sábado, abril 05, 2008

Regresso ao passado... em Tavira!


Uma descoberta extraordinária revela a traça urbana e os edifícios nobres da cidade de Tavira, na sua época de esplendor quinhentista, quando era considerada justamente a terceira cidade do Reino...

Luis Fraga da Silva, investigador de história territorial e membro do Campo Arqueológico de Tavira, autor do livro Balsa, Cidade Perdida, revela no blogue
Imprompto uma planta inédita de meados do séc. XVI, que chega até nós através de uma cópia efectuada cem anos mais tarde pelo pintor Leonardo di Ferrari, autor de um atlas manuscrito espanhol que esteve "perdido" no Arquivo Militar de Estocolmo até 2002.

A planta mais antiga da cidade, até agora conhecida, era a desenhada por Sande Vasconcelos em 1800, demasiado recente para reconstituir o aspecto da cidade na centúria de 1500, sobretudo devido às grandes transformações ocorridas após os terramotos de 1722 e 1755.

As tentativas de reconstituição da forma urbana de Tavira quinhentista têm sido escassas. Para além das descrições impressionistas de Orlando Ribeiro, Carminda Cavaco e Arnaldo Anica, a única tentativa topográfica foi da iniciativa de José Lamas e Carlos Duarte, no âmbito do Plano de reabilitação e salvaguarda do centro histórico de Tavira, promovida pela Câmara Municipal de Tavira, em 1985, e incluída na exposição de abertura da Casa das Artes de Tavira, no ano seguinte...

Graças ao empenhamento de Luís Fraga da Silva, hoje regressamos ao passado e percebemos quanto potencial arqueológico esconde cada pedra que pisamos no quotidiano!

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