sexta-feira, outubro 28, 2005

Quem precisa do TGV?!


No partido que agora rejeita o TGV e a OTA, há quem exija que o TGV tenha uma ligação Évora-Faro-Huelva, que já esteve no papel e que agora parece passar à história. Cá por mim, bastava-me muito bem uma ligação ferroviária de qualidade entre Faro e Huelva...

Assim, podia ser que sobrassem algumas verbas para o
Metro de Superfície do Algarve, nomeadamente para as ligações suburbanas entre Tavira, Olhão, Faro (Aeroporto/Universidade) e Loulé (Quarteira/Vilamoura)...

4 comentários:

Anónimo disse...

"Quem quer um TGV?! Para ir ao correio, basta-me uma BTT..." *

* Parafraseando os Clã e especialmente dedicado ao senhor da tua terra que se levanta com as galinhas para ir buscar o correio da edilidade e costuma subir a avenida principal em contra-mão!

Anónimo disse...

TGV terá apenas duas linhas e ligação a Faro fica adiada

As outras ligações - Aveiro-Salamanca (prevista para 2015), Porto-Vigo (2009) e Faro-Huelva (2018) deixam de ficar «agarradas a um calendário, ou seja, não são prioritárias»

A nova versão do Governo para o projecto do TGV reduz de quatro para duas as linhas do comboio de alta velocidade entre Portugal e Espanha e prevê quatro paragens entre Lisboa e Porto, noticia hoje o Público.

De acordo com o jornal, a nova versão do projecto reduz a duas as linhas do TGV (Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid) será apresentada em Novembro e prevê quatro paragens - Ota, Leiria, Coimbra e Aveiro - no percurso que liga as duas principais cidades portuguesas.

O anúncio de uma decisão política sobre a Rede de Alta Velocidade será feito, segundo o Público, depois de o Governo revelar os seus projectos para o aeroporto internacional da Ota, cujos contornos principais deverão ser conhecidos nos primeiros dias do próximo mês.

De acordo com o anterior modelo de rede de alta velocidade, estavam previstas quatro ligações entre Portugal e Espanha: Porto-Vigo com investimentos na ordem dos 1.300 milhões de euros, Aveiro- Salamanca (2.300 milhões de euros), Lisboa-Madrid (1.900 milhões de euros) e Évora-Huelva, com passagem por Faro (2.600 milhões de euros).

Fontes oficiais disseram ao Público que o projecto do TGV a anunciar na segunda quinzena de Novembro será reduzido a apenas duas linhas a partir da capital, Lisboa-Porto e Lisboa-Madrid, sendo que esta será mista, isto é, servirá também para transportes de mercadorias.

O jornal escreve também que a Rave - Rede de Alta Velocidade, entidade pública responsável pelos estudos relativos ao TGV, foi mandatada pelo anterior Governo social-democrata para apresentar um trabalho sobre a dupla utilização da linha de Madrid, o que não fez até ao momento.

No que diz respeito às paragens previstas para o TGV Lisboa- Porto, as fontes contactadas pelo Público esclareceram que essas paragens não serão utilizadas em todas as ligações, podendo haver mesmo comboios directos entre as duas cidades.

As mesmas fontes não adiantaram números nem modelos de financiamento do TGV, mas, de acordo com os cálculos do anterior Governo, estes dois eixos custariam mais de 6.000 milhões de euros.

Também o Jornal de Negócios faz manchete com o tema TGV, mas noticia que o projecto da linha Lisboa-Madrid deverá estar concluído apenas em 2015, podendo mesmo deslizar para 2017.

A data prevista era 2010, mas o Governo português, escreve o jornal, vai assumir na próxima Cimeira luso-espanhola, que as datas fixadas em 2003 para as ligações ibéricas em alta velocidade ferroviária na Figueira da Foz "são irrealistas".

«Sempre se tratou de datas políticas, nunca possíveis de alcançar», disse uma fonte governamental ao jornal.

De acordo com o Jornal de Negócios, Portugal vai também pôr, pela primeira vez em causa, a viabilidade económica da ligação Porto-Vigo.

Recentemente o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, apontou 2013 como objectivo para a conclusão da ligação Lisboa-Madrid.

