Depois dos elogios do Primeiro-Ministro aos colaboradores da Administração Pública pelo esforço colocado na sua modernização, há por aí quem esteja empenhado em estragar a fotografia...
Seguindo uma velha máxima do saudoso Vítor Direito, o Correio da Manhã proporciona-nos uma novidade importantíssima sobre as regras comportamentais das colaboradoras da Loja do Cidadão de Faro. "Mulheres e nada de política na primeira página" ditava o extinto director do matutino lisboeta. Regras cumpridas ou nem por isso?!
"O uso, em serviço, de blusas decotadas, saias muito curtas, gangas, perfumes com cheiro agressivo, roupa interior escura, saltos altos e sapatilhas, é proibido às funcionárias da Loja do Cidadão de 2ª geração de Faro" noticia o Correio da Manhã, acrescentando-se no Público que aquelas "instruções foram apresentadas durante uma acção de formação promovida pela Agência de Modernização Administrativa". Onde está a notícia? Todos os colaboradores da Loja do Cidadão sabiam ao que iam...
“Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, esclareceu Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência. Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, sublinhou desmentindo quaisquer referências a saltos altos e a roupa interior escura. Onde está a censura?! Haver regras é notícia?! Ou, meus caros, esta "notícia" não será falta de bom senso?!
Parafraseando Sócrates, só posso dizer que a imprensa portuguesa... assim não vai!!!
9 comentários:
Tanta confusão em torno do invólucro; quando, o mais importante é o funcional! E, aqui, neste campo minado é que os portugueses vão de mal a pior; uma saia curta, um decote mais generoso… Tudo isto não é novidade para alguém!? Não o sendo; onde está o espanto!? Afinal, valem mais a simpatia e a competência aliadas ao bem servir: que esta falsa transparência do que se deve ou não vestir!? Sendo esta a Loja do Cidadão: e as "outras" o que valem, o que são?! Entre a formalidade e o prático; o prático... Sairá sempre vencedor - onde houver uma causa e nela um empenho maior! Por causa desta má-fé de se julgar o que parece pelo que não é: é que em abundância se vê o que parecia não sendo e que sendo não parecia. Se a "ética universal" não saísse nunca da ordem do dia! Com-certeza que estão não nascia.
É pena que não entenda que estas medidas são a favor do respeito pelo cidadão que utiliza este novo serviço. Fica-se com a sensação que este espço de comentário só serve para atacar o governo ou quem toma as decisões. Eu concordo com as medidas. Ninguém impede que os funcionários e funcionárias se arranjem perfumem, apenas se quer limitar o exagero. O mesmo exageo que se vê em tantos outros locais. As pessoas que criticam tanto quem tomou esta medida será que gostam de ser atendidas por uma funcionária a tresandar a perfume barato e exageradamente forte???? eu realmente não gosto. Depois a Loja do cidadão deve servir para atenderem os clientes e resolverem os assuntos que os levam lá e não para servir de passagem de modelos. Olhem, quem criou estas medidas que crie mais em outros lugares. E colegas comentadores, comentem, comentem mas não usem este local para vomitarem criticas e mais criticas apenas e só por criticar. Reconhecer uma ou outra medida boa tambem faz parte da vida. Boa páscoa.
Quem é o patrão? Este deverá, como fazem outras Empresas com atendimento ao publico, de estudar uma farda visualmente moderna e atractiva para as suas funcionárias e pagá-la. Ser atendido por uma mulher fisicamente atractiva, com as mamas a verem-se, defacto dá um ar de "rebaldaria" da organização. Ser atendido, por uma senhora com um fato normal, com bom aspecto visual e simpatia, mesmo que se vá reclamar de qualquer coisa, perde-se logo 50º do gás., Pois um sorriso e uma forma simpática e profissional de atendimento, resolvem em principio muito do assunto que nos leva muitas vezes a essas lojas, as quais foram criadas para resolverem os problemas de contacto com a Administração Publica.
Noticia irrelevante... compreende-se, estão muitos jornalistas do Público de férias e sempre é mais fácil copiar o que diz o CM... jornalismo de investigação no seu melhor.
O que me parece estranho é que este comportamento tenha de ser ensinado. Há locais, onde até dá a volta ao estomago, olhar para o "desarranjo" e até cheiro das pessoas que nos atendem.
Bom, ninguém se lembrou de dizer aos funcionários (homens) para não irem em fato de ginástica, ou de camisa aberta ou camisola de alças, havaianas, ou com perfumes, calções, ou qualquer outra indumentária ou ausência dela susceptível de aumentar o seu sex-appeal tanto junto da clientela feminina como eventualmente masculina, ou mesmo para se sentirem melhor "na sua pele de homens", SIMPLESMENTE PORQUE NÃO FOI PRECISO. Os homens há muito que se habituaram a considerar um local de trabalho um local de trabalho. É completamente ridículo entrarmos numa repartição e aparecer-nos uma pessoa que dá a impressão de que para ela o seu aspecto pessoal é mais importante do que as funções que desempenha. Sou a favor das fardas!!! Com uma farda (já mesmo na escola) pressupõe-se que o comportamento da pessoa, nessas circunstâncias, obedece a princípios pré-determinados. Na vida privada, fora da instituição, cada um faz o que quer. É como o Vital Moreira, deputado europeu sem gravata... ganhará votos com isso?
Curioso é o facto de esta "notícia" vir apenas no Publico e no...sol....Sempre se viram regras de vestuario nos serviços de atendimento ao publico. Eu sou motorista de autocarro e não posso usar t-shirts e em alguns serviços tenho que usar gravata...
Por exemplo, uma mulher policia não se pode passear na rua de mini-saia, são apenas pequenos exemplos. Nós é que somos hipócritas o suficiente para por em causa uma coisa que é absolutamente banal. Claro que esta pseudo noticia tem um outro objectivo implicito....
É perfeitamente normal que empresas privadas, bancos e muitas outras instituição tenham um código de vestuário para os seus funcionários, prática que me parece bastante aceite. Esta notícia não revela nada de anormal e propositadamente associada tal prática ao estado, associação esta que me parece injusta. Também não vejo razão para tanto alarme por parte de alguns leitores. A idea é ser o mais neutro e apresentável possível a um público que é muito diverso. Homens também estão sujeitos a tais códigos.
Qualquer serviço ou comércio que se preze, quando está em causa o atendimento ao público, ou distribui fardas, ou estabelece as regras básicas de apresentação. Seja nos McDonalds, seja na Zara, seja no Pedro dos Leitões. Muito mais numa Loja do Cidadão. Falta o provincianismo sindicalista do 25 de Abril vir dizer que é uma prepotência dos patrões.
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