sábado, novembro 12, 2005

Os dados estão lançados?!


O semanário Expresso publica mais uma grande sondagem sobre as eleições para a Presidência da República, agendadas para 22 de Janeiro de 2006. Faltam ainda mais de dois meses, muitos quilómetros de estrada e alguns debates (?!) entre os candidatos...


Segundo os dados do trabalho da EuroSondagem para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, "Mário Soares e Manuel Alegre estão praticamente empatados na corrida à Presidência da República, que Cavaco Silva lidera com uma vantagem que lhe permite aspirar a uma vitória à primeira volta", apesar de perder quatro pontos em relação ao estudo anterior...

Vamos a acompanhar a evolução destes estudos no site do costume. Quanto às candidaturas, façam favor de servir-se na coluna do lado...

7 comentários:

Anónimo disse...

Afinal, o Manuel Alegre é deputado na Assembleia da República e falta à votação do Orçamento de Estado?! Se for eleito Presidente, também vai faltar aos seus compromissos e deixar legislação por promulgar?! Bonito exemplo de responsabilidade, é mesmo de ...poeta!

Anónimo disse...

Santos Silva justifica coexistência de dois candidatos PS

O dirigente socialista Augusto Santos Silva afirmou segunda-feira à noite, em Castelo Branco, que a coexistência das candidaturas presidenciais de Soares e Alegre resulta de dois erros, imputando um ao PS e outro a Manuel Alegre.

Intervindo numa sessão de esclarecimento sobre o apoio do PS à candidatura de Mário Soares, Santos Silva foi confrontado com uma pergunta de um militante socialista que afirmou que a candidatura de Alegre «veio dividir o partido», questionando o porquê da direcção nacional «nada ter feito para impedir duas candidaturas fratricidas no mesmo campo político».

«Há dois erros. O primeiro o PS achar que pode estar sempre a desafiar, para qualquer cargo que seja, quem não quer ser candidato e perder algum tempo com isso», respondeu Santos Silva.

«Chega a ser pitoresco, é uma mania que nós temos» acrescentou, exemplificando com os nomes de António Vitorino, Jaime Gama ou António Guterres dados, no passado, como possíveis candidatos presidenciais.

Apesar de ter garantido não conhecer todos os pormenores da questão interna socialista, «porque as versões são sempre muitas e os pormenores nem sempre são muito edificantes», frisou ainda que os dois erros «não podem ser assacados a Mário Soares».

O outro erro endereçou-o não ao PS mas a Manuel Alegre.

Aludindo ao histórico militante socialista, o ex-ministro de António Guterres sustentou que, do ponto de vista político, há [nas eleições presidenciais ] «um nível de decisão pessoal que é preciso ter e no tempo certo».

«Não posso ser proto-candidato, candidato à segunda, terça e quarta, candidato se me derem mimo, ou [afirmar que] se me pedirem, talvez seja um acto poético» criticou Santos Silva, referindo-se ainda a Manuel Alegre. «Não me parece que [Alegre] tivesse condições para potenciar uma candidatura suficientemente forte para a vitória. Não me parece que fosse uma candidatura ganhadora», acrescentou.

Por outro lado, considerando Mário Soares «o melhor candidato da esquerda em geral», sustentou, perante o que considerou como «dados factuais» que o resultado das presidenciais «está em aberto», facto que atribui à apresentação da candidatura do ex-Presidente da República (PR), apoiada oficialmente pelo PS.

«Ninguém sabe qual vai ser o próximo Presidente da República. Até ao passado mês de Julho todos os estudos de opinião davam o não candidato assumido (Cavaco Silva) como o próximo PR. Era um passeio triunfal. Agora não há uma única sondagem que dê por garantida a vitória de Cavaco Silva à primeira volta» disse Santos Silva. «Foi a entrada em cena de Mário Soares que transformou uma coroação num a verdadeira eleição», argumentou.

Considerou ainda a primeira volta das Presidenciais, a 22 de Janeiro, como as «primárias» do candidato da esquerda.

«A direita ou ganha à primeira volta ou não ganha. É impossível, nos termos da sociologia eleitoral portuguesa, que a direita ganhe à segunda volta», garantiu.

(in Diário Digital, 2005.11.08)

Anónimo disse...

Há pouco mais de um ano atrás, este senhor apoiou empenhada e entusiasticamente a candidatura de Manuel Alegre à liderança do PS.

Hoje, como ele, muito mais que estiveram no mesmo barco, reconhecem que que MÁRIO SOARES tem melhores condições para ser o próximo Presidente da República!

Miguel disse...

Bom então está mais que decidido!

Bom FDS e Bjks da Matilde

Unknown disse...

Meu caro Miguel,

Espero que a Matilde seja uma bébé bem comportada e deixe os papás descansarem bastante...

Quanto aos resultados da sondagem e aos comentários anteriores, faço minhas as palavras e as questões suscitadas pelo Pedro Magalhães nas Margens de Erro:

"Contudo, para já, importa só assinalar que, com estes resultados, a afirmação do Expresso de que "Cavaco deve ganhar à 1ª volta" é absurda a pelo menos dois níveis. Quando será que deixaremos de falar sobre sondagens como se fossem o horóscopo da Maya? E quando será que os jornalistas começarão a interiorizar o conceito de margem de erro amostral (que, para uma sondagem aleatória como a dimensão desta, tem um valor máximo de 2,5%)?"

Ele promete um comentário técnico mais aprofundado sobre as várias sondagens na próxima 2.ª feira.

Tenham um bom fim-de-semana!

Anónimo disse...

As sondagens voltam a mostrar Cavaco Silva muito perto de ser eleito à primeira volta. Soares, ou Alegre, aparecem consolidados a cerca de 30 pontos percentuais do favorito. Quer isto dizer que Cavaco já ganhou? Não, de todo. Na verdade, bastarão qualquer coisa como 5 por cento a mais ou a menos (o que não andará longe dos 300 mil votos) para definir uma vitória de Cavaco à primeira... ou uma derrota de Cavaco à segunda volta.
O que os candidatos da esquerda têm de recuperar para aspirarem a ser eleitos não são na verdade 30 pontos de diferença, mas apenas os cinco necessários para impedir Cavaco de ganhar à primeira. Se o conseguirem, a dinâmica eleitoral pode tornar Cavaco num Freitas vinte anos depois.

Anónimo disse...

Não é com surpresa que vejo a falta de solidariedade, demonstrada, para com os seus pares da Assembleia e para com o governo, que penso que ainda seja do seu Partido, por parte de Manuel Alegre.

Ao faltar à votação na generalidade do OE2006. Escondeu-se. Faltou-lhe a coragem, para dizer sim ou não. A razão dos votos falou mais alto. Se não queria comprometer a sua candidatura com o orçamento apresentado, se não queria ofender os potenciais votantes, já deveria ter, em tempo oportuno, suspendido o seu mandato de deputado, ou então mostrar a coragem que tão propala e votar de acordo com a sua consciência, qualquer que fosse o seu sentido de voto.


"Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo."
(Mark Twain)

"Quem perde os seus bens, perde muito; quem perde um amigo, perde mais; mas quem perde a coragem, perde tudo."
(Miguel de Cervantes)