sexta-feira, agosto 15, 2008

A menina faz-se... e a oposição ganha voz!


Por estes dias vamos ouvir as notícias e as reacções aos discursos da Festa do Pontal, uma espécie de reentré laranja que está aquém dos áureos tempos do senhor de Boliqueime...

Consumada a ausência da líder, a
criticada
Manuela Ferreira Leite (MFL), a estrela feminina do Calçadão foi a "quase eterna" Presidente da JSD-Tavira que, afastada da animação do Carnaval local, ganhou novo protagonismo nos eventos promovidos por Mendes Bota. Porém, conhecidas as divergências com Macário Correia, a jovem acabou por tornar público aquilo que pensa sobre os nossos representantes no Parlamento. Enfim, em alguma coisa estão de acordo!

Quanto aos discursos, se bem que
a festa não se enquadre no estilo de MFL, ficámos a saber que
Ângelo Correia contesta a estratégia social-democrata do silêncio, apelando à mobilização de todos os militantes para ganhar as próximas eleições, de modo a que o partido substitua o “modelo esgotado” do PS no Governo. Os enviados do Público, da TVI, da Lusa (trabalho publicado no Jornal de Notícias) e da TSF escutaram o mesmo discurso e esforçaram-se por ser unânimes no relato...

Ao
Correio da Manhã, Mendes Bota desmentiu a história da cassete e sublinhou as vantagens da regionalização, como se os algarvios não soubessem aquilo que passam por via da centralização lisboeta. Nos media algarvios, esse deveria ser o facto destacado, mas alguns ainda não fazem qualquer referência ao evento, outros colam-se à Lusa sem qualquer referência ou com a devida vénia...

Assim vamos, jantando e rindo, alegremente e rumo a... qualquer lado!


9 comentários:

Anónimo disse...

Parece que a rapariga, desde que foi eleita para a Distrital, já fez as pazes com o Coiso e que agora está esforçar-se para entrar na próxima lista da câmara. Dizem!

Anónimo disse...

Segundo fonte bem informada,a estrutura concelhia de Tavira do PCP vai oferecer-lhe uma cassete da Festa do Avante, para ver ser a menina fica a saber qual é a "maior festa política do território continental!"

Anónimo disse...

A minh'alma está parva, já chegámos às paredinhas. Por este caminho, o PSD não tem rumo nem destino!

Anónimo disse...

Regionalização contra estado “colonizador”

Festa do Pontal junta 1200 pessoas em Quarteira

in Região Sul, 2008.08.15

A “bandeira” da regionalização como solução para combater um “estado colonizador” e o elogio à Festa do Pontal foram os temas principais do discurso do líder distrital do PSD, Mendes Bota, durante o jantar-comício realizado quinta-feira, 14, em Quarteira.

A líder nacional, Manuela Ferreira Leite, declinou o convite para estar no Algarve e a sua ausência foi criticada por algumas figuras, mas o responsável do PSD-Algarve optou por uma via diferente, cumprindo o papel de advogado de defesa da iniciativa política social-democrata, que se realiza desde 1975.

“A Festa do Pontal é uma marca política reconhecida no país e um produto político consolidado: no conteúdo, no local, na data e nos objectivos”, afirmou Mendes Bota.

O deputado do PSD sublinha que o Pontal já não significa apenas um “comício de ‘rentrée’”, mas uma “festa de convívio” e “um momento de encontro” entre os sociais-democratas portugueses, contribuindo para “a prova de vida quotidiana” a que o partido está obrigado.

“Nós não somos só um partido de intelectuais mas também não somos um partido de descamisados”, alertou, sublinhando a presença de sociais-democratas vindos “de norte a sul” do país. Cerca de 1200 pessoas passaram pelo calçadão de Quarteira.

Depois do elogio ao evento, Mendes Bota passou à crítica, contra as “realidades virtuais e operações de propaganda” do governo, que acusou de não ter “investido nada de significativo” na região durante esta legislatura.

O líder da comissão política distrital do PSD elencou uma série de obras que continuam sem avançar numa região que gera, com o turismo, “pelo menos três mil milhões de euros, por ano, para os cofres do estado” e recebe de PIDDAC “a miséria, a esmola” de 95 milhões de euros anuais.

