segunda-feira, maio 29, 2006

Cavaqueando por aí...


Hoje, em Alcoutim, o Presidente da República apelou à mobilização da sociedade civil no combate à exclusão social, advertindo que este flagelo é um peso na consciência colectiva, cujo combate é da responsabilidade de todos...

Considerando as orientações políticas deste Governo, talvez não seja necessário tal apelo e este Roteiro para a Inclusão não passe de uma redundância, principalmente se não ignorarmos os
milhares de voluntários que garantem o funcionamento de inúmeras instituições particulares de solidariedade social, aqueles que ganham a vida nesta área profissional de autêntico serviço público ou os que, sendo eleitos locais, procuram servir as populações mais carenciadas e suprir as suas necessidades básicas em vez de apostarem na auto-promoção, no betão e nos foguetes. Mas, como dizem os juristas, o que abunda não anula!

Atravessando-se no caminho, Carlos Brito aproveitou para
meter uma cunha a Cavaco Silva sobre a ponte transfronteiriça entre Alcoutim e Sanlúcar del Guadiana. Pode ser que pegue...

5 comentários:

Anónimo disse...

A generalidade das notícias e dos comentários dos jornalistas que acompanharam a comitiva presidencial revela uma comunicação social centralizada em Lisboa, subserviente à agenda dos poderes centrais e desvanecida perante aquilo que todos fazem... BEM!
Acontece que uns têm alguém que olha por eles e divulga as suas iniciativas, enquanto outros só merecem desprezo ou estes fugazes momentos de atenção...
Vamos ver quantas vezes é que as televisões ou as rádios de Lisboa ou comandadas de Lisboa vão voltar ao Torneiro ou acompanhar as acções das inúmeras IPSS que lutam contra a exclusão no Portugal profundo!!!

Anónimo disse...

É triste para os habitantes do Torneiro e de toda aquela região, que só irão ter nova visita da Unidade de Saúde daqui a 6 meses, só para medir a tensão e outras ninharias.


Desafio qualquer um, a ir a uma daquelas localidades e investigar a utilidade e frequência dos tratamentos prestados.

Aplausos para o circo e todos os seus conceituados artistas.

Anónimo disse...

Cavaco Silva, na sua viagem pelo Portugal perdido que ficou longe das auto-estradas e do reino do betão, disse que era um ouvidor e não um executivo. Ouvidor foi uma palavra que se perdeu na linguagem diária portuguesa. Todos reclamam. Ninguém as escuta.
Antigamente o ouvidor era o representante do rei, quem o informava do que se passava e, por fim, quem aplicava as leis. No Brasil, hoje, o ouvidor é o representante do povo, que o ouve, e encaminha os seus queixumes para o executivo. Portugal vai pelo mesmo caminho. Cavaco iniciou a segunda fase do seu mandato: escuta o que dizem os portugueses e atira as suas ansiedades para a caixa postal de Sócrates. Começa a perceber-se como o PR vai jogar politicamente com São Bento. Quando o Governo fala de combate à exclusão nas grandes cidades, Cavaco vem relembrar a que existe num interior desertificado. Afinal, nos subúrbios pintados pelos «tags» de «gangs» de Lisboa e Porto, quando se soluça as televisões fazem eco disso. No interior pintado a cal branca, cheio de uma população envelhecida, quando se grita ninguém escuta. Cavaco ouve. Não tem de fazer. Mas é assim que se faz a pressão social sobre um Governo tecnocrático que dirige o país. É desta forma que Cavaco vai fazer a sua convivência com Sócrates. Escuta. Faz eco de queixas. E compra a torradeira do Primeiro-ministro.

Anónimo disse...

Apenas uma questão:

De todos os problemas apontados, e muito bem, pelo presidente Cavaco silva, o que fez ele e os seus governos para os minorar?
Ah pois é....

Anónimo disse...

Os poucos habitantes que há no torneiro, localidade que pertence à freguesia de alcoutim, nem com a visita do Presidente da Republica Prof. Anibal Cavaco Silva, mereceram mais atenção.
Pois não merecem ter esgotos, nem água da Barragem.
Enquanto que nos Balurcos, uma escola desativada há mais de vinte anos mereceu um campo para desporto que ninguém frequenta, e alcoutim merece um campo de futebol com relvado artificial, onde parece nem haver jogadores.
Enquantos milhares de Euros ficaram estes trabalhos que não binificiam alguem?
Quantos passeios organiza o Sr. presidente da Camara em autocarros, barcos e avião para adoçar a boca aos que não compreende sequer as suas o que precissam para ter uma vida digna com condições basicas de saneamento.
Parece que os politicos só se interessam pela casa ao voto.
Bem ajam, pelos seu interesses