quinta-feira, junho 01, 2006

Uma guerra e muitas batalhas


(Publicado na edição de 1 de Junho de 2006 no jornal POSTAL DO ALGARVE)

No Algarve distante das praias, o Presidente da República apelou à mobilização da sociedade civil no combate à exclusão social, advertindo que este flagelo é um peso na consciência colectiva, cujo combate é da responsabilidade de todos...

Considerando as orientações políticas deste Governo, talvez não fosse necessário tal apelo e estes Roteiros para a Inclusão não passem de uma redundância. Contudo, não podemos deixar de congratularmo-nos com a iniciativa presidencial, obrigando a comunicação social a debruçar-se sobre esta temática e a dar outra visibilidade aos projectos de inclusão social que decorrem por todo o País. Afinal, Portugal, não é só Lisboa, Porto… e Évora!

Em pouco mais de um ano, o XVII Governo delineou e apresentou um conjunto de políticas fundamentais para promover a inclusão social. A criação do Complemento Solidário para Idosos, o Plano Nacional para a Inclusão, a Reforma da Segurança Social, o Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, o Plano para o Crescimento e Emprego, o Compromisso com a Saúde e as novas orientações na área do medicamento ou a revisão do Programa Escolhas, vocacionado para integrar as crianças e os jovens provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis, fazem parte duma lista que nunca mais acaba!

Porém, mais importantes que os planos, as medidas ou os programas são as pessoas que os concretizam e os parceiros que integram as redes sociais em todo o País, investindo na gestão local participada e assegurando que o planeamento e instalação de respostas e equipamentos sociais se faça progressivamente, tendo em conta a rentabilização dos recursos existentes e assegurando a verdadeira participação das entidades locais.

Principalmente, não podemos ignorar a dedicação e o empenhamento dos milhares de voluntários que garantem o funcionamento de inúmeras instituições particulares de solidariedade social, aqueles que ganham a vida nesta área profissional de autêntico serviço público ou os que, sendo eleitos locais, procuram servir as populações mais carenciadas e suprir as suas necessidades básicas em vez de apostarem na auto-promoção, no betão e no foguetório…

Esta guerra é de todos e há batalhas que nunca terminam para assegurar que todos tenham os meios essenciais para promover a sustentabilidade das suas comunidades e garantir uma sociedade mais justa!

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito antes desta anunciada intenção, do Presidente da República e do Governo, de combater a exclusão social, já o nosso Jornal tinha feito o diagnóstico da situação, numa bem conseguida reportagem sobre o fenómeno no Algarve, pondo a nu uma realidade que se tem procurado esconder e esquecer. (...)