O responsável “laranja” fala de “falta de respeito pelo Algarve”: “Temos sido tratados como uma autêntica colónia, na sua variante do século XXI… E quem nos coloniza? É o estado central, que absorve os recursos para os consumir em proveito próprio”

Para combater um “estado centralizado, que absorve tudo e explora as regiões”, Bota só tem uma solução: a regionalização. “O caminho passa por assumir que a próxima década será a década da regionalização”, sustentou.

O líder do PSD-Algarve justificou-a com “dez razões”: as assimetrias regionais; a desertificação; a excepção de uma Europa regionalizada; maior democracia regional; o princípio da subsidiariedade; a burocracia; a competitividade positiva entre regiões; o abandono do interior; um mapa de consenso com cinco regiões; e a falta de um nível intermédio, entre poder central e poder local.

Ângelo Correia contra "silêncio"

O convidado especial e um dos “históricos” do PSD, Ângelo Correia, entende que o partido deve acabar com a actual estratégia de silêncio, de forma a “arrebatar o poder” a um PS “que já perdeu a maioria absoluta”.

“A pior coisa que um partido político poderia ter era não mobilizar os militantes para a luta. A arma que não podemos ter é o silêncio. Silêncio perante os outros pode significar ignorância ou distanciamento do país”, referiu

Ângelo Correia sublinhou que acedeu vir a Quarteira para contribuir para um “clima de união” no PSD. “É muito importante ver Mendes Bota e Macário Correia sentados na mesma mesa, um mês depois de terem disputado a liderança distrital do partido”, comentou.

Os outros discursos da noite pertenceram aos presidentes da câmara de Loulé, Seruca Emídio, JSD-Algarve, Fábio Bota, PSD-Loulé, José Graça, e PSD-Quarteira, Mário Botelho.

Edgar Pires
23:10 sexta-feira, 15 agosto 2008

Anónimo disse...

O PONTAL DA REGIONALIZAÇÃO

Caras Amigas e Amigos,

AGRADECIMENTO

Uma primeira palavra de agradecimento, para aquelas dezenas de voluntárias e voluntários, na sua maioria jovens, que abdicaram do seu bem estar, das suas férias ou do seu trabalho, para colocarem esta festa de pé. Sem eles, sem o seu trabalho, a Festa do Pontal não seria possível, e mesmo que o fosse, não teria o sucesso organizativo que está à vista.

SAUDAÇÃO

Quero saudar quem veio. Saudar os que quiseram e puderam vir. Os militantes de casa e os de fora. Os dirigentes e os autarcas. Os jovens e as mulheres muito especialmente, porque um Partido sem jovens não tem futuro, e um partido que não valoriza as suas mulheres, está fora do seu tempo.

Saúdo aqueles que queriam vir e não puderam.

Saúdo também aqueles que podiam ter vindo, mas não quizeram, para lhes dizer que serão sempre bem-vindos no futuro, porque a Festa do Pontal está cá para ficar.

Saúdo os nossos convidados, muito particularmente os dirigentes distritais do Porto, de Lisboa, Castelo Branco, Viana do Castelo, Guarda, Braga, Beja, Portalegre, dos TSD de Lisboa e muitos outros que responderam ao nosso convite, e cuja presença é bem a prova de que o PSD está cá, de Norte a Sul, e bem representado.

E, obviamente, tenho que saudar muito especialmente, um homem que vem da fundação do PSD, que tem um currículo de serviço ao PSD e ao País notável, um homem de grande dimensão política, um dos mais brilhantes oradores da classe política portuguesa, que sempre juntou à sua enorme dimensão política uma enorme humildade e disponibilidade para o Partido, ÂNGELO CORREIA, credor do nosso reconhecimento e do nosso aplauso.


A FESTA DO PONTAL

Pode não ser a maior. Pode não ser a mais prolongada. Pode não ter o maior orçamento, nem o maior cartaz de espectáculos. Mas o facto, é que não existe nenhuma outra festa partidária em Portugal continental que desperte tantas expectativas, tantas paixões, tantas opiniões, tantas reacções, como a Festa do Pontal.

Digam-me se existe algum outro evento partidário, no mês de Agosto, que suscite tanta curiosidade e especulação muitas semanas antes, a querer saber quem vem e quem não vem, o que vai ser dito, qual é a ementa do jantar, quem vem cantar, quantas pessoas vão estar presentes, e no final, se houve entusiasmo ou não, quantas cabeças abanaram, quantas bandeiras esvoaçaram, num balanço que vai das centenas aos vários milhares, consoante o palpite de cada um.

