domingo, julho 09, 2006

Esquerda europeia ocupa Tavira


Ao longo da próxima semana, não se admirem se encontrarem em qualquer esquina da cidade alguns dos rostos mais conhecidos dos partidos políticos e movimentos de esquerda da Europa...

De 13 a 16 de Julho, o
Partido da Esquerda Europeia realiza em Tavira a sua 1.ª Universidade de Verão, sob o tema "Esquerda europeia: conteúdos e práticas de uma alternativa", que pretende reunir numa unidade hoteleira cerca de 160 participantes vindos de toda a Europa - não só representantes de partidos europeus de esquerda mas também activistas de outras organizações e movimentos anti-capitalistas.

Walter Baier (Austria), Yves Salesse (França), Boaventura Sousa Santos, Francisco Louça e José Manuel Pureza (Portugal), Oskar lafontaine (Alemanha) ou Fausto Bertinotti (Itália) são algumas das personalidades anunciadas pela organização do Bloco de Esquerda!

PS - O Carlos Carvalhas e o Miguel Portas não contam, pois são visita frequente cá do burgo...

1 comentário:

Anónimo disse...

Um apelo à paz lançado a partir de Tavira



Acção de solidariedade a favor da estabilidade no Médio Oriente reuniu centenas de cidadãos nacionais e estrangeiros.

Cerca de quinhentas pessoas participaram, no sábado à noite, em Tavira, numa jornada de solidariedade com a Palestina, promovida pelo Bloco de Esquerda, no âmbito da primeira edição da Universidade de Verão do Partido da Esquerda Europeia.

A sessão decorreu no novíssimo anfiteatro ao ar livre, na Praça da República, e contou com as intervenções de Adel Atieh, representante da Palestina na União Europeia, Daphna Sharfman, presidente do partido israelita de esquerda Meretz, e do eurodeputado Miguel Portas.

Além das intervenções, a acção contou com a projecção de um documentário sobre o quotidiano dos soldados americanos estacionados no Iraque, em plena Baixa da Cidade de Tavira, iniciativa que apanhou de surpresa vários turistas nacionais e estrangeiros que acabaram por assistir ao filme.

Nesta sessão pública – bem como no último dia da Universidade de Verão – o conflito israelo-palestiniano e a recente ofensiva armada de Israel ao Líbano acabaram por dominar os debates, mas a presença solidária de dezenas de anónimos valeu um elogio por parte do representante da Palestina.

«A vossa presença nesta noite é muito importante para nós. Espero regressar para o ano que vem a Tavira, cidadão de um Estado Palestiniano independente», aventou Adel.

Por seu turno, a presidente do partido israelita de esquerda Meretz, Daphna Sharfman, sublinhou a luta de muitos israelitas ao longo dos anos contra a guerra e os governos militaristas do Estado hebraico.

Lembrou que na sua cidade, Haifa, esta semana bombardeada pelos mísseis do Hezbollah, durante muitos anos israelitas e palestinianos viveram em paz e continua a considerar que «a paz é o único roteiro possível para a região».

Miguel Portas finalizou as intervenções, acusando Israel de usar os soldados raptados para destruir a Palestina. «O objectivo do governo israelita seria a eliminação sistemática de todos os possíveis interlocutores de um processo de paz, impedindo o estabelecimento de um qualquer processo político para a resolução do conflito», afirmou.

Já durante a tarde de sábado, na sua conferência, durante terceiro dia de trabalhos, Francisco Louçã tinha responsabilizado a administração Norte Americana pela instabilidade na região [do Médio Oriente] e criticou o silêncio da Europa face ao avanço das hostilidades Israelitas.

O tema dos conflitos religiosos foi retomado pelo presidente do Partido da Esquerda Europeia, Fausto Bertinotti (também presidente da Câmara dos Deputados italiana), que veio até Tavira acompanhado de uma comitiva de 22 elementos e por um corpo de segurança privada.

Bertinotti defendeu que o «retomar da paz é o único caminho passível para travar a escalada de violência que se assiste no Médio Oriente e crê que «a Europa só será Europa se escolher um outro caminho diferente do neoliberalismo e da guerra».

20 de Julho de 2006 | 09:33
filipe antunes