Ministro da Administração Interna anuncia "Observatório de Segurança Rodoviária" para o Algarve
in Barlavento, 2007.11.19
Rui Pereira, ministro da Administração Interna O Algarve conta a partir de hoje com um 'Observatório de Segurança Rodoviário' e o objectivo é investigar as causas dos acidentes e avançar com soluções, anunciou na tarde deste domingo o ministro da Administração Interna.
Durante a inauguração da Escola de Trânsito em Lagoa, Algarve, uma acção inserida no Dia da Memória para homenagear os milhares de mortos nas estradas portuguesas nos últimos anos, o ministro Rui Pereira anunciou que a região do Algarve tinha ganho um novo organismo.
"Vai ser criado, junto ao Governo Civil de Faro, um observatório no Algarve para conhecer as causas dos acidentes onde vão estar envolvidas várias entidades", disse o ministro.
A Estradas de Portugal, Instituto Nacional de Emergência Médica, autoridades policiais, Euroscut (gere a Via Infante), Autoridade Nacional da Protecção Civil, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária são algumas das entidades que vão tentar apurar as verdadeiras razões dos acidentes e transmiti-las no 'Observatório de Segurança Rodoviário'.
A Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, adiantou aos jornalistas que o observatório está a funcionar a partir de hoje e que os primeiros balanços sobre as causas dos acidentes na região serão divulgados para depois se partir para as devidas soluções, que podem passar por "campanhas de sensibilização" e mesmo de "repressão".
O ministro da Administração Interna (MAI), congratulou-se pela criação deste organismo sublinhando que este tipo de iniciativas serve para travar a guerra da sinistralidade nas estradas portuguesas.
Em meados dos anos 80 morriam 2.500 pessoas por ano nas estradas portuguesas, números que superavam as mortes durante as guerras em que Portugal se envolveu.
Em 2006, o número de mortes baixou para menos de mil, mas esta quebra não é "motivo de júbilo", referiu o ministro do MAI admitindo que o óptimo era "que não houvesse mortos nas estradas".
"Hoje não estamos aqui para festejar nada. É um dia de memória daqueles que morreram nas estradas e é um dia que nos solidarizamos com as famílias", declarou Rui Pereira durante a inauguração da Escola de Trânsito, em Lagoa, destinada a formar crianças e jovens para serem bons peões e automobilistas.
Rui Pereira recordou, durante a cerimónia, que nos anos 70 existiam cerca de 50 mil veículos em Portugal e que em 1974 existiam apenas 80 quilómetros de auto-estrada.
Actualmente, já estão contabilizados 3.090 quilómetros de auto-estradas e mais de cinco milhões de viaturas.
"Os números revelam a importância das estradas que permitem viajar, juntar as pessoas rapidamente e ajudar a desenvolver o interior do país, mas é preciso reprimir os comportamentos de risco", referiu, defendendo mais fiscalização.
Rui Pereira considerou ainda que as manobras perigosas, as mentalidades agressivas a conduzir, o excesso de velocidade e o excesso de álcool podem ser combatidas nas escolas, ensinando as regras de trânsito aos futuros condutores.
Para o ministro, diminuir o número de vítimas nas estradas deve ser um "esforço de todos os portugueses" e não apenas do Ministério da Administração Interna ou das Obras Públicas.
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Ministro da Administração Interna anuncia "Observatório de Segurança Rodoviária" para o Algarve
in Barlavento, 2007.11.19
Rui Pereira, ministro da Administração Interna
O Algarve conta a partir de hoje com um 'Observatório de Segurança Rodoviário' e o objectivo é investigar as causas dos acidentes e avançar com soluções, anunciou na tarde deste domingo o ministro da Administração Interna.
Durante a inauguração da Escola de Trânsito em Lagoa, Algarve, uma acção inserida no Dia da Memória para homenagear os milhares de mortos nas estradas portuguesas nos últimos anos, o ministro Rui Pereira anunciou que a região do Algarve tinha ganho um novo organismo.
"Vai ser criado, junto ao Governo Civil de Faro, um observatório no Algarve para conhecer as causas dos acidentes onde vão estar envolvidas várias entidades", disse o ministro.
A Estradas de Portugal, Instituto Nacional de Emergência Médica, autoridades policiais, Euroscut (gere a Via Infante), Autoridade Nacional da Protecção Civil, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária são algumas das entidades que vão tentar apurar as verdadeiras razões dos acidentes e transmiti-las no 'Observatório de Segurança Rodoviário'.
A Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, adiantou aos jornalistas que o observatório está a funcionar a partir de hoje e que os primeiros balanços sobre as causas dos acidentes na região serão divulgados para depois se partir para as devidas soluções, que podem passar por "campanhas de sensibilização" e mesmo de "repressão".
O ministro da Administração Interna (MAI), congratulou-se pela criação deste organismo sublinhando que este tipo de iniciativas serve para travar a guerra da sinistralidade nas estradas portuguesas.
Em meados dos anos 80 morriam 2.500 pessoas por ano nas estradas portuguesas, números que superavam as mortes durante as guerras em que Portugal se envolveu.
Em 2006, o número de mortes baixou para menos de mil, mas esta quebra não é "motivo de júbilo", referiu o ministro do MAI admitindo que o óptimo era "que não houvesse mortos nas estradas".
"Hoje não estamos aqui para festejar nada. É um dia de memória daqueles que morreram nas estradas e é um dia que nos solidarizamos com as famílias", declarou Rui Pereira durante a inauguração da Escola de Trânsito, em Lagoa, destinada a formar crianças e jovens para serem bons peões e automobilistas.
Rui Pereira recordou, durante a cerimónia, que nos anos 70 existiam cerca de 50 mil veículos em Portugal e que em 1974 existiam apenas 80 quilómetros de auto-estrada.
Actualmente, já estão contabilizados 3.090 quilómetros de auto-estradas e mais de cinco milhões de viaturas.
"Os números revelam a importância das estradas que permitem viajar, juntar as pessoas rapidamente e ajudar a desenvolver o interior do país, mas é preciso reprimir os comportamentos de risco", referiu, defendendo mais fiscalização.
Rui Pereira considerou ainda que as manobras perigosas, as mentalidades agressivas a conduzir, o excesso de velocidade e o excesso de álcool podem ser combatidas nas escolas, ensinando as regras de trânsito aos futuros condutores.
Para o ministro, diminuir o número de vítimas nas estradas deve ser um "esforço de todos os portugueses" e não apenas do Ministério da Administração Interna ou das Obras Públicas.
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