domingo, agosto 24, 2008

Obrigado, Eng.º Brito da Mana!


Muitas décadas de dedicação, determinação, empenhamento e esforço de um grande homem permitiram hoje a concretização de um sonho!


Depois da brilhante prestação colectiva na subida para o Alto da Senhora da Graça, o ciclista galego David Blanco (Palmeiras Resort/Clube de Ciclismo de Tavira) fez história, ao celebrar, em Felgueiras, a vitória na 70.ª Volta a Portugal em Bicicleta, após a última etapa, em contra-relógio.

Independentemente dos actuais dirigentes e ciclistas do Clube, importa dedicar esta vitória ao homem que sempre acreditou que não havia impossíveis e que chegaria o dia em que a mais antiga equipa do pelotão internacional conquistaria a CAMISOLA AMARELA na
Volta a Portugal em Bicicleta.

Desaparecido do nosso convívio há menos de um ano, o Eng.º Brito da Mana construíu um projecto vencedor e congregou em torno do "seu" Clube as pessoas e os apoios que agora permitiram o TRIUNFO!

7 comentários:

Anónimo disse...

finalmente a volta na gaveta (1)

neste momento já é possível ter a confirmação que david blanco, da equipa de ciclismo que carrega nas camisolas os genes do glorioso 'ginásio de tavira' - uma das colectividades portuguesas que, ao longo de décadas, mais deu à modalidade no nosso país -, ganhou a volta a portugal em bicicleta, na sua edição deste ano.
parabéns campeão! parabéns cidade de tavira!
esta região algarvia, pelo amor que tem dedicado à modalidade, acolhe justificadamente esta conquista.
e até o seu presidente da câmara, que, eventualmente, não merecerá outras coisas, como vir a ser presidente da autarquia farense, por exemplo, macário correia, pela paixão que tem mostrado pelas bicicletas, ao longo dos anos, é digno de passar a albergar na sua cidade este galardão.
como eu e muitos outros companheiros algarvios de jornada, o horácio, o henrique, o galhós, o rui antão, o zé cavaco, o cercas, o pelica, o mindinho (recordas-te jorge?...) e tantos outros, também o merecemos! nós que, religiosamente diria, passávamos as tardes em que a 'volta' visitava a cidade do gilão (e do sécua) a aplaudir os heróis da altura...aplausos bem regados com umas valentes litradas de cerveja!...

(1) tavira, cidade algarvia em que os seus naturais não se livravam do epíteto de 'forretas'; comiam não em cima da mesa mas dentro da gaveta de modo a poderem esconder o 'petisco' quando alguma inoportuna visita batia à porta, na hora da refeição.

Anónimo disse...

Herói de Tavira veio de Espanha

Uma vitória histórica. Para Tavira, que andava atrás deste êxito há 75 anos, e para o galego David Blanco, o primeiro estrangeiro a ganhar a Volta a Portugal duas vezes. E, naturalmente, Tavira viveu com euforia esta vitória. Tanta euforia que muitos adeptos algarvios vieram ao Norte assistir ao vivo à última etapa. Tanta euforia que Macário Correia, presidente da Câmara de Tavira, muito emocionado, fez questão de pagar a viagem de avião para o Algarve ao grande vencedor e à equipa do Palmeiras Resort-Tavira. Um êxito algarvio totalmente merecido. Um êxito algarvio conseguido ao fim de tanto tempo com uma grande ajuda espanhola.




Em primeiro lugar, o Palmeiras Resort, patrocinador da equipa, é uma empresa de um espanhol que não só percebe de marketing, como também adora o ciclismo. E só com muito dinheiro foi possível contratar David Blanco quando o galego estava com um pé na equipa da Karpin Galicia. Em segundo lugar, obviamente, porque David Blanco é um espanhol que nasceu em Berna, Suíça, galego de origem.

Mas, com mais ou menos ajuda espanhola, a vitória de David Blanco é a vitória da inteligência e da frieza. Perdeu Hector Guerra, mais uma vez, outro espanhol, este de Madrid, da Liberty Seguros. E, por falar em Espanha, importa ainda referir que os seis primeiros classificados são, obviamente, espanhóis. E dizer ainda que o melhor corredor do Benfica, Ruben Plaza, 3º classificado, também fala espanhol. É assim. É por isto que um português não ganha a Volta há cinco anos. Contra espanhóis não há argumentos. Siga a festa algarvia.

PERFIL

David Blanco, primeiro estrangeiro a ganhar duas vezes a Volta a Portugal, é um galego, nascido na Suíça, em Berna, a 3 de Março de 1975. Tem 1 metro e 80 e pesa 70 kg. Com 33 anos, tem oito de profissional. Começou no Paredes Rota dos Móveis. Ganhou a Volta de 2006 pela Comunitat Valenciana, com duas vitórias em etapas e passou para o Tavira em 2007. Levou o algarvios à glória.

