sexta-feira, julho 07, 2006

Ele é que sabe...


"O Presidente da República participou, na sede da Associação de Municípios do Algarve (AMAL), numa reunião de trabalho com os Presidentes das Câmaras Municipais da Região do Algarve". Registe-se e sublinhe-se o texto do sítio da Presidência das República!

Segundo o
Barlavento, a quebra no investimento público e a política regional do Governo foram algumas preocupações que o presidente da Junta Metropolitana do Algarve, Macário Correia (PSD), tratou no encontro. Também Manuel da Luz (PS), presidente da Câmara Municipal de Portimão, esperava que a reunião solicitada pelo Presidente da República servisse para «falar do modelo de desenvolvimento do Algarve» e da «escassez de recursos da região»...

É significativo que, apesar de já existir uma Grande Área Metropolitana do Algarve há mais de dois anos, a Presidência da República continua a referir-se à "extinta" Associação de Municípios do Algarve. Pode ser que pegue...

PS - Perante o estado das coisas, parece que há quem já pondere abandonar a AMAL?! Depois dos
acontecimentos da última Assembleia Metropolitana, quais serão os próximos episódios?! Já agora, não há quem dê um murro na mesa e clarifique a situação?!

6 comentários:

Anónimo disse...

Adivinhem qual foi a água distribuída na reunião entre o PR (o ALGARVIO Cavaco Silva!) e os autarcas ALGARVIOS em FARO?

Água de Monchique engarrafada?! Água (s) do Algarve da torneira?! Nem pensar, vão tentando...

E, depois, como é que querem que alguém nos leve a sério?!

Anónimo disse...

Cavaco Silva pede a autarcas algarvios que resistam à pressão dos construtores

O Presidente da República Cavaco Silva pediu hoje aos autarcas algarvios para resistirem às pressões dos construtores civis para edificarem novos empreendimentos.

O pedido foi feito durante uma reunião hoje realizada em Faro, em que Cavaco Silva ouviu também queixas dos autarcas sobre a prevista quebra de investimentos na região.

«Temos que reconhecer que no Algarve existe uma grande pressão sobre alguns autarcas para a construção urbana. Penso que eles têm que revelar muita coragem e uma grande força para resistirem à construção excessiva que se manifesta em algumas zonas do Algarve», disse.

Cavaco Silva manifestou-se satisfeito por ter encontrado «esse espírito positivo» por parte dos 16 presidentes de câmara com quem esteve reunido esta manhã na sede da Junta Metropolitana do Algarve, em Faro.

Durante o encontro, que durou cerca de duas horas e meia, Cavaco Silva quis ouvir as preocupações dos autarcas sobre o que «podem fazer para o desenvolvimento social dos seus concelhos e para responder ao problema da exclusão social».

A competitividade da actividade económica no Algarve foi outro dos pontos que o Chefe de Estado fez questão de abordar.

«O que queremos é que o Turismo seja uma actividade com futuro e que possa enfrentar a concorrência vinda de quase todos os países do Mundo», disse.

O Presidente da República garantiu ter encontrado da parte dos autarcas vontade de combater «o desordenamento turístico, que se reconhece haver no Algarve, de preservar a qualidade ambiental, de requalificar as frentes de mar, as vilas e as cidades».

Cavaco Silva almoçou com empresários do turismo do Algarve e autarcas da região numa unidade hoteleira de Quarteira, seguindo-se uma reunião de trabalho com empreendedores turísticos da região.

O Presidente segue depois para Tavira, onde visita um troço de três quilómetros da pista Ecovia do Algarve, uma via para ciclistas e peões, em fase de construção, deslocando-se depois à pousada de Tavira, onde assiste à apresentação de um projecto pioneiro de energia solar.

in Barlavento, 7 de Julho de 2006 | 15:32 (lusa)

Carla disse...

Beijo e bom fim de semana.

Anónimo disse...

