quinta-feira, agosto 19, 2004

Os caminhos do PS

(Publicado na edição de 19 de Agosto de 2004 do jornal POSTAL DO ALGARVE)

Sob o olhar atento dos portugueses, os militantes socialistas preparam-se para escolher por voto directo o próximo Secretário-Geral. Perante três alternativas de grande qualidade, cada um dos participantes neste acto eleitoral não deixará de ponderar nos efeitos da sua escolha no futuro do partido e do país.

Com a direita instalada no poder, os militantes socialistas devem reflectir e escolher com os olhos colocados no futuro. O Partido Socialista e Portugal precisam de soluções de futuro. Soluções concretas e concretizáveis!

Uma sociedade crescentemente dinâmica requer aos partidos políticos que aspiram ao poder uma postura atenta, aberta à mudança e capaz de formar sólidas alternativas de Governo. Exige-lhes uma postura combativa, que saiba adicionar propostas construtivas ao salutar exercício da oposição.

Orgulhosos do nosso passado e da obra realizada pelos governos de Mário Soares e António Guterres e com uma declaração de princípios claramente identificada com os desafios da modernidade, os socialistas não têm receio de apresentar-se aos portugueses como um partido ambicioso e determinado. Portugal precisa do melhor que cada um de nós tem para dar.

Mais do que nunca, para contrariar um governo sem ideias e sem vigor, é necessário um projecto político que mereça a confiança dos cidadãos e congregue todas as energias para inverter o rumo que levamos.

Uma alternativa que vá para lá das aparências e garanta o desenvolvimento da economia assente no crescimento sustentado e em empregos duradouros, para criar as condições necessárias para a implantação de uma nova geração de políticas sociais e para recuperarmos o tempo perdido no ambiente, na cultura, na educação e na qualificação das pessoas.

Uma alternativa responsável e empenhada em recuperar a confiança das pessoas nos serviços públicos de saúde e segurança social e nas demais instituições do Estado, porque merecemos viver com segurança e com melhor qualidade de vida.

Tanto a nível nacional como no plano local, só assim será possível renovar o PS e contar com a participação das novas gerações saídas das universidades e dos quadros mais dinâmicos e empreendedores do tecido produtivo. Valorizando a diversidade, a pluralidade e a diferença como princípios fundamentais do socialismo democrático e da esquerda moderna.

Os portugueses reconhecem que José Sócrates foi um bom ministro do Ambiente, revolucionando os sectores da água e dos resíduos e apostando na qualificação das cidades como palcos preferenciais da vida comunitária.

A erradicação das lixeiras e a criação dos aterros sanitários, a preservação das áreas protegidas em risco (como as ilhas-barreira da Ria Formosa), os programas Polis em inúmeros centros urbanos, os dias das cidades sem carros ou o programa de recolha de veículos em fim de vida têm a sua marca!

Enquanto responsável pelos direitos do consumidor, enfrentou com determinação e sucesso os monopólios dos bancos e das comunicações, clarificando procedimentos, institucionalizando a factura detalhada ou impedindo excessos frequentes em matéria de publicidade enganosa e não solicitada.

Impulsionador do nosso papel como anfitriões de grandes competições desportivas internacionais, liderou com sucesso a equipa que trouxe para Portugal o Euro’2004, que teve o mérito de dar um novo ânimo aos portugueses e de promover o nosso país no exterior como nunca.

Os portugueses sabem que é o melhor candidato ao cargo de secretário-geral do PS, pela qualidade das suas propostas e pela sua capacidade de congregar os desejos de mudança!

Pela minha parte, estou convencido que vai merecer a confiança dos socialistas e dos portugueses. Mais, estou convencido que será um bom Primeiro-Ministro!

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