A verdade, é que esta Festa sempre teve muito sal e muita pimenta, e quem pense em ter sucesso na política servindo pratos sem tempero, arrisca-se a ficar com o estabelecimento às moscas.

Convirá, pois, reter uma palavra sobre o que é, e o que significa hoje, 33 anos depois, a Festa do Pontal, até porque há por aí muita gente a escrever e a dar opiniões sobre a Festa do Pontal, sem nunca cá ter posto os pés, ou se pôs, foi há muitas décadas, tem uma imagem desfocada da realidade de hoje.

A Festa do Pontal é uma marca política conhecida em todo o país. E é um produto político consolidado, no conteúdo, no local, na data e nos objectivos. Não vale a pena atribuírem à Festa do Pontal características que não tem, nem objectivos que não deseja.

1º- Na economia, tal como na política, seria um crime destruir uma marca consolidada no mercado. Um nome que toda a gente conhece e identifica, de norte a sul do país. Longe de estar em declínio, a Festa do Pontal reabilitou-se, renovou-se, está em pleno período de pujança, como se vê aqui, esta noite, uma vez mais. Porquê querer acabar com ela? Alguns podem querer, mas nós não deixaremos, porque a Festa do Pontal faz parte do património colectivo do nosso Partido, logo, é de todos nós!

2º- A Festa do Pontal é um produto político consolidado. Trata-se de uma festa de convívio dos militantes, simpatizantes, autarcas e dirigentes do PSD/Algarve e de muitas zonas do país que aqui se encontram a passar férias. O seu conteúdo tem três componentes: convívio gastronómico, animação musical e intervenção política. É simples.

Como se pode constatar, é uma festa com muita dignidade. É uma festa popular, sem ser popularucha. Não andamos aqui aos pulos. A única coisa que pula e que vibra de emoção, é o nosso coração social democrata, são estas bandeiras laranja que não têm vergonha de sair à rua.

3º- A Festa do Pontal é um produto político estabilizado no local, este magnífico Calçadão de Quarteira, com o mar ao lado. Aqui temos boas acessibilidades, temos espaço, temos conforto, temos higiene, temos infra-estruturas, e é um cenário deslumbrante e maravilhoso. Para quê sonhar com o que já não existe? O antigo Pontal de 1975, está hoje ocupado com uma urbanização. A baixa de Faro deixou de ter espaço e condições para esta Festa. Daí, o sucesso desta aposta feita há 3 anos atrás, e que é, seguramente, para continuar.

4º- A Festa do Pontal é um produto político estabilizado na data. É um dia fixo, 14 de Agosto, véspera do feriado de 15 de Agosto. Fazer a Festa do Pontal no início de Agosto, era uma competição desigual com o calendário de animação dos primeiros dois fins-de-semana. Fazer na segunda metade de Agosto, era perder o afluxo maior de veraneantes que ocupa o Algarve na primeira quinzena. 14 de Agosto é um compromisso no calendário, está fixado, e não é para mudar.

Os objectivos da Festa do Pontal são simples. Nós entendemos duas coisas. A primeira, é que o Partido não pode abdicar dos seus eventos de reflexão, debate interno e preparação das suas propostas alternativas, mas também não pode abdicar do espaço que lhe pertence na rua, não pode deixar de mostrar em público a sua capacidade de mobilização e a força das suas gentes e dos seus apoiantes.

Qualquer destes diferentes métodos de actividade do PSD fazem falta à prova de vida quotidiana que o PSD tem que fazer. São complementares. Nós não somos um partido só de intelectuais, mas também não somos um partido de descamisados.

E também entendemos que a política não mete férias, nem mesmo em Agosto. A política acontece em qualquer dia.

Não nos queiram atribuir intenções de comício de rentrée, a meio de Agosto, que isso teve o seu tempo, teve o seu momento. A Festa do Pontal não pretende ser nem festa de encerramento do ano político, nem festa de rentrée do próximo.

É um momento de encontro de social democratas de todo o país, durante o qual o PSD/Algarve faz ouvir a sua voz, e o convidado de honra faz uma intervenção política com repercussão nacional.

A IMPORTÂNCIA DE FAZER OUVIR A NOSSA VOZ

E porque é importante o Algarve fazer a ouvir a sua voz?

