domingo, junho 05, 2005

Para mais tarde recordar


Ninguém tem memória de um dia assim. Pronto, celebra-se hoje o Dia Mundial do Ambiente e esta é uma data histórica para o Algarve e para os algarvios...

Em primeiro lugar, porque os senhores que fazem parte do Governo decidiram trabalhar ao Domingo, aproveitando o sol algarvio para aprovar um pacote legislativo ligado às matérias ambientais que terá reflexos no nosso quotidiano.

Em segundo lugar, porque nesse pacote está incluído o sempre adiado Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura / Vila Real de Santo António, satisfazendo-se um compromisso inadiável de preservação e requalificação do nosso litoral e permitindo-se o desenvolvimento sustentável de seis dos municípios mais preservados do Algarve!

Em terceiro lugar, mostrando uma capacidade de decisão muito apreciada pelos eleitores, o Governo deliberou avançar com as obras da Barragem de Odelouca e, principalmente, com a ligação da Barragem do Funcho à Barragem de Santa Clara (Alentejo), através de uma conduta com mais de quarenta quilómetros, como vinhamos defendendo por aqui há uns tempitos...

Depois destes, os outros anúncios e promessas são "alcagóitas", mas é sempre bom saber que a segurança e a saúde dos algarvios e dos nossos visitantes sazonais merecem uma atenção especial de quem manda no rectângulo!

1 comentário:

Anónimo disse...

“Casas lesivas para o ambiente devem ir abaixo”

O candidato socialista à Câmara de Faro é a favor da demolição de habitações nas ilhas-barreira que estejam em situação de risco e lesiva para o ambiente. À semelhança de outros políticos, José Apolinário defende a elaboração de planos de pormenor para os núcleos históricos da Ria Formosa, de forma a identificar os casos mais problemáticos.


“Tem de haver requalificação e ordenamento das ilhas-barreira”, defendeu hoje o deputado reagindo à homologação do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) do sotavento algarvio, acrescentando que as casas situadas em zonas de risco, por estarem em situação lesiva do ambiente, “devem ser retiradas”.

No entanto, o candidato socialista entende que identificação de todos os núcleos históricos delimitados “deve preceder qualquer demolição”.

“É mais fácil dizer que nem uma casa vai a baixo. Essa é uma atitude populista e retrógrada. As novas gerações exigem maior atenção ao ambiente”, sublinhou.

José Apolinário, que durante o fim-de-semana visitou as ilhas-barreira, admitiu alguma “apreensão” e “crítica” com o facto do núcleo dos Hangares não estar salvaguardado pelo POOC, tendo ainda garantido um acompanhamento “pormenorizado” em relação à ilha de Faro.

“As pessoas foram construindo as casas, ilegalmente, com tolerância da administração central. Houve um fechar de olhos. Por isso, a intervenção tem de ser ponderada”, reclama.

Apolinário abordou ainda a situação ilegal da casa do Governador Civil na ilha do Farol, acreditando que António Pina será “o primeiro a defender que a lei deve cumprir-se”.

(mais em http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=1091)