Cavaco Silva: Protal deve conciliar competitividade e desenvolvimento


O Presidente da República Cavaco Silva considerou hoje que o Protal (Plano de Ordenamento do Território do Algarve), que está em discussão, deve conciliar a preservação da «capacidade competitiva» e o desenvolvimento da região.

Ao falar das questões levantadas pelos autarcas algarvios durante a reunião hoje de manhã, em Faro, Cavaco Silva adiantou que o Protal foi um dos pontos tratados, a par da REN (Rede Eléctrica Nacional) e do plano de ordenamento da costa.

«Falaram do Protal, da REN e do plano de ordenamento da costa, que estão neste momento em discussão. Penso que é preciso bom senso para não realizar aquilo que pode destruir a capacidade competitiva do Algarve em relação a outro destinos turísticos, mas também bom senso para não impedir que se realize o desenvolvimento da região», afirmou.

Cavaco Silva manifestou-se esperançado de que o «bom senso seja capaz de imperar no debate que está ainda a ocorrer entre as entidades que preparam o plano e aqueles que, conhecendo bem a região, queiram dar o contributo para melhorá-lo».

«Mas é preciso pensar que o Algarve, para ser um destino turístico sustentável, tem que preservar qualidades que o diferenciem de outros destinos turísticos, que hoje são muitos», frisou.

Cavaco lembrou aos autarcas que, «em 150 países que fazem parte da Organização Mundial do Turismo, 120 consideram que o turismo é um vector estratégico e uma actividade económica prioritária».

«O Algarve, Portugal em geral, não pode competir nas mesmas vertentes que são apresentadas por outros países com preços muito mais baixos», insistiu, considerando que «houve uma mudança de atitude dos autarcas nos últimos 10 a 15 anos».

«E hoje todos eles têm preocupações com a preservação do ambiente, qualidade ambiental, ordenamento, qualidade urbanística», concluiu.

Cavaco Silva sublinhou, porém, que «há uma diferença entre o litoral e alguns concelhos do interior, como Alcoutim, Monchique, Vila do Bispo», que estão em situação de crescente desertificação.

O Presidente da República indicou ainda que os autarcas expressaram a sua preocupação por o Quadro Comunitário de Apoio (QCA) de 2007/2013 prever um corte de 75 por cento para o investimento na região e, por isso, devem cada vez mais trabalhar em conjunto.

«O Algarve tem que se preparar para o próximo QCA. E acho que eles têm de pensar em projectos conjuntos. É preciso um trabalho em conjunto de todos os autarcas para resolver alguns problemas que não são deste ou daquele, são do conjunto do Algarve, quer no abastecimento de água, quer na saúde», propôs o Presidente.

Cavaco Silva precisou que os autarcas «falaram muito do problema da saúde» e está de acordo sobre a necessidade de a região dispor de «serviços de saúde de qualidade».

Ainda sobre o QCA 1007/2013, o Presidente considerou que o corte de 75 por cento «resulta do facto de o Algarve se ter desenvolvido muito rapidamente nos últimos anos, tal como a Madeira».

«O nível de desenvolvimento do Algarve está ao nível da média ou acima da média nacional, ultrapassa as percentagens comunitárias para receber determinados tipos de apoio, mas talvez no Algarve seja demasiado brusco o corte que agora se pretende fazer», defendeu.

Cavaco Silva sublinhou, no entanto, que não sabe «quais são as possibilidades de, a nível comunitário, conseguir apoio diferente».

«Este é o último grande QCA do qual Portugal vai beneficiar. Depois existem os países do alargamento a Leste, que têm níveis de desenvolvimento muito inferiores a Portugal e que serão, depois de 2013, os maiores beneficiários», alertou.

in Barlavento, 7 de Julho de 2006 | 18:25 (lusa)

Anónimo disse...

Macário Correia: Reunião com Cavaco Silva foi «muito proveitosa»


O presidente da Junta Metropolitana do Algarve Macário Correia considerou hoje que a reunião dos autarcas da região com o Presidente da República foi «muito proveitosa» e serviu «para ouvir as pre ocupações e anseios dos representantes da população».