Porque este é o primeiro Governo que passará uma legislatura inteira, sem ter investido nada de significativo do Orçamento de Estado no Algarve. Se descontarmos este pequeno troço de passagem desnivelada sobre a EN 125 de parte da estrada Loulé-Quarteira ou as instalações terrestres dos Portos de Pesca de Quarteira e Albufeira, obras de pequenos montantes, o resto é um deserto de estaleiros.

Vivemos um autêntico carrossel de ministros e de secretários de estado em visitas diárias ao Algarve, pelos motivos mais banais. Anúncios, promessas, operações de propaganda, realidades virtuais anúncios de Power Point.

O Hospital Central do Algarve, já apresentado em videografia socrática, leva 4 anos de estudos, só terá obra concreta e visível, depois de 2009. E será pago com uma parceria público-privada. Não é pelo Orçamento de Estado.

A Requalificação da EN 125, nem concurso tem ainda, será pago sabe-se lá como, por outra parceria público-privada, não pelo Orçamento de Estado, e só será visível depois de 2009.

A Barragem de Odelouca lá se vai fazendo, mas é financiada por um empréstimo bancário, não pelo Orçamento de Estado, significa que seremos nós, algarvios e consumidores, a suportar no preço da água a consumir, os custos do serviço da dívida.

Finalmente, algo de muito positivo para o Algarve, mas que tem um encargo mínimo para o Orçamento de Estado: o Curso de Medicina, pelo qual a JSD/Algarve e o PSD/Algarve tanto se bateram desde o início, ainda num governo do PSD. Será implementado pela Universidade do Algarve, com base nos Hospitais e Centros de Saúde já existentes, ou seja, investimento infra-estrutural mínimo.

A pergunta que os algarvios fazem é muito simples: se só sector do Turismo se estima facturar anualmente no Algarve, de forma directa e indirecta, cerca de 6 mil milhões de Euros, isso significa que só o sector turístico gera, em diversos impostos, pelo menos 3 mil milhões de Euros para os cofres do Estado. Por ano! Fora o resto da actividade económica!

O PIDDAC para o Algarve, em 2008, é de apenas 95 milhões de Euros, e uma boa parte nem se chega a concretizar.

O QUE FALTA NO ALGARVE

Chegou a altura de perguntar: onde é que estão as Variantes de Loulé, Faro, Olhão, Luz de Tavira, Odeáxere, Aljezur?

Onde é que está o melhoramento do eixo viário serrano?

E os acessos à Via do Infante Albufeira, Sagres, Monchique, litoral de Loulé, Faro, S. Brás de Alportel?

E o IC27 Alcoutim-Beja? E o IC4 Lagos-Sines?

E a ponte sobre o Guadiana Alcoutim-Sanlucar?

E a modernização da ligação ferroviária a Lisboa?

E onde está a modernização da ligação ferroviária a Lagos?

E o Metro de Superfície Loulé-Faro-Olhão e Portimão-Lagos?

E a ligação ferroviária a Espanha compatível com o TGV?

E o Porto de Cruzeiros de Portimão?

E os melhoramentos nos Portos de Faro, Olhão, Lagos, Baleeira e Portimão?

E a navegabilidade do Guadiana e do Arade?

E a Plataforma Logística de Tunes? Quando? Como?

E se começa a pensar a ampliação da gare do Aeroporto de Faro?

E se arranja uma solução para o abastecimento rodo-ferroviário de combustíveis ao aeroporto de Faro?

E para quando o Centro Hípico do Algarve, no Sotavento?

Ou o Parque Temático dos Descobrimentos, em Lagos?

E o Centro Oceanográfico de Sagres?

E os Parques Tecnológicos do Mar, da Energia Solar, da Cortiça?

E o Pavilhão Multiusos e Centro de Congressos do Algarve?

E os prometidos, pelo governo central, Museus de Portimão, Faro, Tavira, Barrocal?

Onde está o Bioparque de Monchique?

Para quando o reforço da Rede Eléctrica Nacional, sem ser à custa da saúde dos algarvios?

Onde é que se notam os apoios à Agricultura, à Pesca, à Indústria, à Floresta, sectores da economia algarvia em acentuada decadência?

Tudo isto é estruturante, tudo isto é relevante, tudo isto não passa de uma caixa cheia de miragens.

