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quinta-feira, março 26, 2009
(In)Segurança em números...
O Secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, apresentou o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) referente ao ano de 2008, onde são revelados os números da nossa preocupação...
Incluindo dados da criminalidade, da protecção civil e da segurança rodoviária, o RASI'2008 regista uma evolução preocupante da criminalidade grave, particularmente se atentarmops à evolução positiva verificada em 2007.
Segundo o Diário de Notícias, numa peça assinada pela especialista Valentina Marcelina, o documento permite reconhecer que a reforma governamental para mudar a distribuição territorial da GNR e da PSP "contribuiu para o agravamento da criminalidade", sendo evidente que "o aumento do crime violento coincide com os distritos onde a reorganização teve mais impacto: Lisboa, Porto e Setúbal."
Em relação ao Algarve, a PSP e a GNR registaram 28.278 casos (+6,6% em relação a 2007), não estando contabilizadas as intervenções processuais da Polícia Judiciária, devido a uma alteração dos respectivos critérios no preenchimento do lugar do crime. Considerando que o número de ocorrências registadas pela PJ subiu 22,7% a nível nacional e que a criminalidade violenta e grave cresceu 10,8%, aquela taxa de crescimento estará certamente aquém da realidade. O distrito de Faro ocupa a quarta posição a nível nacional, seguindo-se Aveiro e Braga.
Entrevistado pelo Público, Mário Mendes afirma que os bairros e periferias das grandes cidades atraem “pessoas determinadas à prática de crimes”, aposta na prevenção mas não esconde receios de explosão. No balanço dos números de criminalidade, o secretário-geral da Segurança Interna admite que o aumento da criminalidade pode ter alguma relação com a imigração e a libertação de condenados devido à reforma penal...
No contexto europeu, Portugal pertece ao conjunto de países com os índices mais baixos de criminalidade, com uma média de crimes por mil habitantes (37,2), abaixo da média europeia a quinze (70,4), e a segurança continua a ser um dos princiapis trunfos em termos de competitividade turística. Mas, com esta evolução, temos razões para ficar preocupados e não cruzar os braços!
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