sexta-feira, maio 05, 2006

Falta um mês...


Falta um mês, apenas trinta dias para as comemorações oficiais do Dia Mundial do Ambiente. Já pensou naquilo que pode fazer para tornar o mundo melhor?!

Em 2005,
o Governo aproveitou a data para aprovar um conjunto de diplomas e anunciar investimentos no domínio do ambiente no Algarve. É tempo de fazer o balanço e saber aquilo que já foi concretizado, não acham?!

Hoje, o ministro da Administração Interna apresenta em Faro
o dispositivo destinado à prevenção e ao combate dos fogos florestais. Amanhã, um grupo de cidadãos e associados da Liga para a Protecção da Natureza desenvolve uma jornada dedicada ao arranque de uma infestante em torno da Fortaleza de Sagres. No próximo dia 14 de Maio, os caçadores algarvios vão dedicar-se à limpeza das áreas de caça associativa e zonas limítrofes...

E VOCÊ?! Comece a pensar, o seu contributo pode ser essencial... Nos próximos dias passe por aqui, vamos começar a dar-lhe algumas sugestões para pensar globalmente e agir localmente!!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Voluntários recolheram quatro toneladas de chorão em Sagres

Quatro toneladas de chorão-das-praias recolhidas numa área de cerca de meio hectare. Este foi o resultado do trabalho dos 15 voluntários que participaram na II Jornada Anti-Chorão promovida pelo Núcleo do Algarve da LPN e Fortaleza de Sagres.

A iniciativa destinou-se a dar mais um contributo para erradicar aquela espécie exótica que tem invadido, nas últimas décadas, extensas áreas do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, “abafando” as outras plantas da flora autóctone e, em alguns casos, única desta área protegida.

Tal como aconteceu no ano passado, desta vez os voluntários viraram as suas atenções para o interior da Fortaleza de Sagres, tendo a acção contado até com a ajuda da directora desta estrutura do IPPAR, a arqueóloga Ana Carvalho Dias.

Alexandra Cunha, presidente da LPN Algarve, disse ao barlavento.online que, apesar da quantidade de chorão-das-praias arrancada este ano ter sido «cerca de metade do ano passado, ficámos muito contentes por verificar que a área onde trabalhámos em 2005 não voltou a ser invadida pelo chorão e agora está repovoada naturalmente com espécies florísticas muito variadas e próprias desta zona». «Isto prova que o trabalho que temos estado a desenvolver, em conjunto com a Fortaleza de Sagres, está a merecer a pena», acrescentou a bióloga.

E foi assim que, durante toda a manhã, um grupo de 15 voluntários, dos quais a mais nova tinha dois anos, trabalhou arduamente para arrancar, com todos os cuidados possíveis, extensas zonas invadidas pelo chorão, junto ao auditório da Fortaleza.

Depois de arrancá-las, era ainda necessário carregar as plantas em sacos, e transportá-los em carrinhos de mão para a camioneta da Câmara de Vila do Bispo. Aí, o motorista, o simpático senhor Zé, ajudava a colocar os sacos em cima da viatura, para depois ir depositar o seu conteúdo num contentor fornecido pela Algar, colocado no exterior da Fortaleza de Sagres. Posteriormente, as toneladas de chorão arrancadas serão levadas para o Aterro do Barlavento, onde serão transformadas em composto.

Todo este labor foi observado com curiosidade pelos muitos turistas de todas as nacionalidades que visitavam aquele monumento nacional, bem como por alguns pescadores à linha.

No próximo ano, deverá decorrer mais uma acção do género, enquanto Ana Carvalho Dias, a directora da Fortaleza de Sagres, pretende ainda envolver outros grupos nesta tarefa, entre os quais as crianças das escolas e os seniores que participam em programas do Inatel. Para já, está tudo ainda em projecto, mas o objectivo é limpar toda a extensão do Promontório de Sagres desta espécie invasora, dando assim possibilidades a que a rara flora local cresça e se multiplique.

O chorão-das-praias, carpobrotus edulis de seu nome científico, é uma planta rasteira de folhas carnudas, que dá uma bonita flor cor-de-rosa. Devido à sua beleza, a espécie, trazida da África do Sul no século XV ou XVI, passou a ser utilizada como planta ornamental em jardins.

Foi também utilizada em dunas, já que se pensava que as suas raízes ajudariam a segurar as areias nas zonas mais expostas ao vento. Afinal verificou-se que, além de o chorão “abafar” todas as outras plantas, roubando-lhes a água e os nutrientes, as suas raízes eram pouco profundas e também não fixavam as dunas.