Daqui felicitamos os autarcas do Oeste, que conseguiram um compromisso extra do governo para investimentos para a sua região de 2.000 milhões de Euros, só a título de compensação pela não construção do Aeroporto da Ota.

Pois o Algarve nem sequer exige compensações. Exige um retorno mínimo à Região dos montantes elevados que mete nos cofres do Estado.

Não tem havido respeito pelo Algarve. Temos sido tratados como uma autêntica colónia, na sua variante século vinte e um. A nossa matéria prima principal? O sol! Só não o levam porque a Natureza não deixa. Aqui, as plantações de algodão, sisal ou de cacau, são os nossos hotéis e empreendimentos turísticos. Quem nos coloniza? O Estado central, que absorve e drena os recursos da região algarvia, para os consumir em proveito próprio, numa gula insaciável.

Por isto e por muito mais, defendo que a Regionalização é urgente e necessária em Portugal. Porque o que desejo para o Algarve, desejo para todo o país, de norte a sul.

São dez, as razões principais que justificam esta minha afirmação.

REGIONALIZAÇÃO
DEZ RAZÕES

1- Há 2 Portugal, a 2 velocidades. Assimetrias regionais acentuaram-se – 22 municípios detêm 60% da população, 75% do poder de compra, 60% do PIB;

2- A desertificação do território cresce a ritmo avassalador. Já é realidade ou ameaça em 80% do território nacional.


3- Portugal é o país mais centralista da Europa das 270 regiões. Até os novos membros da União Europeia rapidamente se regionalizaram. É uma vergonha para Portugal, somos a excepção, a nódoa centralista da Europa;

4- Precisamos de mais democracia regional – uma maior aproximação entre eleitos e eleitores, e que se acabem com as nomeações de responsáveis regionais com base no cartão partidário, em vez de ser sob o escrutínio da vontade popular;

5- Acredito na virtualidade do princípio da subsidiariedade. E só concebo uma regionalização que não traga despesas adicionais às contas públicas, mas que contribua para o seu equilíbrio. Este princípio demonstrado, permite fazer mais com os mesmos recursos, ou gastar menos a fazer o mesmo;

6- Redução da burocracia. Está provado que nem o PRACE nem o SIMPLEX simplificaram a vida dos cidadãos. O que se multiplicou foram as taxas dos serviços públicos e administrativos. A burocracia continua a entravar a vida dos cidadãos. As decisões continuam a emanar da capital e do governo central;

7- A competitividade criativa e positiva entre as diferentes Regiões, pode ser um estímulo importante para o seu desenvolvimento económico e social;

8- As Regiões dão um contributo para a unidade e coesão nacional. O que promove a descoesão nacional, são os desequilíbrios, a desertificação e o abandono a que se sentem votadas as populações do interior e das áreas desfavorecidas de Portugal;
9- A questão do Mapa das Regiões está resolvida – Existe hoje um grande consenso nacional entre os defensores da Regionalização, em torno de um mapa de 5 Regiões apenas, correspondentes às regiões plano;

10- Temos que acabar com esta inconstitucionalidade por omissão em que temos vivido. Entre o nível local e central do poder político, falta claramente o nível intermédio. É assim em todo o lado, menos em Portugal.


O CAMINHO
REVISÃO CONSTITUCIONAL

A reforma da Regionalização vai marcar a próxima década. E passa pela próxima Revisão Constitucional. Pelo aliviar dos condicionalismos colocados na Constituição que só visam impedir a concretização da Regionalização. É o único tema político em Portugal que exige um referendo vinculativo com mais de 50% dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais a votar, e deste, mais de 50% com votos favoráveis.

Em Portugal, é possível ratificar um Tratado Europeu que implica perdas de soberania, sem referendo. Temos uma Constituição que nunca foi referendada. E uma simples reforma administrativa, uma Regionalização sem poderes autonómicos nem legislativos, tem toda esta rede de obstáculos.

E passa também, pelo assumir de compromissos, por parte dos partidos políticos, nas próximas eleições legislativas, de que a Regionalização é para implementar na próxima década.