APONTAMENTOS

O MELHOR

A equipa do Palmeiras Resort-Tavira esteve na Volta com um único objectivo: levar David Blanco à vitória. E conseguiu. Não andou em fugas, não ganhou etapas, nada. Parecia uma equipa à Lance Armstrong.

O PIOR

A equipa do Benfica foi uma desilusão total. José Azevedo não existiu, Cândido Barbosa só ganhou duas etapas e o melhor foi Ruben Plaza. Agora é bem possível que acabe.

PEDALADAS LIVRES

PRÉMIOS

David Blanco, vencedor da Volta, recebe 18 533 euros. O 2.º classificado tem direito a 9220 e o 3.º a 4620.

JANTAR DA VOLTA-I

Sábado à noite, na Quinta da Lixa, aconteceu o jantar da Volta. Muita gente da terra, algumas pessoas da comitiva e, claro, organização da Câmara de Felgueiras e da sua presidente Fátima. Presentes Valentim Loureiro, presidente em Gondomar, independente, ex-PSD, e Joaquim Valente, presidente na Guarda, PS.

JANTAR DA VOLTA-II

Em matéria de comes-e-bebes, a sopa estava óptima e o gelado também. O arroz de tamboril é para esquecer. Parece que os vinhos verdes eram bons.

VENCEDOR

Felgueiras venceu, indiscutivelmente, apesar do arroz cru e queimado, o concurso de comes-e-bebes do CM. Ontem, Penafiel não fugiu à pobreza franciscana que, em comes-e-bebes, caracterizou a maioria das partidas.

11 ROTUNDAS

Extraordinário. Num contra-relógio de 31,2 km os corredores tiveram de ultrapassar 11 rotundas. Há um Portugal rotundo sempre à nossa espera.

ELEIÇÕES ANIMADAS

A Federação de Ciclismo vai a eleições a 4 de Outubro. E nos bastidores fala-se de uma lista contra o actual presidente, Artur Lopes, patrocinada pelas associações do Minho e do Algarve e pela Associação de Ciclistas Profissionais.

FRASES DO DIA

'É um dia histórico para nós. Tivemos de esperar 75 anos por esta vitória.' - Macário Correia, Presidente da Câmara de Tavira

'Tentei tudo por tudo, mas eu sabia que era impossível vencer David.' - Hector Guerra, Segundo na Volta

'Foi um dia importante para mim. Sabia que era o último dia da minha carreira.' - José Azevedo, Ciclista do Benfica

'Já começo a conseguir controlar melhor os meus impulsos.' - Tiago Machado, 1.º no Prémio Juventude

DESPORTO DE MULTIDÕES

O ciclismo é um desporto que vai a casa das pessoas de forma gratuita. Esta é a sua grande vantagem sobre outros desportos. Mas se as pessoas não gostassem da modalidade, não vibrassem com as etapas de montanha, as chegadas ao sprint, o espectáculo das partidas e com o enorme circo que durante doze dias percorre uma parte de Portugal, não era pelo facto de ser gratuito que tinha alguma hipótese de sobrevivência.

Basta ver as multidões nas partidas e nas chegadas, as romarias até ao Alto da Torre, na serra da Estrela, e na Senhora da Graça, em Mondim de Basto, as apoteoses em Viseu e em Felgueiras, só para dar dois exemplos, e percebe-se que o ciclismo, apesar da séria questão do doping, que sempre existiu, cá dentro e lá fora, não pode acabar. Tomara a maioria das equipas de futebol ter um quinto dos espectadores de uma chegada da Volta nos seus estádios. Mesmo à borla.

'A EQUIPA FOI EXTRAORDINÁRIA'
(David Blanco, Vencedor da 70.ª Volta a Portugal em Bicicleta)

Correio da Manhã – Partiu hoje com uma boa vantagem sobre Hector Guerra. Mesmo assim estava nervoso?
David Blanco – Gostava de ter partido com uma vantagem de meia hora. Seria bem melhor do que os 54 segundos.

– Sempre disse que este contra-relógio não o preocupava. Porquê?
– Disse isso antes das etapas de Fafe e da Senhora da Graça. Naquela altura nem pensava um minuto no contra-relógio.

– Mas a partir da Torre sempre foi considerado o grande favorito.
– Sabe que o favoritismo não ganha corridas. Se fosse tão fácil apostar todo o Mundo seria rico.

– E a sua equipa? Dizia-se que estava muito isolado e que não tinha equipa para o ajudar.
– Eles estiveram sempre lá. Ao meu lado. Na etapa da Senhora da Graça controlaram a corrida quase até ao fim. Foi uma equipa extraordinária.

