quinta-feira, novembro 03, 2005

Presidenciais'2006


Finalmente, já estão disponíveis na coluna da esquerda os sítios oficiais de 8 (oito) das 9 (nove) pré-candidaturas conhecidas à Presidência da República, faltando apenas a ligação ao sítio de Carmelinda Pereira...

Paralelamente, fica também facilitado o acesso ao sítio da Presidência da República e à legislação actualizada que regula todo o processo eleitoral para o futuro inquilino do Palácio de Belém. O prometido é devido!

PS - Quanto aos blogues oficiais e de apoio às diversas candidaturas, aproveitem para dar uma voltinha pelos post's anteriores... e descubram-nos!

3 comentários:

Miguel disse...

E como numa história de Fadas e com Feitiços Pirlimpimpim ...
Assim Tudo rapidamente aconteceu, pelas 11 h 45 m ...

Querem saber mais?
Visitem o meu Blog ...

Mil Bjks da matilde

Unknown disse...

Já está assinado o Decreto Presidencial que marca a data da 1.ª volta das Presidenciais'2006...

22 de Janeiro foi a data escolhida por Jorge Sampaio para todos nós escolhermos o seu sucessor... que até pode ser o antecessor!

Anónimo disse...

- Porquê Manuel Alegre?

- Porque Manuel Alegre é um político assumido, um cidadão respeitado e um poeta amado.

No actual contexto sócio-político deste país, a política e os políticos estão claramente com uma cotação baixa. Os bons e os maus, os corruptos e os impolutos, os que se mantêm no seu posto e os que desertaram, todos são sistematicamente metidos no mesmo saco.

Para aqueles que se mantiveram fiéis ao seu ideário e ao seu eleitorado, a situação não é fácil. A comunicação social dá especial realce aos casos negativos, e mesmo nós, os simples mortais, somos sistematicamente tentados a acreditar que, se lá estivéssemos, faríamos melhor. Esta ideia é reforçada pelas aparições messiânicas mais ou menos regulares daqueles que, pretensamente, são portadores das mágicas soluções. Procuram fazer passar a mensagem de que uma candidatura é um dever patriótico, já que os outros, os políticos, são incapazes.

Não é o facto de ser ou não ser político que torna um humano melhor ou pior, mais ou menos honesto. Fazer crer que os políticos são naturalmente maus e/ou corruptos é perigoso, na medida em que transmite aos incautos a ideia de que os problemas só podem ser resolvidos por iluminados que depois, (isso sabemos nós!) mais tarde ou mais cedo, se tornam menores ou maiores ditadores.

Apesar de tudo democracia tem isto de “simpático” : é ser gerida por pessoas normais, umas saem boas outras menos boas ou más. É por isso que um regime democrático pressupõe que estejamos atentos e informados para poder votar nos melhores, naqueles que de facto são honestos, cumpriram as suas promessas e fizeram ouvir a sua voz, mesmo nos momentos mais difíceis.

Manuel Alegre foi sempre uma voz ouvida e respeitada. Foi-o, no tempo da ditadura, e foi-o igualmente no regime democrático. Manuel Alegre esteve sempre na primeira linha dos combates do seu partido. Assumiu sempre posições claras, quer nos momentos em que esteve com a maioria do aparelho, quer naquelas em que esteve isolado.

Manuel Alegre não abandonou o PS e a política nos momentos difíceis. Poderia ter-se facilmente refugiado na sua poesia, certamente que poderia ter-se posto em bicos de pés mais frequentemente, mas Manuel Alegre não precisa disso, continua igual a si próprio, assumidamente político com um percurso claro e a tal voz que se faz ouvir.

É por tudo isto que Manuel Alegre é, de facto, um cidadão respeitado. Depois a sua personalidade evidencia fortes traços de uma portugalidade ancestral, à primeira vista retrógrada e conservadora, mas na verdade muito representativa, abrangente e aglutinadora: Manuel Alegre é caçador, pescador e amante da natureza, não é só o político de discurso claro que vemos na Assembleia da República, mas é igualmente um homem comum como milhares de portugueses.

Depois, e sempre, vem o poeta, não aquele que fez da palavra o seu refúgio, mas também aquele que utilizou a palavra como arma, como gozo intelectual e como mensagem. A sua poesia, mesmo a mais interveniente, manteve sempre a magia do belo que nos arrebatava e empurrava para a frente, para procura da verdade e das respostas.

Respostas que ele não tem, mas cuja procura certamente fomentará. Portugal precisa de um Presidente no qual muitos Portugueses se revejam, que seja uma voz ouvida e respeitada, que tenha uma imagem nova e que, pelo seu perfil, pelo seu percurso político e humano, pela sua imagem impoluta, possa contribuir para retoma da crença em nós próprios e nas nossas capacidades.

Somos, assumidamente, um país de poetas, é altura de colocarmos um poeta no mais alto cargo da Nação. Os problemas que nos afligem não são só de ordem económica e/ou financeira, de taxas e cotações. São, muito mais, problemas de psicose generalizada, de descrença, de atitude negativa. Ser poeta não é só “ser mais alto”, é transmitir a mensagem de que não só “voltaremos sempre em Maio” como “é preciso ficar e descobrir”.

Desidério Lucas do Ó (Professor e membro fundador do PS)

Faro, 3.11.05