É PRECISO RECORDAR

Caras Amigas e Amigos,

Depois de tudo isto, é preciso recordar que nos últimos 13 anos, o PS governou Portugal durante mais de 10 anos. E neste longo período, muita coisa mudou em Portugal:
As assimetrias regionais agravaram-se;
O desemprego aumentou;
Os impostos subiram;
O endividamento familiar acentuou-se;
A pobreza agravou-se;
A economia afundou-se;
A confiança está no grau zero;
A insegurança campeia;
O acesso à saúde complicou-se;

Os portugueses sentem-se hoje desiludidos com a política, sentem-se traídos e abandonados e entregues à sua sorte para sobreviver.

O governo do PS beneficia os grandes, mas não compreende as dificuldades que a maioria dos portugueses atravessam, não entende que o cinto já não aperta mais, e mostra-se incapaz de propor soluções capazes de devolver a Esperança aos portugueses.

Este é o retrato do País.

Perante isto, o PSD precisa de saber construir uma alternativa credível, que passa pela qualidade das suas propostas, mas também passa pela criação de um clima de unidade interna, sem o qual não será possível optimizar os seus recursos como força partidária.

A contribuição para esse clima de unidade, compete a todos nós. Compete à direcção do partido, e compete aos dirigentes e militantes locais. Nós aqui estamos, a cumprir a nossa parte, disponíveis para o trabalho.

Viva o PSD! Viva Portugal!

(Intervenção de Mendes Bota na FESTA DO PONTAL)

Anónimo disse...

Faltou "a senhora que mantém certo respeito"

por JOSÉ MANUEL OLIVEIRA, In Diário de Notícias, 2008.08.16

Pontal. Manuela Ferreira Leite faltou à festa organizada pela distrital de Faro do PSD. No Calçadão de Quarteira, várias foram as vozes que lamentaram que a líder não se tivesse deslocado para o meio do povo. O DN ouviu vários militantes do PSD presentes na Festa do Pontal, abandonados pelas cúpulas do partido
"Não ligo muito à política, mas calhou esta noite vir a esta Festa do PSD. Gostei. Nunca tinha estado neste sítio". Depois de ter assistido, no final, ao espectáculo de Nuno da Câmara Pereira, que "há muito tempo não ouvia", Teresa Castela apontou ao DN "dois momentos marcantes" da Festa do Pontal, na quinta-feira à noite, em Quarteira: a intervenção do líder do PSD/Algarve, Mendes Bota, que "disse certas verdades sobre o PS" e o discurso de Ângelo Correia, o qual "puxou muito pelas pessoas, apelando à unidade do partido".

Residente em Portimão, Teresa Castela só não gostou da ausência de Manuela Ferreira Leite, considerando que a presidente social-democrata "devia dar a cara". "Achei uma falha não ter vindo depois de ter sido eleita há pouco tempo para o cargo. Gosto de a ouvir e acho-a uma senhora que mantém um certo respeito. Quando estava no Governo era um bocado rígida. Hoje também é. É séria demais", notou.

Pela primeira vez presente na Festa do Pontal, o arquitecto Jaime Sousa, de Lisboa, apreciou o que ouviu e viu, como por exemplo, o facto de "Mendes Bota e Macário Correia estarem juntos, apesar de terem sido rivais" nas recentes eleições para a Distrital de Faro. Por outro lado, observou, "há sempre a expectativa de a rentrée política no Pontal fazer um ponto da situação e uma viragem no começo do ano político, pelo que seria importante o novo líder do partido ter vindo a esta festa que uniu a família social-democrata. Mas o PSD não se vai ressentir".

Já Paulo Boto, militante há 25 anos, associa a falta de Ferreira Leite "um pouco à sua dificuldade em lidar com o povo, o que pode ser prejudicial ao partido". Para já, prefere dar-lhe "o benefício da dúvida" em relação ao futuro. Se a ausência da líder incomodou Paulo Boto, também não gostou que a maioria dos presidentes das câmaras "laranja" do Algarve não tivessem respondido à chamada na Festa do Pontal. "Isso é um mal do partido e dos presidentes de câmara, que urge combater o mais rápido possível. Porque estes só se lembram do partido quando vão a eleições", criticou Paulo Boto.

Enquanto numa mesa junto ao palco saboreava bacalhau com natas, Nuno Marques, vereador da Câmara de Lagos, fazia contas à vida do PSD devido ao não de Ferreira Leite em Quarteira.

