FÁBULA *
Todos os anos neste dia
os árabes
silenciosamente
voltam-se para os lados de Chenchir
beijam a terra em suas mãos
e lamentam o fascinante país
onde já não vivem o mar
sem peso as noites inclinadas a terra
volúvel
onde seus antespassados
acenderam as álacres fogueiras do amor
* Poema de Casimiro de Brito (Loulé, 1938), in Algarve Lugar Onde, 1964-1969, Ode & Ceia
Sem comentários:
Enviar um comentário