O que esteve na origem da devastação da floresta em 2003 e que parece persistir este Verão não é tanto o número de fogos registados, mas a sua dimensão.
Durante 16 anos, o maior fogo das últimas décadas aconteceu em Arganil e devorou 12 mil hectares. Mas, só no ano passado, registaram-se sete incêndios a ultrapassar esta dimensão e em Julho as chamas terão destruído 34 mil hectares da serra do Caldeirão.
As condições meteorológicas e a acumulação de material combustível na floresta geram fogos incontroláveis que estão a ameaçar o que resta dos grandes espaços florestais do país. A falta de planeamento e de meios, a incapacidade e a incompetência fazem o resto...
Após o excelente dossier do Jornal de Notícias, ao qual já fizemos aqui referência, as jornalistas Mariana Oliveira e Sofia Rodrigues assinam os trabalhos inseridos no destaque do Público desta manhã, que são complementados por um acutilante e pragmático artigo de opinião do professor Américo Carvalho Mendes, da Universidade católica do Porto.
Na próxima segunda-feira, a eurodeputada Jamila Madeira promove um encontro no GOverno Civil de Faro com os autarcas dos concelhos da região atingidos pelos incêndios, a protecção civil, bombeiros e as associações de produtores florestais do Algarve para analisar a situação provocada pelos incêndios verificados no Sul do país e estudar eventuais medidas de apoio às populações.
Esperam-se mais contributos para parar o flagelo!!!
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