Para já, está na expectativa como irá reagir a líder do partido quando a convidar para estar presente no lançamento oficial, em Outubro, da sua candidatura à presidência daquela autarquia. "Se for, estará com as bases e a manifestar abertura para contactar as pessoas. Caso contrário, penso que a estratégia é outra, com silêncio e distanciamento em relação às bases que são o partido.", disparou Nuno Marques.

Na sua perspectiva, foram criadas as condições para que, na Festa do Pontal, "se passasse para a opinião pública a imagem de que o partido estava verdadeiramente unido", com as pessoas "motivadas para pôr um ponto final nas lutas internas. Se a líder tivesse marcado presença, conciliaria praticamente todas as partes".

Por seu turno, Paulo Alentejano, de Faro, espera que Ferreira Leite, como "líder da oposição seja mais activa e interventiva para apresentar soluções perante os erros da governação do PS": "A grande dúvida de todos os portugueses é a sua capacidade para mobilizar o país para chegar a primeiro-ministro, numa altura em que José Sócrates está a cansar as pessoas. A nossa líder não embandeira em arco e sabe o que anda a fazer", concluiu.

Anónimo disse...

Embora de esquerda, reconheço que o PS e os seus representantes em Lisboa, sempre defenderam mal os interesses do Algarve. Neste capítulo os carolas locais do PSD sempre tiveram um protagonismo acima da média.

Onde estão os nossos deputados do PS que representam o Algarve?
O que fizeram de relevante neste mandato pela região?

Anónimo disse...

"Elite do PSD quer acabar com a Festa do Pontal"

in Diário de Notícias, 2008.08.16, por FRANCISCO ALMEIDA LEITE

Rescaldo. O líder do PSD/Algarve acusa comentadores e membros do partido de quererem o fim da Festa do Pontal. Mendes Bota contra-ataca quem diz que aquele estilo de comício tem os dias contados e conta os bastidores das festas antigas, recuando até ao tempo de Sá Carneiro, Cavaco e Marcelo
A Festa do Pontal voltou a acender os ânimos no PSD. José Mendes Bota, deputado e líder do PSD/Algarve, sai em defesa do evento, que se realizou na quinta-feira em Quarteira, e atira: "Há uma determinada elite de pessoas, comentadores e gente do partido, que acha que se devia acabar com a Festa do Pontal. E nunca lá foram."

Numa alusão a figuras como José Pacheco Pereira, um dos conselheiros mais próximos de Manuela Ferreira Leite, Mendes Bota diz estar "cansado de ver opiniões de pessoas que nunca sequer se deram ao trabalho de lá ir". Pacheco Pereira escreveu esta semana no seu blogue que "o último líder nacional do PSD, Marques Mendes, que não era apoiado pelo dirigente do PSD Algarve, foi sujeito a uma humilhação em público na Festa do Pontal". E defendeu que Ferreira Leite não ganhava nada em ir àquele "tipo de comício regional". Mendes Bota responde: "Algumas pessoas não se conformam com o sucesso sem precedentes desta festa."

Mendes Bota, que está desde 1975 ligado à organização da festa, conta que estiveram "entre 2300 e 2500 pessoas presentes, o que corresponde e ultrapassa todas as edições anteriores". Segundo o deputado algarvio, "no tempo de Sá Carneiro e de Cavaco Silva é que havia poeira e sardinhas assadas, hoje em dia a ASAE não deixaria que se realizasse uma festa como essa que esses senhores tanto exaltam, mas à qual nunca compareceram".

Para o presidente do PSD/Algarve, "houve todo o tipo de festas, desde o tempo das vacas magras, em que tive 200 pessoas com Marcelo Rebelo de Sousa na Baixa de Faro, até aos grandes tempos em que estávamos no poder. Mas até Cavaco teve um dia 500 pessoas no Pontal, junto à Doca de Faro". A festa desta semana, diz Bota, "foi das maiores de sempre, tenho o livro de reclamações vazio". O líder algarvio diz que estiveram representantes das direcções de oito distritais, incluindo o presidente do PSD/Lisboa, Carlos Carreiras, e até, "ao contrário do que se pensa e diz, esteve lá um membro da direcção da dra. Manuela Ferreira Leite". Quem? "O Ricardo Rio, que é da Comissão Política Nacional", revela.

