sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Já lá vão cinco...


O Governo aceitou o pedido de exoneração do presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil apresentado pelo major-general Bargão dos Santos, que alegou "falta de condições"...

Empossado naquele cargo há nove dias, em sua substituição já foi nomeado e empossado o major-general Arnaldo José Ribeiro da Cruz, antigo responsável do
IGEOE, ex-assessor militar de António Guterres e que vinha acompanhando o secretário de Estado da Administração Interna Ascenso Simões nos últimos tempos...

Arnaldo Cruz sucede a Leal Martins, Paiva Monteiro, Manuel João Ribeiro e João Gabriel Bargão dos Santos numa estrutura com menos de três anos. Tantos presidentes em tão pouco tempo só confirmam que a casa foi feita pelo telhado e que qualquer dia... vai mesmo abaixo!

2 comentários:

Miguel disse...

Mais uma argolada á Socrates!!!???

Bom FDS!

Bjks da Matilde

Anónimo disse...

Protecção Civil: Liga dos Bombeiros defende extinção do Serviço Nacional

in LUSA, 18-03-2006 / 14:45:00.

Lisboa, 18 Mar (Lusa) - O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Du arte Caldeira, defendeu hoje a extinção do actual Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), criado em 2003, e reivindicou o regresso a um sistema autónomo.

"Defendemos a separação da função protecção civil da função dos bombeiros, com a extinção do actual serviço nacional", afirmou à Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), após um reunião do Conselho Nacional, que deco rreu esta manhã em Sintra.

Na opinião da Liga, a actual estrutura nacional, que resultou em Março de 2003 da fusão dos serviços nacionais de bombeiros e de protecção civil, "hoje cu sta mais (que o serviço nacional de bombeiros) e envolve mais pessoas, sem ter q ualquer retorno".

"O argumento utilizado na altura da criação do serviço nacional de que imp licaria menos recursos financeiros e humanos cai por terra", sublinhou Duarte Ca ldeira.

Para a Liga dos Bombeiros Portugueses, nos três anos de funcionamento do S NBPC, "a área ardida não reduziu", os investimentos na protecção e socorro "dimi nuíram" e "passou a observar-se uma instabilidade jurídica, com vários president es deste serviço e várias alterações à lei orgânica". No encontro, os bombeiros consideraram ainda que "faz sentido" que "as com petências da protecção civil possam passar para a esfera da defesa" e sustentara m que "a política de protecção civil deve ser definida pelo Governo".

O SNBPC foi criado em Março de 2003 pelo então ministro da Administração I nterna Figueiredo Lopes, com o objectivo de "racionalizar os meios" então existe ntes, considerando que existia "uma falta de coordenação no terreno" entre as de legações distritais dos serviços nacionais de bombeiros e da protecção civil, se ndo "importante a unificação e concentração desses serviços".

A Liga constatou ainda "um mal-estar" decorrente "do que parecem ser as op ções políticas do Governo que vão no sentido da fragilização das estruturas dos bombeiros".

Segundo o presidente da Liga, os bombeiros estão a ser substituídos por "d ispositivos do Estado no combate aos incêndios, com a criação de um grupo de int ervenção, protecção e socorro da GNR, e no socorro pré-hospitalar, com uma estru tura paralela do Instituto Nacional de Emergência Médica".

Estas medidas são entendidas pelos bombeiros como "uma estratégia para red uzir os bombeiros ao território da sua sede e criar estruturas detidas pelo próp rio Estado, para que possa concentrar a decisão, comando e orientação".

As delegações da Liga dos Bombeiros Portugueses vão analisar estas reivind icações até ao próximo dia 07 de Abril, altura em que o Conselho Nacional voltar á a reunir, em Fátima.

Duarte Caldeira anunciou que está marcado um congresso extraordinário para 20 de Maio, em que a Liga "tomará decisões finais" quanto à reivindicação de um serviço nacional de bombeiros.

O mesmo congresso extraordinário servirá para decidir se os bombeiros irão participar nas acções de combate a incêndios fora das suas áreas de actuação, u ma medida que admitem adoptar "caso não se verifique uma alteração na política e atitude do Governo para este sector".

A Lusa tentou obter um comentário do Ministério da Administração Interna, mas tal não foi possível.

JH.