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quarta-feira, abril 25, 2007
Pedrada no charco...
O Presidente da República assinou hoje uma autêntica "pedrada no charco" nas comemorações do 25 de Abril, lançando um conjunto de questões e apelando à recuperação do espírito de inconformismo que sustentou a Revolução...
Questionando a sua geração e desafiando os jovens, ao longo da sua intervenção na Assembleia da República Cavaco Silva interrogou-se sobre a sustentabilidade do modelo social e sobre a preservação ambiental, sobre a participação na vida pública e o envolvimento na política e sobre o futuro que desejamos.
Sem papas na língua, e sobre a qualidade da Democracia, o Presidente defendeu uma comunicação social isenta e a avaliação regular da actividade dos detentores de cargos públicos, defendendo o aumento da participação dos cidadãos e novas formas de assinalar o Dia da Liberdade. Estão a ver?!
Será tempo de arregaçar as mangas?!
NOTA - Amanhã, como o tema está sob os holofotes mediáticos, alongamo-nos sobre as questões do exercício da actividade jornalística...
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1 comentário:
Mudança nas cerimónias solenes provoca opiniões diferentes
A sugestão de Cavaco Silva, em promover alterações às comemorações do 25 de Abril, foi recebida com opiniões diversas entre os líderes dos principais partidos políticos e pelo capitão de Abril Vasco Lourenço. Enquanto a Direita defende uma saída para as ruas, a Esquerda diz que não se deve esquecer a Assembleia da República.
in TSF.pt, 15:13 / 07.04.25
Cavaco Silva aproveitou a sessão solene do 33º aniversário do 25 de Abril para questionar se o formato de cerimonial das comemorações do 25 de Abril não devia sofrer uma inovação.
«Não estarão as cerimónias do 25 de Abril a converter-se num ritual que já pouco diz aos nosso concidadãos?», perguntou Cavaco Silva, lançando a dúvida aos deputados sobre a melhor forma de comemorar o Dia da Liberdade.
Os deputados e o presidente da Associação 25 de Abril reagiram a estas interrogações, mas de maneira diferente.
O recém-eleito presidente do CDS/PP, Paulo Portas, não hesitou em apoiar a ideia de Cavaco Silva, considerando, inclusive, que esta foi a questão mais importante do discurso do Presidente da República.
«Estas comemorações, por serem muito rituais e formais, deixam uma parte do país indiferente», explicou Paulo Portas para justificar a ideia.
Também o líder do PSD, Marques Mendes, concorda com o convite à reflexão considerando que «é um bom apelo, pensar numa inovação na forma de assinalar o 25 de ABRIL».
Já os líderes de alguns partidos da Esquerda parecem ter dúvidas sobre esta ideia.
Para o secretário-geral do PCP, Cavaco Silva tem uma visão «restrita» das celebrações se considera que estas apenas ocorrem dentro da Assembleia da República.
Jerónimo de Sousa lembra que as celebrações do 25 de Abril «são comemoradas por todo o país, designadamente a sua componente popular. Nesse sentido, não entendemos essa visão restrita das celebrações aqui nesta casa (Assembleia da República) que resultou da revolução de Abril».
Em sintonia com o secretário-geral do PCP; também o deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã diz que «quem olhe para as comemorações do 25 de Abril como se elas estivessem só dentro das quatro paredes de uma assembleia, não está a olhar para o país».
«No país inteiro há grandes manifestações onde qualquer homem, mulher, jovem e velho se junto, e é essa força, essa diversidade que fazem as comemorações do 25 de Abril», lembra Louçã.
Já o tenente-coronel Vasco Lourenço, responsável pelas comemorações de rua desta data, defende que a Assembleia da República deve continuar a assinalar a data da "Revolução dos Cravos" sem prejuízo de serem encontradas outras formas de celebração.
«Já houve maneiras em que os presidentes da República souberam comemorar Abril de maneira muito diversificada», explicou Vasco Lourenço, lembrando a participação de seis mil jovens nas comemorações dos 20 anos do 25 de Abril.
As comemorações oficiais do 25 de Abril constam da tradicional sessão solene na Assembleia da República, com intervenções de representantes dos partidos, do presidente do Parlamento e Presidente da República.
O desfile organizado pela Associação 25 de Abril, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, é outro dos pontos altos das comemorações.
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