Mensagens de apoio

Perante algumas críticas feitas em surdina, Mendes Bota adianta que "a Festa do Pontal é já uma marca política nacional, como não há igual na política portuguesa. Olhe, no Chão da Lagoa só estão madeirenses, a Festa do Avante é uma espécie de feira que dura vários dias, isto aqui marca a agenda política". Ao ponto, diz, de ter recebido nos últimos dias "vários apelos para que nunca acabe com isto. Muita gente importante do partido mandou-me mensagens. Isto é uma marca que sobrevive a todos os líderes. Há é muitos líderes que não sobrevivem a esta festa". De facto, no ano passado, e em plenas directas entre Luís Marques Mendes e Luís Filipe Menezes, o então presidente do PSD teve ali o primeiro sinal de que poderia não ganhar a corrida pela liderança do partido.

Este ano, Manuela Ferreira Leite primou pela ausência e fez saber que a sua rentrée política está guardada para o dia 7 de Setembro, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide. Uma atitude que levou a que Pedro Santana Lopes escrevesse, também num blogue, que "o PSD não é só universitários". Mendes Bota desvaloriza a ausência da líder da festa que decorreu na quinta-feira: "Quando não estamos no poder, a festa reduz-se a quem sente mesmo o PSD. Com Marcelo, Marques Mendes ou Manuela Ferreira Leite é igual. Quando voltarmos ao poder, até se atropelam uns aos outros para aparecer na primeira fila. Para discursar nem se fala." Três dias depois, o Pontal ainda mexe.

Anónimo disse...

A tampa de Manuela

in Visão.pt, 2008.09.14, por Filipe Luís

O Pontal tornou-se um espectáculo decadente que prejudica mais do que favorece a participação dos líderes

1 - Se calhar, já ninguém se lembra de um certo Cavaco Silva, de camisa aberta e blusão, num desportivo look pré-Obama, nos anos 90 e no auge do cavaquismo, a denunciar, na mítica festa do Pontal, um «pacto secreto entre o PS e o PCP». A esquerda conspiraria para a substituição do seu governo por uma espécie de frente unitária. Na altura, os mais notáveis do PSD emprestavam os seus bronzes estivais ao glamour natural de uma rentrée de partido no Poder. Mesmo do alto da sua pose quase apolítica, Cavaco sabia usar as oportunidades para a demagogia. E não se dispensava de acrescentar o seu próprio toque «pimba» ao encerramento da silly season. Na verdade, Cavaco, como Sócrates, sempre desprezou a política da febra assada e do coirato. Mas nem um nem outro menosprezam a importância que tem a palmada nas costas ao bigodudo militante anónimo de «Curral de Moinas». É por isso que Sócrates, mesmo no afã da sua presidência europeia, não perdia uma reunião interna do PS ou uma deslocação à concelhia x ou y do partido. Cavaco, nos seus bons velhos tempos, também não.

É assim que a recusa de Manuela Ferreira Leite em misturar-se com a populaça, no Calçadão da Quarteira, é uma arriscada jogada política. Terá a democracia portuguesa evoluído tanto que dispensa estas concessões ao populismo? Ou será apenas uma questão de sobranceria, falta de chá ou arrogância de que, volta e meia, a líder do PSD dá sobejas provas?

A verdade é que a ida ao Pontal, a uma iniciativa organizada por um dirigente – Mendes Bota – que nunca escondeu a sua hostilidade face à líder do PSD, poderia tornar-se, outrossim, uma espécie de tiro no escuro. Sabendo-se, de antemão, que o alinhamento dos discursos e dos protagonistas poderia anular, ou mesmo torpedear, o eventual impacto da intervenção de Ferreira Leite. Mas o ponto nem é esse. O ponto é que, desde o fi m do cavaquismo, o Pontal nunca mais foi o mesmo. Tornou-se um espectáculo decadente, quando não um circo de feras, que prejudica, mais do que favorece, a participação dos líderes. Mais, Ferreira Leite mantém-se intransigente na sua intenção de não dar abébias aos políticos que ajudaram a descredibilizar o PSD, num passado recente. Entre eles, Mendes Bota e – sempre – Alberto João Jardim. (Jardim foi mais hábil e, para evitar uma tampa, nem a convidou para Chão de Lagoa...). Ao dar este sinal, ela pode magoar parte do povo «laranja» – cujo voto, de qualquer modo, não está em dúvida – mas pode conquistar a admiração e o respeito de muitos eleitores do centrão que já deram para estas coboiadas partidárias. (...)