CLASSIFICAÇÕES

10.ª ETAPA

1. Hector Guerra Liberty Seguros 43:03
2. David Blanco Palmeiras-Tavira a28s.
3. Ruben Plaza Benfica a57s
4. Juan Jose Cobo Scott-American a1m37s
5. Tiago Machado Madeinox Boavista a1m44s
6. David Bernabeu Barbot-Siper a2m18s
7. Steven Cozza Garmin-Chipotle a2m25s
8. Emilien Berges Agritubel a2m28s
9. Martin Garrido Palmeiras-Tavira a2m34s
10. Cândido Barbosa Benfica a2m36s
11. José Azevedo Benfica a2m467s
12. Francisco Mancebo Fercase-RM a2m49s
110 e último. Chris. Sutton Garmin.C. a10m54s

GERAL INDIVIDUAL

1. David Blanco Palmeiras-Tavira 39:49:45
2. Hector Guerra Liberty Seguros a262s
3. Ruben Plaza Benfica a3m59s
4. Juan Jose Cobo Scott-American a4m42s
5. Koldo Gil Liberty Seguros a5m39s
6. Francisco Mancebo Fercase-RM a6m36s
7. Rui Sousa Liberty Seguros a6m39s
8. Cândido Barbosa Benfica a7m
9. Tiago Machado Madeinox Boavista a7m53s
10.Daniel Martin Garmin-Chipotle a8m04s
11. Santiago Perez Loule a9m30s
12. David Bernabeu Barbot-Siper a10m01s
13. Adrian Palomares Cont.-Murcia a12m15s
14. José Herrada Content-Murcia a13m01s
15. Julien El Fares Cofidis a18m55s
16. Francisco Terciado Extremadura a14m47s
17.Ricardo Mestre Palmeiras-Tavira a19m08s
18.Nelson Vitorino Palmeiras-Tavira a19m28s
19. Christophe Rinero Agritubel a19m53s
20. J.Angel Gomez Scott-American a21m33s
21. Vitor Hugo Loulé a24m22s
22. Angel Valejo Loulé a25m442s
23.Virgílio Santos Fercase-R Móveis a26m17s
24. Lucas Euser Garmin-Chipotle a28m31s
109 e último.José Rodriguez Extrem. a2:32:00

MONTANHA

1. Rui Sousa Liberty Seguros 84pontos
2. Gil Koldo Liberty Seguros 53p
3. David Blanco Palmeiras Tavira 41p
4. Hector Guerra BLiberty Seguros 36p
5. Hugo Vítor Loulé 32p

PONTOS

1. Francisco Pacheco Barbot 130 pontos
2. Hector Guerra Liberty Seguros 95p
3. David Blanco Palmeiras Tavira 87p
4. Cândido Barbosa Benfica 81p
5. Juan Jose CoboScott-American 65p

EQUIPAS

1. Liberty Seguros 119:40:42
2. Benfica 119:54:00
3. Palmeiras-Tavira 119:58:51
4. Scott-American Beef 120:09:27
5. Contentpolis-Murcia 120:25:24

JUVENTUDE

1. Tiago Machado Madeinox-Boavista
2. Daniel Martin Garmin-Chipotle
3. Jose Herrada Contentpolis-Murcia
4. JulIen El Fares Cofidis
5. Arkaitz Duran Scott-American

António Ribeiro Ferreira, Enviado especial à Volta

Anónimo disse...

Contra-relógio consagra David Blanco como o senhor da Volta

in Público, 25.08.2008, José Augusto Moreira

Guerra fez o melhor tempo e o quinto lugar de Tiago Machado valeu-lhe o prémio da juventude. Rui Sousa foi o primeiro português da geral


Felgueiras confirmou David Blanco como o melhor ciclista, a Liberty como a equipa mais forte, mas a grande festa fez-se na outra ponta do país com o povo a sair à rua em Tavira para assinalar a primeira vitória da equipa de ciclismo local, que é a mais antiga de Portugal. O vencedor da Volta foi o segundo no contra-relógio final com o seu mais directo rival a fazer o melhor tempo, a confirmar que esta foi uma competição disputada até ao último metro, como o atestam os escassos 26 segundos que ficaram a separar os dois primeiros classificados depois de percorridos mais de 1588 quilómetros em prova.
Forte e controlado, Blanco foi claramente o mais regular - não venceu qualquer etapa - e soube gerir com grande mestria a vantagem que tinha conseguido na subida ao alto da Torre sobre o seu mais directo competidor. A partir daí, a equipa de Tavira centrou-se nos movimentos de Hector Guerra e resistiu até ao limite à guerra de nervos desencadeada pelos homens da Liberty, com os sucessivos ataques lançados principalmente nas etapas de maior dificuldade.
Ontem, Guerra até conseguiu vencer o contra-relógio, mas o facto de ter saído em último lugar permitiu ao vencedor da Volta ir controlando o tempo do seu rival, papel em que deu mostras de sentir-se absolutamente confortável.
"O Vidal [técnico da equipa] ficou muito mais nervoso do que eu", disse, quando questionado sobre se tinha ficado nervoso com os tempos que Hector Guerra ia fazendo. À calma que sempre evidenciou junta também frieza e sentido de humor, que foram das suas maiores armas ao longo da corrida. "Sabia que teria que fazer a última subida a pé para perder os 52 segundos de vantagem", observou, para deixar claro que tinha o seu tempo e que aquilo que Guerra pudesse fazer ao longo do percurso pouco o poderia impressionar.
Mas sem o apoio da equipa, a calma de Blanco de pouco ou nada teria valido, já que a Palmeiras/Tavira o protegeu de forma irrepreensível ao longo da corrida, essencialmente nos momentos menos afortunados, resultantes de avarias mecânicas ou do envolvimento em quedas. Reconhecido, o vencedor da Volta disse que procurou corresponder àquilo que era a sua obrigação, destacando sobretudo o trabalho colectivo. "Hoje [ontem] fui eu que pedalei, mas nestes dias todos foi a equipa que andou comigo ao colo. Noventa por cento do mérito é da equipa", sublinhou.

