O Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê a entrada de cerca de 300 mil imigrantes até 2010 e mais 400 mil até 2050. De acordo com o Diário de Notícias, só assim Portugal conseguirá evitar uma quebra significativa da população. E, mesmo com saldos migratórios positivos, os 10,3 milhões de residentes de 2000 passarão a 9,3 milhões em 2050, ou seja, menos um milhão de pessoas!
Aquele valor é apontado num cenário de uma evolução negativa, mas lenta da população portuguesa. Prevê-se um aumento gradual da fecundidade para 1,7 crianças por mulher até 2050 (actualmente é de 1,4) e uma média de 45 mil novos imigrantes por ano até 2005, reduzindo para dez mil a partir de 2011. Contudo, segundo o INE, "tais movimentos não evitarão o envelhecimento da população portuguesa, passando-se de 16% de jovens em 2000 para 12,7% em 2030."
No trabalho da jornalista Céu Neves, é revelado que a região do Algarve e o arquipélago dos Açores são as regiões que mais poderão beneficiar com a entrada de estrangeiros, desde que mantenham níveis médios de fecundidade, contrariando a tendência nacional de decréscimo de residentes. Lisboa e Vale do Tejo e a Madeira também poderão ter um crescimento, mas apenas num cenário optimista, em que a média de nascimentos é de duas crianças por mulher. Como podem perceber, podia ser pior...
Sobre as consequências sócio-económicas da evolução demográfica na Europa, debruça-se o jornalista Sérgio Figueiredo, nas páginas do Jornal de Negócios, onde analisa as reformas em curso no norte da Europa para fazer face ao envelhecimento da população. Gente com estratégias e soluções de futuro, ao que parece!
Assim, perante este cenário, estamos perante uma missão irrecusável!
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