Mas, entretanto, o chorão já se espalhou por todo o litoral português. Na zona de Sagres, classificada como Reserva Biogenética devido ao valor da sua flora única a nível mundial, se esta espécie invasora não for controlada, há sérios riscos de afectar irreversivelmente o coberto vegetal natural.

Daí que, sublinhou Alexandra Cunha, «esta nossa acção foi apenas uma gota de água no oceano, mas mesmo assim muito importante no aspecto pedagógico e de sensibilização das pessoas».

in Barlavento, 6 de Maio de 2006 | 20:00, por elisabete rodrigues

Anónimo disse...

Governo apela à limpeza das florestas

in OBSERVATÓRIO DO ALGARVE, 07-05-2006 8:00:00

O ministro da Administração Interna, António Costa, fez um forte apelo à mobilização de autarcas e populações para a limpeza das florestas, alertando que esta medida é, este ano, "mais importante do quem nunca" para se evitarem fogos.


"Este ano choveu bastante, o que é bom, porque nos libertou da seca. Em contrapartida, fez florescer o mato, que hoje está bonito e verde, mas muito brevemente estará seco", disse aos jornalistas em Viseu, onde apresentou o dispositivo distrital de combate aos incêndios florestais.

O governante referiu ontem que "esse mato seco é um combustível perigosíssimo" e que, por isso, "este ano é mais importante do que nunca limpar a floresta, tornando-a mais resistente ao fogo".

"Agora é boa época, porque as chuvas devem estar a terminar.

Deve-se começar a fazer essa limpeza e continuar até ao Verão", aconselhou.

Confrontado com o facto de muitas autarquias terem visto reprovadas as candidaturas ao Fundo Florestal Permanente, que apoiariam a limpeza da floresta, António Costa disse saber que no Ministério da Agricultura "estão a fazer um grande esforço para analisar todas as candidaturas".

"Felizmente houve um elevado número de candidaturas de diferentes municípios e esses processos estão a ser despachados", garantiu.

No entanto, segundo o governante, "independentemente do esforço dos municípios e das Juntas de Freguesia", a limpeza da floresta "é um dever de todos", quer sejam proprietários florestais, responsáveis por vias de comunicação ou pelas redes eléctricas.

"Todos têm o dever de construir faixas de protecção à volta das habitações, das localidades, das vias de comunicação, dos cabos de electricidade", frisou.

Por outro lado, há que "eliminar comportamentos de risco", como não fumar, não fazer churrascos, não lançar foguetes ou não fazer queimadas.

"Ao contrário do que muitas vezes se julga, as causas naturais e o crime explicam uma ínfima parte dos incêndios", sendo "a negligência e a incúria do ser humano" os grandes responsáveis, explicou António Costa.

No seu discurso, o ministro de Estado e da Administração Interna retomou muitas das ideias que foi deixando durante a mega- operação de apresentação dos meios humanos e materiais de combate aos fogos florestais, que termina domingo em Lisboa.

Assegurou que houve a preocupação de melhorar as condições de funcionamento do dispositivo, que terá mais homens em todo o país, maior capacidade em termos de meios aéreos (um aumento de 43 por cento da capacidade de transporte e descarga de água), melhores comunicações e melhores instrumentos de apoio à decisão.

Anónimo disse...

Câmaras algarvias sem planos contra incêndios

in OBSERVATÓRIO DO ALGARVE, 07-05-2006 8:00:00

Metade das 16 câmaras do Algarve ainda não deram um passo para elaborar os obrigatórios Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios. Documentos que pretendem dar a conhecer o terreno, para melhor evitar ou combater os incêndios.

Metade das câmaras municipais do Algarve ainda não iniciaram o seu Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), uma autarquia já concluiu (Loulé) e sete estão em curso (Aljezur, Vila do Bispo, Lagos, Monchique S. Brás de Alportel, Silves, Tavira ), soube o Observatório do Algarve de fonte ligada ao processo.

O PMDFCI tem como objectivo definir as medidas necessárias à defesa da floresta contra incêndios, no âmbito da prevenção, planeamento integrado, na previsão das intervenções das diferentes entidades envolvidas perante a eventual ocorrência de fogos.