Avião fretado
Para a Palmeiras-Tavira, o momento é de festa. Ou não fosse a primeira vitória da equipa mais antiga do pelotão na Volta a Portugal. Para além da presença em Felgueiras do presidente da Câmara de Tavira, Macário Correia, a formação algarvia tinha ontem preparada uma recepção à altura.
Ontem à noite, David Blanco e companhia viajaram num avião fretado especialmente pelos patrocinadores da equipa, directamente do Porto até Faro. Isto para que pudessem ainda entrar nos paços do concelho, em Tavira, como "heróis" locais e festejar com a população o triunfo na maior prova do calendário velocipédico nacional.
Mas nem só da Palmeiras-Tavira se fez a história da última etapa. Além das dúvidas que ainda restavam quanto ao vencedor final, também a luta pela vitória no prémio da juventude teve que aguardar pelo dia de ontem. Tiago Machado não só tinha como objectivo ultrapassar o irlandês Daniel Martin mas também entrar nos dez primeiros da geral. Fazendo o quinto tempo do contra-relógio, o corredor do Boavista acabou por ganhar 1,17 minutos ao seu rival directo, alcançando ao mesmo tempo o nono posto da geral - foi o terceiro mais bem colocado entre os portugueses.
Outro dos destaques vai para Rui Sousa (Liberty), que foi o melhor português, venceu o prémio da montanha e vestiu de amarelo durante uma semana. Tudo isto apesar do trabalho colectivo que teve que desenvolver para tentar levar Hector Guerra até à vitória.

POSITIVO

Vidal Fitas - A par de David Blanco, o director desportivo da equipa de Tavira foi o outro grande vencedor desta Volta. Consciente do valor da sua equipa, nunca arriscou mais do que aquilo que sabia ser necessário nem se deixou enredar pelos constantes ataques lançados pelos homens da Liberty. Fez a sua corrida sem olhar muito à concorrência e faz história com a primeira vitória absoluta para a equipa de Tavira.

Nuno Ribeiro/Rui Sousa - Mesmo vencidos e caindo vários lugares nas últimas etapas, os dois corredores da Liberty foram os guerreiros do pelotão. A história da corrida não se faz apenas com os vencedores e ambos foram sacrificados à estratégia da equipa. Sousa, que andou uma semana de amarelo e terminou a prova como o melhor português da geral, e Ribeiro, que voou de Pequim para alinhar à partida de Portimão, representaram bem o espírito colectivo e de sacrifício da Volta.

Público - As romarias de ontem em Penafiel e Felgueiras foram a cereja no bolo. A presença do público foi uma constante da corrida, principalmente a partir de S. João da Madeira, não deixando margem para dúvidas quanto ao apoio popular que a Volta suscita. Mais do que a competição, esta é a manifestação desportiva de maior impacto entre os portugueses.

NEGATIVO

Benfica - Era enorme a expectativa em relação à equipa do Benfica, mas o resultado acabou por ser desolador. Duas etapas (Cândido Barbosa) e a camisola amarela durante dois dias foi demasiado pouco para uma equipa que, além das ambições, era uma espécie de bandeira da corrida. Diz-se que vai acabar e não deixará saudades aos adeptos.

Américo Silva - O director desportivo da Liberty apostou tudo na vitória individual e perdeu. A equipa comandada por Américo Silva dominou a corrida, venceu a montanha, sacrificou candidatos e tudo tentou para demover David Blanco, mas não conseguiu. Ganhou muita coisa mas não aquilo que se propunha.

José Azevedo - A par da sua equipa, foi a grande desilusão da prova. Apesar de tudo, tentou até ao limite ajudar a equipa e apoiar os colegas, mostrando comportamento de verdadeiro campeão. As coisas não lhe correram de feição e esta não era certamente a despedida que tinha programado. J.A.M.

Anónimo disse...

David Blanco ganha Volta a Portugal

TSF, 2008.08.24

O corredor espanhol da Palmeiras Resort Tavira, David Blanco, venceu este domingo a 70ª edição da Volta a Portugal em bicicleta ao terminar em segundo lugar a 10ª e última etapa, um contra-relógio de 31,2 quilómetros entre Penafiel e Felgueiras.