O autarca de Tavira revelou que a qualidade e competitividade da região foram os pontos centrais do discurso de Cavaco Silva, que não esqueceu a necessidade de «trabalhar também pelo ordenamento da orla costeira, em particular requalificando zonas urbanas e tendo uma atenção especial ao interior e às desigualdades sociais».

Macário Correia adiantou que Cavaco Silva insistiu na necessidade de os autarcas pensarem «cada vez mais em termos colectivos» e de «os grandes projectos de que a região carece terem que ser feitos em conjunto».

«Nós não teremos condições para apostar em projectos de natureza concelhia, mas vamos ter que pensar em projectos estratégicos e de índole regional. O dinheiro que temos é cada vez menos e por isso tem que ser concentrado em projectos de interesse regional», acrescentou.

Outra das questões que os autarcas suscitaram foi a das verbas previstas no próximo Quadro Comunitário de Apoio para 2007/2013, assim como a nova lei das finanças locais, que prevê uma redução da transferência de verbas do Governo para as autarquias.

«Há grandes preocupações em relação à legislação das finanças locais, por um lado, e às normas negociadas no Quadro Comunitário de Apoio para os próximos anos», disse Macário Correia.

Considerou a propósito que os fundos europeus, negociados pelo Governo português em Bruxelas, são «muito penalizantes para o Algarve».

«Temos essa preocupação bem evidente, porque queremos falar do desenvolvimento da região nos próximos anos, mas o desenvolvimento não se faz sem algum investimento público e privado», sublinhou.

Para o presidente da Câmara de Tavira, esse investimento «está bastante prejudicado por um corte de 75 por cento das verbas destinadas à região».

«Por um lado, isso dá-nos a interpretação de que evoluímos, mas por outro é um corte abrupto, porque nalgumas outras regiões, como foi o caso das Astúrias, Múrcia ou do sul de Itália, a quebra é progressiva», disse.

Reconhecendo que se trata de «uma matéria delicada», disse esperar explicações do Governo socialista chefiado por José Sócrates.

«Passados alguns meses de insistências nossas, o Governo ainda não nos explicou nem nos quis ouvir, nem indicou como se poderá compensar e cooperar connosco numa relação construtiva», lamentou.

O presidente da junta Metropolitana do Algarve explicou que os autarcas «não estão contra ninguém», mas querem «trabalhar em conjunto com o Governo para ultrapassar essa dificuldade».

A jornada de trabalho de Cavaco Silva começou de manhã com um encontro com presidentes de Câmara, a que se seguiu um almoço com autarcas e empresários e um encontro só com investidores turísticos.

O dia algarvio do Presidente terminará em Tavira, com a visita às obras da Ecovia e a apresentação de um projecto pioneiro de energia solar.

in Barlavento, 7 de Julho de 2006 | 18:34 (lusa)

Anónimo disse...

O algarvio que é Presidente da República esteve há dias em visita ao Algarve e reuniu com as autoridades locais. Falou da "pressão urbanística" sobre o litoral (para se ter uma ideia da dimensão dessa "pressão" bastará dizer que na praia de Isla Canela, na margem andaluza do Guadiana, há mais hotéis e camas de 4 e 5 estrelas do que... em todo o Algarve! E ainda que estão a nascer em Ayamonte mais vivendas e apartamentos do que... em todo o Algarve!) e falou ainda de outras banalidades. Da realidade, de realidades como esta noticiada pelo CM, disse nada... E as "autoridades locais" disseram outro tanto! Até Apolinário, o senhor mayor de Faro, que já foi secretário das Pescas e tem do Algarve um conhecimento superior, ficou calado... Decididamente, o Algarve não tem quem o defenda! E ainda falam de "regionalização"! Começo a desconfiar ou talvez a ter a certeza que a cassete da regionalização é o discurso auto-justificativo dos impotentes... "Não fazemos que não há regionalização". Mentira, não fazem porque são incapazes! Tristeza...