As outras ligações - Aveiro-Salamanca (prevista para 2015), Porto-Vigo (2009) e Faro-Huelva (2018) deixam de ficar «agarradas a um calendário, ou seja, não são prioritárias».

A linha Porto-Vigo, que deveria ser a primeira a ficar concluída em 2009, pode mesmo cair, uma vez que o Executivo português considera «não existir tráfego que justifique o investimento numa linha de alta velocidade».

O ministro Mário Lino será ouvido hoje no Parlamento da Assembleia da República.

(in Agência LUSA, 28 de Outubro de 2005)

Anónimo disse...

Macário acusa Governo de «desprezo» pelo Algarve por causa do TGV

O adiamento da ligação em TGV entre Faro e Évora já originou reacções dos presidente da AMAL e da câmara municipal de Faro.

O presidente da Junta Metropolitana do Algarve (AMAL) acusou hoje o Governo de desprezo e falta de visão estratégica para a região algarvia ao admitir adiar o projecto de ligação em comboio rápido (TGV) entre Faro e Évora.

«Estamos contra a intenção do Governo de suspender a construção da linha de Faro-Évora», disse à Lusa Macário Correia, adiantando que o Governo está a «falhar com o Algarve».

O ministro das Obras Públicas Mário Lino afirmou hoje que as linhas da rede ferroviária de alta velocidade (TGV) Porto-Vigo e Faro-Évora são secundárias face às outras, e que a sua construção deverá ser adiada.

«Não temos nada contra essas linhas [Porto-Vigo e Faro-Évora] em absoluto, mas não fazem parte das nossas prioridades, não consideramos que haja condições nem razões que levem a fazer essas linhas agora», afirmou o ministro à imprensa, após uma reunião conjunta das comissões parlamentares de obras públicas e finanças.

Para o presidente da AMAL, esta posição é «uma desconsideração e uma atitude de desprezo que na prática revela falta de visão estratégica para o futuro do turismo no Algarve».

Macário Correia adiantou que os presidentes das 16 autarquias algarvias vão reunir-se dia 7 de Novembro, para discutir a questão do TGV, o Orçamento de Estado para 2006 - «que em relação ao Algarve revela muitas falhas» - e ainda a questão da descentralização administrativa para a região.

«Vamos tentar marcar uma reunião com o primeiro-ministro José Sócrates, para discutir estes assuntos», acrescentou.

O presidente da Câmara de Faro José Apolinário (PS) disse à Lusa que, embora desconheça a decisão governamental sobre o projecto do TGV, defende que o «Algarve precisa, no futuro, de um transporte ferroviário de velocidade alta com ligação à Andaluzia» (Espanha).

Esclarecendo que não tem de ser obrigatoriamente um comboio de alta velocidade como é um TGV, José Apolinário acrescentou, no entanto, que a região algarvia deve ser inserida na rede europeia ferroviária e deve ter um comboio de velocidade considerável.

«Vou solicitar proximamente um esclarecimento ao Governo e transmitirei esta ideia», asseverou Apolinário.

O autarca afirma que é «daqueles algarvios que nunca ficou muito convencido sobre a consistência de um projecto com data de concretização para 2018», como era o caso da ligação Évora-Huelva. Contudo, defende a urgência de medidas a curto e a médio prazo.

Numa perspectiva de curto e médio prazo, Apolinário considera que é urgente uma definição sobre «o transporte ferroviário de passageiros no quadro da região algarvia», nomeadamente a clarificação da viabilidade económica de um metro de superfície na zona de Faro.

(in Agência LUSA, 28 de Outubro de 2005)

Anónimo disse...

O Sr. V(a)itorino assumiu-se como o pai da "monstruosidade histórica" e do "projecto faraónico" do TGV, nas palavras de ilustres dirigentes do PSD...

O Sr. V(a)itorino assumiu-se como o principal defensor da ligação Évora-Huelva ("...fui eu que convenci o Ministro Carmona Rodrigues...")...

Impante, o Sr. V(a)itorino só não disse que no projecto estava um apeadeiro... na Conceição de Faro. Ou disse?!