David Blanco diz que já é meio português

O seu compatriota Hector Guerra (Liberty Seguros), segundo da geral, venceu o crono com o tempo de 43.03 minutos, menos 28 segundos do que Blanco, uma diferença insuficiente para anular a vantagem de 54 segundos com que partiu o camisola amarela.

Esta é a segunda vitória de Blanco na Volta a Portugal, após o triunfo de 2006, ao serviço da Comunitat Valenciana, e faz deste galego de 33 anos o primeiro estrangeiro a vencer a corrida por duas vezes.

Desde o triunfo do belga Tony Hubrecht, em 1967, a Volta a Portugal conheceu 15 triunfos estrangeiros, dois deles de Blanco, que sucede ao compatriota Xavier Tondo. Nuno Ribeiro, em 2003, foi o último português a vencer.

Blanco completou a Volta em 39:49.45 horas e terminou com 26 segundos de avanço sobre Guerra, enquanto Ruben Plaza (Benfica), outro espanhol, ficou a 3.59 minutos, na terceira posição da geral, a mesma que ocupou no final da 10ª etapa, com o tempo de 44.00 minutos.

Rui Sousa (Liberty Seguros), que envergou a camisola amarela durante seis dias, após três etapas no corpo de Palaza, foi o melhor português, terminando em sétimo, a 6.39 minutos do vencedor, com título de "rei" da montanha.

À semelhança do comptriota David Bernabéu, em 2004, Blanco venceu a prova sem ganhar qualquer etapa, assumindo a liderança na véspera do crono, à nona tirada, no alto da Senhora da Graça, onde foi o segundo a cortar a meta, atrás Juan José Cobo e à frente de Hector Guerra.

Além da camisola verde de Rui Sousa, a Liberty Seguros venceu a corrida por equipas, enquanto o espanhol Francisco Pacheco (Barbot-Siper) venceu a classificação dos pontos e Tiago Machado (Madeinox-Boavista) foi o melhor jovem.

Anónimo disse...

David Blanco vence Volta a Portugal

ESPANHOL DO TAVIRA REPETE SUCESSO DE 2006

O espanhol David Blanco, representando o Palmeiras Resort Tavira, venceu hoje a 70.ª edição da Volta a Portugal, depois de concluir a derradeira tirada - contra-relógio entre Penafiel e Felgueiras - na segunda posição, com mais 28 segundos que o compatriota Hector Guerra (Liberty Seguros), precisamente o único atleta que reunia algumas (escassas) hipóteses de lhe roubar a liderança.

Depois de ter conquistado a camisola amarela na penúltima etapa - que terminou com a sempre selectiva chegada à Senhora da Graça -, o espanhol que já vencera a corrida em 2006, repetiu o triunfo e ofereceu à equipa algarvia o seu primeiro sucesso na mais importante competição velocipédica do País. Um prémio justo para um conjunto que há 25 anos marca presença no pelotão internacional, um verdadeiro recorde.

Hector Guerra, como lhe competia, atacou a fundo na derradeira tirada, vencendo o contra-relógio com 43.03 minutos. Blanco gastou mais 28 segundos (43.31), o que lhe permitiu fechar a prova com 26 de vantagem. Ruben Plaza (Benfica), outro espanol, foi terceiro na etapa e na geral.

Contas feitas, Blanco conclui a prova totalizando 39:49.45 horas, enquanto Guerra ficou a 26 segundos e Plaza a 3.58 minutos.

Rui Sousa (Liberty), no sétimo lugar, foi o melhor português, a 6.39 minutos da liderança, logo seguido de Cândido Barbosa (Benfica) e Tiago Machado (Boavista).

Blanco é primeiro estrangeiro a "bisar" na Volta
ESPANHOL DA PALMEIRAS-TAVIRA EM DESTAQUE

Ao vencer a 70.ª edição da Volta a Portugal, o espanhol David Blanco (Palmeiras-Tavira) cumpriu a segunda vitória na competição, após o triunfo de 2006, ao serviço da Comunitat Valenciana. Deste modo, o galego de 33 anos torna-se o primeiro estrangeiro a vencer a corrida por duas vezes.

Desde o triunfo do belga Tony Hubrecht, em 1967, a Volta a Portugal conheceu 15 triunfos estrangeiros, dois deles de Blanco, que sucede ao compatriota Xavier Tondo. Nuno Ribeiro, em 2003, foi o último português a vencer.


