sábado, maio 12, 2007

Não havia necessidade...



Ainda não falámos da "obra" desenvolvida na estrada que liga Cachopo a Tavira, nem estou tentado a fazer quaisquer comentários sobre a história, pois os factos são suficientemente elucidativos...

Para além dos artigos que sairam no Correio da Manhã, com declarações dos responsáveis pela "obra" (
dono e empreiteiro), recomendo-vos as leituras da história contada pelo Filipe Antunes, onde podem constatar o silêncio revoltado das populações, e desta crónica do professor universitário Nuno Loureiro no Barlavento. Elucidativo, pelo menos...

A história teve outros desenvolvimentos, muito ainda há por contar. Se quiserem comentar, atrevam-se!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Que rico "ambientalista", não haja dúvidas, só é pena que as tv's estejam entretidas com outros assuntos!

Força, meus amigos, não desistam de denunciar estas (e outras) habilidades "exemplares" do "autarca-modelo"!

Anónimo disse...

A beleza e a segurança da EN 397 já não é a mesma

Albino Martins, in 1001 Olhares, 2007.05.18

O uso sábio dos bens da terra recusa um olhar materialista sobre a natureza.

Os interesses imediatos são muitas vezes destruidores.

A apropriação violenta dos recursos da terra chocam qualquer ser humano.

O comportamento inquietante dos responsáveis pelo abate de centenas de eucaliptos e pinheiros na estrada nacional 397, entre Cachopo e a Portela da Corcha (freguesia de Santa Maria de Tavira), revela uma visão redutora e artificial do ambiente.

Em vez de limpeza e manutenção, cometeu-se um “crime”. Selvaticamente abateram-se as árvores doentes e as sãs.

Depois de 23 km percorridos de abate, a empreitada encontra-se parada por imposição da autarquia. Tardiamente, mas parada!

E agora… enquanto o problema não se resolve, não se conhecem soluções.

Os restos de folhagem e pequenos troncos à beira da estrada e nas encostas, várias toneladas, são pasto que a qualquer momento se podem traduzir em catástrofe.

A beleza da estrada Cachopo-Tavira já não é a mesma. Está carente das árvores e metem medo os precipicios da serrania.

Exige-se rail’s de protecção, recolocação dos sinais de trânsito derrubados e outros que reforcem a segurança, bem como a colocação dos marcos da estrada no seu devido lugar.

Para a próxima oiçam a população. Na simplicidade os habitantes de Cachopo têm muito a aconselhar. Da experiência de vida dos mais idosos, aprende-se a usufruir dos bens da terra e a usá-los com sabedoria.