(Publicado na edição de 13 de Maio de 2004 do jornal POSTAL DO ALGARVE)
Nos últimos dois anos, sob a batuta do Governo mais à direita do período democrático, Portugal afastou-se da Europa e os portugueses viram a sua situação social e profissional degradar-se de forma inqualificável.
Dois milhões de pobres, quinhentos mil desempregados, duzentos mil portugueses a viverem sob o espectro da fome e mais de cento e quarenta mil nas listas de espera são as marcas mais evidentes do (des)governo da coligação PSD/CDS-PP.
É tempo de dizer basta e de encontrar alternativas de futuro, que alimentem a esperança das famílias portuguesas e obriguem o Governo a inverter as suas políticas. Não chega rejeitar o conservadorismo, é preciso praticar os valores e os princípios da social democracia, caso ainda não tenham colocado o livrinho na gaveta!
Em dois anos, a “brigada da tanga” envolveu Portugal numa guerra ilegítima e injusta e o País foi colocado na rota do terrorismo internacional após a Cimeira das Lajes. O desemprego aumentou cinco vezes mais do que na União Europeia. Três mil e duzentos milhões de euros foram perdidos devido à crise económica. O investimento público é confundido com despesismo!
Os direitos sociais são cortados todos os dias, o combate à pobreza claudicou, os apoios às famílias estão paralisados e os investimentos nas infra-estruturas da rede social desceram drasticamente. A qualidade de prestação dos cuidados de saúde piorou e a esmagadora maioria dos portugueses recebe menos subsídio de doença.
Culpados de todas as desgraças, os funcionários públicos perderam poder de compra e os salários foram congelados ou não acompanharam o crescimento da inflação. A fraude e a evasão fiscal aumentaram e, só em 2003, a receita fiscal caiu mais de dois mil milhões de euros.
Porém, as famílias pagam mais impostos, o IVA aumentou e os escalões do IRS não foram aumentados. Aliás, o Governo aumentam os impostos que são a sua fonte de rendimento e reduz aqueles que constituem receita própria das autarquias locais...
Merecemos um Portugal melhor integrado numa União Europeia mais forte, com mais crescimento económico e mais emprego.
O Parlamento Europeu é um espaço onde os representantes dos portugueses podem contribuir para que tal aconteça. Defendendo modelos de crescimento económicos sustentados e baseados na inovação, no conhecimento e qualificação das pessoas. Pugnando pelo modelo social europeu, dando prioridade absoluta ao emprego e à dimensão social das políticas europeias.
No dia 13 de Junho, com o seu voto, estará a contribuir para consolidar uma Europa que aposte na paz e no desenvolvimento económico e para que todos nós possamos acreditar no futuro de Portugal e da Europa!
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