quarta-feira, julho 05, 2006

Está garantido!


O Campeonato do Mundo de Rallies regressa a Portugal em 2007. De 30 de Março a 1 de Abril. Ao Algarve e a Tavira, para ser mais preciso!

1 comentário:

Anónimo disse...

Rali de Portugal regressa ao Mundial cinco anos depois

por Ana Paula Gouveia, in Público, 2006.07.06

As dúvidas sobre a reentrada da prova portuguesa no calendário de 2007 terminaram ontem com a publicação do calendário do próximo ano. Entre 30 de Março e 1 de Abril Algarve e Baixo Alentejo passarão a estar na rota dos WRC

Cinco anos foi o tempo necessário para que o Rali de Portugal voltasse a garantir um lugar no calendário do Campeonato do Mundo da especialidade. Depois de dois anos como candidato ao Mundial, o rali que se tem realizado no Algarve e Baixo Alentejo e recebido os maiores elogios dos observadores da Federação Internacional Automóvel (FIA) passará em 2007 a integrar novamente o calendário internacional, que se mantém com 16 provas. Noruega e Irlanda são as outras duas novas entradas, enquanto Chipre, Turquia e Austrália deixam de fazer parte do percurso dos WRC.
Os dois dias de prova dos últimos dois anos passarão em 2007 a três, o que faz com que novos troços sejam desenhados para esta edição. As datas também não irão diferir muito do que tem sido a realidade da prova enquanto candidata ao Mundial, tendo a escolha da FIA recaído no final de Março (30) e início de Abril (1), uma situação que Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal, entidade organizadora do rali, considera perfeita. "Em termos de datas, não podíamos esperar melhor. É uma óptima data para a hotelaria do Algarve, em termos de condições de tempo também é óptimo e o mesmo acontece em relação às equipas de fábrica, que vêm directamente do México e podem ter cá os carros para treinar antes", afiança o responsável, que na altura da sua eleição tinha prometido que voltaria a colocar o rali português na alta roda do automobilismo internacional.
E o que terá contado nesta decisão da FIA? Carlos Barbosa acha que existiram quatro factores determinantes. "A organização impecável, a fórmula malmequer que adoptámos e que consiste em centrar a assistência num único local, o Estádio do Algarve, algo que não acontece nos outros ralis. Também o facto dos nossos troços mesmo com mau tempo - como aconteceu este ano com as chuvas intensas - se manterem impecáveis e, por fim, a tradição automobilística do país foram, quanto a mim, os principais factores que influíram na decisão", enumera o presidente do ACP, que em 2007 garante que quer "organizar o melhor rali do campeonato."
Também feliz com esta decisão, que não constituiu uma completa novidade, ficou o bicampeão nacional Armindo Araújo. "É uma óptima notícia para a nossa modalidade, que com o regresso ao Mundial passará a estar no topo do desporto em Portugal", afirma o piloto, que este ano foi o vencedor incontestado da prova que dominou desde o primeiro dia. A manutenção do rali em solo algarvio não podia ser mais do agrado de Armindo, até porque considera que o percurso tem "troços muito bonitos."

Pilotos nacionais com mais protagonismo

"O rali tem de passar obrigatoriamente pelo Algarve, já que actualmente é impossível usar os troços míticos do Norte no campeonato do mundo. É um rali muito compacto, mas com "especiais" fantásticas, que acho irão agradar muito às equipas oficiais", diz o piloto da Mitsubishi, que elogia ainda a qualidade dos troços. "Já tivemos a oportunidade de os fazer no ano passado com bom tempo e este ano com mau e estão sempre bem", relembra o piloto de Santo Tirso, não escondendo que a reentrada no calendário Mundial abre também novas perspectivas aos pilotos nacionais.
"Uma prova do Mundial dá outra visibilidade. Mesmo não podendo correr na categoria principal, o WRC, que actualmente não existe no Nacional, vamos tentar dar nas vistas e mostrar que somos rápidos", refere.