da rua”.

A presença de Manuela Ferreira Leite seria “um sinal de respeito para com uma tradição popular” e uma forma de a líder “medir o pulso das bases”, enviando uma mensagem clara de que o partido quer intervir em todos os palcos. Da Universidade de Verão à "escola da rua".

“O Pontal já vem de longe e sobreviverá à actual direcção”, enfatiza o líder algarvio, que depois do discurso desta noite espera ainda ter fôlego para soprar as 33 velas do bolo comemorativo de mais um aniversário da festa a que Sá Carneiro nunca faltou.

A ausência da líder (e da direcção nacional em peso) está a constituir, de resto, o argumento para a primeira grande vaga de críticas de que a presidente está a ser alvo desde que ganhou as directas de Junho: ontem, no seu blog, Pedro Santana Lopes desafiava Manuela a não faltar, porque é sua obrigação estar junto daqueles que numa altura tão difícil para mobilizações ainda se unem em torno do partido.

“O PPD/PSD não é só feito de universidades de verão ou de inverno. Nem só de universitários”, afirma o ex-líder, insinuando que Manuela Ferreira Leite só se sente bem nesse tipo de eventos, esquecendo uma parte importante do partido.

Bacalhau na ementa, Macário na festa

De resto, a ausência de Ferreira Leite também já tinha levado Ângelo Correia a acusar a líder de estar a criar um vazio no PSD e é de crer que o ex-membro da direcção de Luís Filipe Menezes volte à carga esta noite no calçadão de Quarteira.

Ângelo Correia encerrará a parte politica da festa, que além de Bota contará também com intervenções de dirigentes locais de Quarteira e Loulé, do “autarca residente”, Seruca Emídio, e do líder da JSD/Algarve, Fábio Bota, que apesar do nome não é familiar de Mendes Bota.

A parte musical está a cargo, durante o jantar, dos jazzísticos T6, uma banda de Portimão, e depois dos discursos, por volta das 11 e meia da noite, haverá um espectáculo de Nuno da Câmara Pereira. Um monárquico do fado numa festa da República.

Mendes Bota não quer entrar no jogo das adivinhas de “nomes de notáveis”, pois “quem estiver está”, mas o seu arqui-adversário interno Macário Correia já anunciou que estará em Quarteira, numa tentativa de “apaziguar o partido”. Pelo menos no Algarve, o argumento parece colher.

Os 1.500 comensais que esta noite vão ocupar as dezenas de mesas espalhadas por uma pequena parte do calçadão de Quarteira podem esperar uma ementa com salgados e cenoura marinada de entrada, caldo verde a seguir e mais dois pratos: bacalhau com natas e carne estufada.

No capítulo gastronómico, a festa ficará completa com o célebre “pudim à Pontal”. Cortado “em forma de ponta”, esclarece o líder do PSD/Algarve, que esta noite promete estar de pontas bem afiadas contra os inimigos da Regionalização.

João Prudêncio