Estados de alma, intervenções e sinais de Tavira, do Algarve e de todo este mundo... e alguns raios de Sol!
quinta-feira, agosto 17, 2006
APARIÇÃO *
A caminho. Parece que, aflitiva,
A Terra (aqui em esteva, ali em tojo)
petrificou as crispações do Arrojo
Em si guardando a Cruz-Sangrenta viva...
A caminho, a caminho. Eis o despojo
Do mar: A Evocação comtemplativa,
O Silêncio mongil, de fronte altiva...
As figueirinhas tímidas. de rojo!
Do grés de Silves, ou de Guadalupe,
Ermidas, casas, de velhinhas caem
Pedindo à gente que as ampare e agrupe.
Almádena, Figueira, Budens, saem
Do pó da estrada, humílimas, bravias
E cor de terra como cotovias...
* Soneto do poeta algarvio Emiliano da Costa (Tavira, 1884 - Estoi, 1968) in Phlogistos, Sonetos, S. C. A., 1931
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário