quinta-feira, novembro 10, 2005

Alguns bons exemplos…


(Publicado na edição de 10 de Novembro de 2005 do jornal POSTAL DO ALGARVE)


Os momentos de crise e de pessimismo colectivo vencem-se com coragem e determinação, com espírito empreendedor e positivo, enfrentando os desafios de frente e não temendo as curvas do caminho…

Apesar dos índices de confiança demonstrarem-nos um país adormecido e incapaz de dar a volta por cima, os ventos trazem-nos alguns bons exemplos que é necessário sublinhar. Principalmente, quando são empresários algarvios que procuram ultrapassar as adversidades, apostando no crescimento das suas empresas, no desenvolvimento dos serviços prestados e na diversificação dos respectivos mercados.

A última semana foi marcada pela aquisição da Compal e da Nutricafés pelo Grupo Sumolis. Considerada pela SAP Portugal como um caso de sucesso, a actual Sumolis descende de um grupo de empresas que marca presença no mercado nacional desde 1945 e onde pontificou durante muitos anos o moncarapachense António João Eusébio, cujos familiares asseguram hoje a gestão do Grupo. Com o apoio financeiro da Caixa Geral de Depósitos, a Sumolis adquiriu aquelas duas empresas por 426 milhões de euros e prepara-se para ocupar a segunda posição no mercado nacional de bebidas.

Do outro lado do Atlântico, chegou-nos a notícia da constituição da empresa Flor de Sal USA que pretende representar na América do Norte os produtos da Necton, SA, uma empresa olhanense especializada na produção de “flor de sal” e de sal marinho tradicional. Ainda recentemente, o Rotary Clube de Tavira agraciou como “profissional do ano” um dos maiores dinamizadores da salinicultura algarvia – Rui “Simeão” –, reconhecendo o empenhamento deste tavirense no recrudescimento desta actividade e os seus esforços para a valorização da marca “Tavirasal” em inúmeras feiras e certames internacionais.

Para terminar, foi com agrado que ficámos a saber que em plena cidade de Lisboa é possível adquirir os cestos biológicos produzidos por Michele Demoustier na Horta Caiada, aqui mesmo à beira da Ria Formosa. Apostando na preservação do meio ambiente e na diversidade biológica, sem quaisquer vestígios de adubos ou pesticidas, Michele Demoustier produz citrinos, hortícolas e ervas aromáticas, adiciona-lhes um conjunto de iguarias derivadas, doces caseiros e vinhos seleccionados e, com um toque de modernidade, faz chegar por correio electrónico a ementa de cada semana aos seus potenciais clientes…

É bom saber que há gente assim, empenhada em cumprir objectivos e em promover projectos que valorizam a região e contribuem para o desenvolvimento sócio-económico de Portugal!

2 comentários:

AJB - martelo disse...

como disse alguem um dia os empresarios portugueses pecam poe serem uns mijarocos... ainda bem que nem todos são assim; alguns até sabem gerir...

Anónimo disse...

Faro e Coruche ganham Prémio de Melhor Museu

Os museus municipais de Faro e Coruche foram distinguidos com o Prémio de Melhor Museu Português pela Associação Portuguesa de Museologia (Apom). Os prémios, que querem incentivar a actividade museológica portuguesa e se referem aos últimos três anos, serão entregues hoje, às 19h15, no Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo, que este ano celebra o seu vigésimo aniversário.
"O Museu de Faro, já com um século, nos últimos anos deu um grande salto qualitativo, em termos de exposições, investigação e actividades museológicas. (...)", disse António Nabais, presidente da Apom.

O júri distinguiu ainda, com menções honrosas, os museus do Papel das Terras de Santa Maria (Santa Maria da Feira), da Indústria de Chapéus (São João da Madeira), da Luz (Aldeia da Luz) e de Terras de Basto (Celorico de Basto). O júri, presidido por Nabais, é constituído por Maria Rosa Figueiredo (Gulbenkian), Pedro Inácio (Museu da Água) e Carlos Amado (Faculdade de Belas-Artes de Lisboa).
Dália Paulo, que dirige o Museu Municipal de Faro desde 2002, diz que o museu sofreu uma profunda remodelação desde 1998, tendo ganho mais de uma dezena de técnicos superiores e aberto vários espaços reformulados. Um deles foi a pinacoteca, com a colecção de pintura antiga, organizada pelo historiador da arte Vítor Serrão, que fez sair das reservas cerca de 60 obras para as expor em permanência.
(...)A Apom distinguiu também o etnólogo Benjamim Pereira, "pela sua extraordinária obra museológica", com o Prémio da Melhor Obra Museológica.
A exposição 7000 Anos de Arte Persa organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian é distinguida com o Prémio Melhor Exposição ex aequo com Eduardo Nery - Exposição Retrospectiva, inaugurada no Museu Nacional do Azulejo em Lisboa, e ainda Habitantes e Habitats - Pré e Proto-história da Bacia do Lis, da Câmara de Leiria.
O catálogo da exposição de arte persa mereceu também o Prémio para o Melhor Catálogo ao lado do da exposição Carlos Relvas e Casa da Fotografia, da Divisão de Documentação e Fotografia do Instituto Português de Museus.
O Prémio para o Melhor Serviço de Extensão Cultural foi entregue ex aequo a três museus: os museus Nacional do Traje e da Moda, em Lisboa, da Fundação Serralves, no Porto, e o Municipal de Loures. O Museu A Brincar, em Arronches, mereceu uma menção honrosa.
O projecto Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora e a Exposição Tesouros de Arte e Devoção, editado pela Fundação Eugénio de Almeida, foi considerado o Melhor Trabalho sobre Museologia.

NOTA - Estes também são bons exemplos...