Volta a Portugal: Historial de vencedores
RELEMBRE OS CAMPEÕES DO PASSADO

Palmarés da Volta a Portugal, cuja 70.ª edição se disputou de 13 a 24 de Agosto, entre Portimão e Felgueiras, com triunfo final do espanhol David Blanco:

2008 David Blanco, Esp (Palmeiras-Tavira, Por)
2007 Xavier Tondo, Esp (LA-MSS, Por)
2006 David Blanco, Esp (Comunitat Valenciana, Esp)
2005 Vladimir Efimkin, Rus (Barloworld, GBr)
2004 David Bernabéu, Esp (Milaneza-Maia, Por)
2003 Nuno Ribeiro, Por (LA-Pecol, Por)
2002 Claus Moller, Din (Milaneza-MSS, Por)
2001 Fabian Jeker, Sui (Milaneza-MSS, Por)
2000 Vítor Gamito, Por (Porta da Ravessa, Por)
1999 David Plaza, Esp (Benfica, Por)
1998 Marco Serpellini, Ita (Brescialat-Liquigas, Ita)
1997 Zenon Jaskula, Pol (Mapei, Ita)
1996 Massimiliano Lelli, Ita (Saeco, Ita)
1995 Orlando Rodrigues, Por (Artiach, Esp)
1994 Orlando Rodrigues, Por (Artiach, Esp)
1993 Joaquim Gomes, Por (Recer-Boavista, Por)
1992 Cássio Freitas, Bra (Recer-Boavista, Por)
1991 Jorge Silva, Por (Sicasal-Acral, Por)
1990 Fernando Carvalho, Por (Ruqita-Feirense, Por)
1989 Joaquim Gomes, Por (Sicasal-Torreense, Por)
1988 Cayn Theakston, Ing (Louletano-Vale de Lobo, Por)
1987 Manuel Cunha, Por (Sicasal-Torreense, Por)
1986 Marco Chagas, Por (Sporting, Por)
1985 Marco Chagas, Por (Sporting, Por)
1984 Venceslau Fernandes, Por (Ajacto, Por)
1983 Marco Chagas, Por (FC Porto, Por)
1982 Marco Chagas, Por (FC Porto, Por)
1981 Manuel Zeferino, Por (FC Porto, Por)
1980 Francisco Miranda, Por (Lousa, Por)
1979 Joaquim Santos, Por (FC Porto, Por)
1978 Belmiro Silva, Por (Coimbrões-Arbo, Por)
1977 Adelino Teixeira, Por (Lousa, Por)
1976 Firmino Bernardino, Por (Benfica, Por)
(...)
1974 Fernando Mendes, Por (Benfica, Por)
1973 Jesus Manzaneque, Esp (Caves Messias, Por)
1972 Joaquim Agostinho, Por (Sporting, Por)
1971 Joaquim Agostinho, Por (Sporting, Por)
1970 Joaquim Agostinho, Por (Sporting, Por)
1969 Joaquim Andrade, Por (Sangalhos, Por)
1968 Américo Silva, Por (Benfica, Por)
1967 Tony Houbrechts, Bel (Flandria, Bel)
1966 Francisco Valada, Por (Benfica, Por)
1965 João Peixoto Alves, Por (Benfica, Por)
1964 Joaquim Leão, Por (FC Porto, Por)
1963 João Roque, Por (Sporting, Por)
1962 José Pacheco, Por (FC Porto, Por)
1961 Mário Silva, Por (FC Porto, Por)
1960 José Sousa Cardoso, Por (FC Porto, Por)
1959 Carlos Carvalho, Por (FC Porto, Por)
1958 Alves Barbosa, Por (Sangalhos, Por)
1957 Ribeiro da Silva, Por (Académico Porto, Por)
1956 Alves Barbosa, Por (Sangalhos, Por)
1955 Ribeiro da Silva, Por (Académico Porto, Por)
(...)
1952 Moreira de Sá, Por (FC Porto, Por)
1951 Alves Barbosa, Por (Sangalhos, Por)
1950 António Dias dos Santos, Por (FC Porto, Por)
1949 António Dias dos Santos, Por (FC Porto, Por)
1948 Fernando Moreira, Por (FC Porto, Por)
1947 José Martins, Por (Benfica, Por)
1946 José Martins, Por (Iluminante, Por)
(...)
1941 Francisco Inácio, Por (Sporting, Por)
1940 José Albuquerque, Por (Sporting, Por)
1939 Joaquim Fernandes, Por (CUF, Por)
1938 José Albuquerque, Por (Campo Ourique, Por)
(...)
1935 César Luís, Por (Leões Alentejanos, Por)
1934 José Maria Nicolau, Por (Benfica, Por)
1933 Alfredo Trindade, Por (Rio de Janeiro, Por)
1932 Alfredo Trindade, Por (Rio de Janeiro, Por)
1931 José Maria Nicolau, Por (Benfica, Por)
(...)
1927 Augusto Carvalho, Por (Carcavelos, Por)

Volta a Portugal: A carreira de David Blanco
TODOS OS DADOS SOBRE O VENCEDOR DA PROVA

Ficha de David Blanco, que hoje conquistou a 70.ª edição da Volta a Portugal, tornando-se o primeiro estrangeiro a repetir o sucesso na prova, após o triunfo em 2006, ao serviço da Comunitat Valenciana.

Nome: David Blanco Rodriguez.
Data de nascimento: 3 de Março de 1975 (33 anos).
Nacionalidade: Espanhola.
Naturalidade: Bienne, Suíça.
Residência: Santiago de Compostela, Espanha.
Altura: 1,80 m.
Peso: 70 kg.
Profissional desde: 2000.

