Pelo quinto dia consecutivo, as chamas continuavam ontem a devastar o Algarve. Paradoxalmente, o único concelho algarvio que apresentou e viu aprovado o seu plano de prevenção de incêndios florestais foi a principal vítima das chamas criminosas...
Ao cair da noite de quinta-feira, de acordo com o Público, o fogo lavrava a uma velocidade estonteante e de forma incontrolável no concelho de S. Brás de Alportel em direcção a Tavira. Felizmente para os tavirenses, o vento rodou e os bombeiros conseguiram pará-lo antes de chegar aos montes de Santa Catarina...
O grande incêndio florestal iniciado em Almodôvar e que devastou áreas enormes em Loulé e Silves, passando na manhã de quinta-feira para S. Brás de Alportel, destruiu casas e desalojou pessoas, eliminou do mapa grande parte dos melhores sobreiros do mundo e vai colocar em risco a indústria corticeira nacional, afectou irremediavelmente um ecossistema valiosíssimo onde imperam as águias de Bonelli e sobrevive o mito do lince ibérico...
Muito do que era importante nas serras algarvias, tanto do ponto de vista ambiental como sócio-económico, está reduzido a cinzas. O Público faz o retrato desta catástrofe na edição de hoje. Retirado do mapa de risco que serve de «bússola» no combate aos incêndios - de acordo com o princípio de que as áreas ardidas no ano anterior deixam de ser «zonas de risco» - o Alentejo e o Algarve ficaram esta semana entregues a si próprios durante tempo demais...
Esperemos que todos aprendam a lição!
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