domingo, janeiro 18, 2009

A força da mudança... necessária!


Sócrates apelou à maioria absoluta, prometeu referendo à regionalização e borrou a pintura ao considerar o casamento dos homossexuais...

Ainda não tive tempo de ler a
moção na íntegra, mas já percebi que os analistas políticos e jornalistas da nossa praça vão salivar de satisfação com a possibilidade dos socialistas discutirem em Espinho a hipótese de consagrar legalmente o casamento civil entre as pessoas do mesmo sexo na próxima legislatura. Fica já aqui uma declaração de interesses, sou favorável à promoção da igualdade entre todos os cidadãos e contra o casamento dos homossexuais!

Numa primeira abordagem, o
Público sublinhou que o Partido Socialista assume-se como um partido a favor da regionalização com base no modelo das cinco regiões, salientando que a moção define ainda o PS como um partido "pelas regiões administrativas, porque considera que elas são um instrumento de desenvolvimento territorial e coesão nacional".

De facto, está consagrado que "o compromisso político do PS é avançar mais na descentralização de competências para as autarquias locais. E é procurar o apoio político e social necessário para colocar com êxito, no quadro da próxima legislatura, e nos termos definidos pela Constituição, a questão da regionalização administrativa, no modelo das cinco regiões."

É essencialmente por isto que eu quero ir ao Congresso do PS, para testemunhar o momento da votação da moção e participar na construção da futura REGIÃO DO ALGARVE!

A TSF prefere destacar que José Sócrates ataca quem muda opinião sobre TGV e ataca jornalistas... E, já agora, quem repudia a regionalização!

2 comentários:

Anónimo disse...

Sócrates, O Inimigo (do) Público

O Público e José Manuel Fernandes prosseguem a sua campanha de visceral ódio ao Partido Socialista e a José Sócrates. Sinto-me acima de qualquer suspeita uma vez que sou assinante da sua edição online, sendo um jornal que muito aprecio.

Começa no entanto a ficar demasiado óbvia esta conduta, patente na distorção de notícias, fazendo com que a sua missão comece a ficar comprometida pelo manto negro da deturpação e má informação.

Na análise à moção de José Sócrates, onde se lê que "a segunda prioridade na promoção da igualdade é o combate a todas as formas de discriminação e a remoção, na próxima legislatura, das barreiras jurídicas à realização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo", o Público depreende, e cito a edição online, que "implicitamente o texto promete reconhecer, de acordo com a lei, o pleno dos direitos do casamento civil: direito a constituir família e direito a constituir património comum. Logo, a adopção e a inseminação artificial feita por homossexuais deverão ser contempladas".

Esta é uma extensão inadmissível do alcance das palavras de José Sócrates. Visa pura e simplesmente semear o boato, colhendo as reacções tanto daqueles que são a favor do casamento e contra a adopção (a maioria), como dos que entrarão numa autêntica jihad homofóbica contra a possibilidade de tamanho salto legislativo. Vergonhoso.

Anónimo disse...

Moção de Sócrates exclui adopção por casais homossexuais

in Público, 19.01.2009 - 16h40 Lusa

O dirigente socialista Augusto Santos Silva esclareceu hoje que a adopção de crianças por casais homossexuais está fora da moção de José Sócrates e que a corrente de Manuel Alegre também será convidada para discutir o programa eleitoral. Em declarações aos jornalistas, o ministro dos Assuntos Parlamentares negou que a adopção esteja prevista, mesmo que implicitamente, na moção que o secretário-geral do PS levará ao congresso de Espinho, entre 27 de Fevereiro e 1 de Março.

"A moção apresentada pelo secretário-geral do PS contempla a remoção das barreiras jurídicas à celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não propõe mais nada. Se o congresso aprovar a moção, a posição do PS continuará a ser contrária à adopção de crianças por parte de casais formados por pessoas do mesmo sexo", declarou.

Segundo o dirigente socialista, os subscritores da moção de José Sócrates entendem que "não há nenhuma justificação para impedir adultos de formarem livre e conscientemente a opção de casarem com pessoas do mesmo sexo". "A questão da adopção de crianças é radicalmente diferente, porque envolve os direitos e os interesses das crianças, pelos quais o Estado deve também zelar", justificou.

Interrogado se a linha política de José Sócrates tenciona entrar em diálogo com a corrente de Manuel Alegre para a elaboração do programa eleitoral do PS, Augusto Santos Silva afirmou que o seu partido discutirá esta proposta "no seu interior".

"Todas as secções de residência, temáticas ou outras, todas as organizações e as formações regionais serão chamados a essa discussão. Serão também chamadas à discussão as correntes de opinião, que são uma forma estatutariamente legítima de organização de militantes dentro do PS", afirmou o membro do Secretariado Nacional do PS. De acordo com Santos Silva, quando a moção de José Sócrates refere que o programa eleitoral terá uma participação alargada, "isto significa que o PS incluirá todos os seus militantes, todos os seus organismos, secções e correntes de opinião".