Equipas sucessivas:
Paredes Rota dos Móveis, Por (2000-2001), ASC-Vila do Conde, Por (2002), Porta da Ravessa-Tavira, Por (2003), Comunitat Valenciana, Esp (2004-2006), Duja-Tavira, agora Palmeira-Tavira, Por (desde 2007).

Principais resultados:
2003: 2.º no GP Correios (1 etapa).
2004: 3.º no Challenge das Ilhas Baleares; 3.º na Volta à Comunidade Valenciana; 10.º na Volta a Espanha.
2005: 3.º na Volta a Castela e Leão; 13.º na Volta a Espanha.
2006: 1.º na Volta a Portugal (2 etapas); 3.º no GP Torres Vedras/Troféu Joaquim Agostinho.
2007: 1.º no GP Paredes (1 etapa); 1.º na Volta ao Sotavento Algarvio (1 etapa); 5.º na Volta a Portugal.
2008: 1.º na Volta a Portugal; 2.º na Volta ao Alentejo.

David Blanco: «Só perderia 54 segundos se fosse a pé»
VENCEDOR DA VOLTA A PORTUGAL COMENTA SABOROSO TRIUNFO

O espanhol David Blanco (Palmeiras-Tavira) reeditou o êxito de 2006, ao vencer a 70.ª Volta a Portugal, sem precisar de ganhar qualquer etapa e cedendo 28 segundos no contra-relógio final ao compatriota Hector Guerra (Liberty Seguros).

"Este (triunfo) é mais saboroso porque o Tavira apostou em mim no ano passado e falhei. Guardei forças para a última subida e sabia que só perderia 54 segundos se fosse a pé, mas é 90 por cento dos meus colegas, que me levaram às costas durante a corrida", afirmou o galego, embora natural da cidade suíça de Bienne, cantão de Berna.

Quanto ao director-desportivo da equipa algarvia, Vidal Fitas, mostrou-se "orgulhoso" pela "maior vitória e alegria de sempre".

Nos 31,2 quilómetros que constituíam a 10.ª tirada da prova, entre Penafiel e o Alto de Santa Quitéria, em Felgueiras, com 1.500 metros finais de 9,3 por cento de inclinação média, Guerra foi o mais forte, terminando em 43.03 minutos, com uma média de 43,484 km/h.

Porém, a vantagem de 54 segundos garantida por Blanco nos anteriores 10 dias de competição foram suficientes para se juntar a outros 10 corredores com mais que um triunfo na maior prova velocipédica portuguesa, sagrando-se o primeiro estrangeiro a vencer por duas vezes.

Blanco terminou o "crono" com mais 28 segundos que Guerra e o terceiro mais rápido foi o seu compatriota Ruben Plaza (Benfica), que cedeu 57 segundos para Guerra, que voltou a ocupar o segundo posto da geral da Volta a Portugal, tal como em 2006, depois de ter sido terceiro classificado há um ano.

Na tabela final, Blanco venceu com 26 segundos de vantagem sobre Guerra, seguindo-se Plaza, já a 3.59 minutos, além de outros três espanhóis: Juan Jose Cobo (Scott-American Beef), Koldo Gil (Liberty Seguros) e Francisco Mancebo (Fercase-Rota Móveis), respectivamente a 4.42, 5.39, e 6.36 minutos.

O melhor português acabou por ser Rui Sousa (Liberty Seguros), no sétimo lugar, a 6.39 minutos do vencedor, depois de ter envergado a camisola amarela durante seis dias, graças à hercúlea subida à Torre, numa tempestuosa Serra da Estrela, à 3.ª etapa.

Dos 147 corredores que se propuseram a percorrer os 1.588 quilómetros desta Volta a Portugal, somente 109 conseguiram cruzar a meta em Felgueiras, encerrando-se as contas da geral com o espanhol José Angel Rodriguez (Extremadura), a 2:32.00 horas de Blanco.


Blanco já se considera "meio português"
ESPANHOL DISPUTOU OITO VOLTAS A PORTUGAL

O espanhol David Blanco (Palmeiras-Tavira), que venceu hoje pela segunda vez a Volta a Portugal em bicicleta, considera-se "meio português", sublinhando a crise financeira do ciclismo espanhol.

"Já sou meio português. Esta foi a minha oitava Volta a Portugal consecutiva, portanto têm que fazer uma estatística especial para mim", afirmou o galego de 33 anos, referindo-se ao facto de ser o primeiro estrangeiro a "bisar" na maior corrida portuguesa, numa conferência de imprensa, após o final da prova, em Felgueiras.

Sobre o futuro, Blanco preferiu não adiantar os seus planos, desejando permanecer na equipa algarvia, embora não tenha ainda qualquer proposta para 2009.