O seu enquadramento legal surgiu com o Decreto-Lei nº 156/2004, de 30 de Junho, e as suas linhas orientadoras, segundo o Governo, estão definidas no Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra os Incêndios (PNFCI), o qual é considerado “um instrumento operacional de planeamento, programação, organização execução de um conjunto de acções de prevenção, pré supressão e reabilitação das áreas ardidas”.

O governo pretende com os vários planos municipais e nacional “aumentar a resistência do território aos incêndios florestais, reduzir a sua incidência, através de uma melhor eficácia e eficiência do ataque e gestão dos mesmos”.

Nos objectivos propostos consta ainda a recuperação e reabilitação de ecossistemas e comunidades, e adaptar uma estrutura orgânica e funcional eficaz.

Relativo à organização dos recursos humanos, o PNDFCI defende “uma acentuada necessidade de uma acção concreta e persistente na política de sensibilização, no aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão do risco, bem como no desenvolvimento de sistemas de gestão e de ligação às estruturas de prevenção, detecção e combate, reforçando a capacidade operacional”.

“O reforço do número de unidades da capacidade operacional dos sapadores florestais, o papel da GNR e a melhoria da capacidade de intervenção dos bombeiros visará garantir a redução gradual do tempo de resposta da primeira intervenção”, realça aquele documento.

No Conselho Europeu de Dezembro de 2005, o governo português negociou perspectivas financeiras para o quadro comunitário de 2007-2013, no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional, de que dependerão os planos nacional e municipais, para receberem apoios financeiros para cumprimento dos objectivos, desde que concluídos.

No entanto, o governo adverte que os planos deverão estar finalizados já em 2006, para que sejam conhecidas as políticas sectoriais e se reajustem assim aos financiamentos, para acções que se concretizarão entre este ano e 2012 e desse ano a 2018.

De acordo com uma fonte próxima do Ministério da Agricultura, caso as autarquias algarvias negligenciem a execução destes planos, perdem também a oportunidade de limpar as suas matas através do Fundo Permanente Florestal.

“Sem que se assuma como uma política repressiva, na verdade poderão existir algumas penalidades para as câmaras que não cumprirem o que lhes está a ser exigido”, sublinhou ainda.

por Jorge dos Santos

Anónimo disse...

Será que os caçadores aceitam uma ajudinha?! Onde é que são os pontos de encontro no dia 14 de Maio?! Vá lá, informem-nos, até parece uma ideia interessantes...

Anónimo disse...

Milhares de caçadores vão ajudar a limpar matas algarvias no domingo

A Federação de Caçadores do Algarve (FCA), em conjunto com as Câmaras Municipais, Governo Civil de Faro e Juntas de Freguesia, vai realizar, no próximo domingo, dia 14, o «Dia Nacional dos Caçadores pelo Ambiente».

A intervenção vai mobilizar vários milhares de caçadores algarvios e quer, sobretudo, servir como exemplo para o futuro.

Os números de inscrições para a edição deste ano estão a entusiasmar a Federação.

Em declarações ao barlavento.online, o presidente da FCA Vítor Palmilha disse que «só em Loulé vai haver mais de 600 participantes».

Concelhos como Tavira e Castro Marim vão também contribuir para o sucesso da iniciativa, com 560 e 350 caçadores já inscritos para participar nas actividades, respectivamente.

Vítor Palmilha quer que a iniciativa permita «explicar às populações que esta não é apenas uma medida interventiva, mas sobretudo pedagógica e educativa».

Frisa, no entanto, que «os caçadores não vão para o terreno recolher o seu próprio lixo, porque já o fazem no final de cada jornada de caça».

Conclui, por isso, que os caçadores estão «preocupados com a natureza» e pede a toda a população que «acabe de uma vez por todas com este acto menos cívico [deixar lixo nas florestas e zonas verdes]», para que iniciativas como a deste domingo «se tornem desnecessárias».

Também a pensar nos previsíveis fogos florestais, muitas vezes propagados pela falta de limpeza das matas, os caçadores querem que a acção cívica deste fim-de-semana permita acabar com a vulnerabilidade das florestas e matas em relação aos incêndios.

À semelhança do ano passado, em que a venda do produto dos metais recolhidos permitiu oferecer duas cadeiras de rodas a duas instituições, a Federação algarvia quer voltar apoiar uma instituição social de cada concelho do Algarve.

No ano de arranque, em 2005, a acção de limpeza realizada no Algarve envolveu cinco mil caçadores e recolheu 800 toneladas de lixo.

in Barlavento, 12 de Maio de 2006 | 07:55, por filipe antunes