"Quando se vê os ordenados dos ciclistas em Espanha, dá vontade de chorar. Temos muitos campeões, mas se virmos globalmente, a maioria está mal. Neste momento, em Portugal está muito melhor e em Espanha pior que nunca", afirmou o primeiro dos seis melhores classificados da prova, todos espanhóis.

Blanco confessou também que nunca sentiu a vitória em risco, sobretudo depois da Torre, Serra da Estrela, a terceira etapa, na qual ficou "nervoso" porque "ninguém mexia na corrida", realçando que "a chave" foi a "união" da sua equipa perante os ataques da Liberty Seguros.

Fitas no fio da navalha

"Na pele do Américo (Silva), provavelmente, teria tomado algumas das suas decisões. Mas acho que estivemos os dois no fio da navalha desde a Serra da Estrela. A nossa estratégia resultou melhor porque ganhámos", afirmou Vidal Fitas, referindo-se ao seu homólogo "azul" e à primeira vitória do CC Tavira na corrida.

Fitas desejou ser "o primeiro de muitos (directores desportivos vitoriosos) ao longo da história do clube".

O responsável técnico da equipa algarvia destacou ainda que a formação académica de Blanco "facilita muito as coisas", em termos de comunicação, embora "muitas pessoas sem tantos estudos também sejam inteligentes", rejeitando alongar-se sobre o futuro da equipa, já que "o ciclismo vive momentos preocupantes".

Blanco, licenciado em administração e gestão de empresas, pós-graduado em cooperativas e PME (pequenas e médias empresas) e com a frequência do primeiro ano de um doutoramento na mesma área, só se tornou profissional aos 24 anos, para "garantir alguma coisa além das bicicletas".

"Eu queria mesmo era ser futebolista. Ganham muito e trabalham pouco, mas não devemos olhar só para os que estão melhores. Devemos olhar pelos que estão por baixo", disse o corredor, que se define como uma "pessoa muito calma até fazer curto-circuito".

Anónimo disse...

Vá-se lá saber porquê?

Para todos aqueles algarvios que gostam de ciclismo e, principalmente os tavirenses, o dia de hoje é de festa. Nos meus tempos de menino, sempre que uma etapa da volta a Portugal terminava na pista do Ginásio de Tavira era uma autêntica romaria (quantas vezes eu não fui aplaudir e gritar pelo Jorge Corvo). Sempre que algum ciclista do Ginásio ganhava uma etapa havia foguetada. Hoje não sei como foi. Quero acreditar que é dia de festa! Para a minha mãe, uma tavirense de gema, um beijinho de parabéns. Hoje lembrei-me do Brito da Mana, como ele gostaria de ter vivido este momento!

Anónimo disse...

Triunfo histórico de David Blanco festejado pelos adeptos do Tavira

por MADALENA ESTEVES, in DN, 2008.08.25

Volta. Primeiro estrangeiro a vencer a prova por duas vezes
David Blanco cumpriu a promessa, feita antes do início da prova, e ofereceu ontem o primeiro triunfo na Volta a Portugal à equipa do Clube de Ciclismo de Tavira, que corre com o nome de Palmeiras-Tavira. Aos 33 anos, o ex-corretor da Bolsa de Madrid somou a segunda vitória na competição, repetindo o êxito de 2006.

Blanco explicou a razão deste triunfo ser mais saboroso: "Sabe melhor porque o Tavira apostou em mim no ano passado e falhei. Guardei forças para a última subida e sabia que só perderia 54 segundos se fosse a pé". Na classificação final, Blanco ficou a 26 segundos de Hector Guerra.

O ciclista galego referiu também que 90% do seu êxito é "dos meus colegas, que me levaram às costas durante a corrida". Blanco, que não venceu nenhuma etapa da 70.ª Volta a Portugal, é o primeiro corredor estrangeiro a triunfar por duas vezes na prova-rainha do ciclismo português e sucede ao seu compatriota Xavier Tondo, que ganhou em 2007.

O director desportivo da formação algarvia, Vidal Fitas, afirmou-se "orgulhoso" pelo êxito de Blanco, que considerou ser a "maior vitória e alegria de sempre" do histórico clube algarvio que há 25 anos participa na Volta.

Numa breve retrospectiva do seu percurso nesta edição da Volta a Portugal, refira-se que Blanco sofreu três quedas e só assumiu a liderança na penúltima etapa, no Alto da Senhora da Graça. Revelando uma enorme capacidade de resistência ao sofrimento e uma grande força psicológica , David Blanco confirmou que é um corredor completo, como consta na sua ficha desportiva: controlou bem a corrida nas etapas de montanha, nos contra-relógios e nas tiradas em linha.

Ciclista profissional desde o ano 2000, Blanco representou até ao momento as seguintes equipas: Paredes Rota dos Móveis, Por (2000-2001), ASC-Vila do Conde, Por (2002), Porta da Ravessa-Tavira, Por (2003), Comunitat Valenciana, Esp (2004- -2006), Duja-Tavira, Palmeiras-Tavira, Por (desde 2007). | com Lusa