quinta-feira, julho 07, 2005

Mais coesão, melhor desenvolvimento...


(Publicado na edição de 7 de Julho de 2005 do jornal POSTAL DO ALGARVE)

Com a abertura do segundo troço do IC27, o nordeste algarvio está mais próximo do litoral da região desde o início desta semana e é dado um passo determinante para contrariar a desertificação humana do Baixo Guadiana.

Lançado em 2000 por Jorge Coelho, que na ocasião desempenhava as funções de Ministro do Equipamento Social, este novo troço da ligação entre Castro Marim e Beja, continua a obra já realizada entre Monte Francisco e a barragem de Odeleite, cujo custo ascendeu a 18 milhões de euros.

Este troço inclui quatro nós desnivelados, um entroncamento, quatro passagens superiores, cinco passagens inferiores e quatro viadutos sobre ribeiras, representou um investimento de 39 milhões de euros, em parte financiados pelo programa comunitário Interreg III.

Aguarda-se agora a sua conclusão, com a edificação do troço de ligação entre Alcoutim e Beja, estando a decorrer a audição pública do estudo de impacte ambiental.

Por outro lado, o Governo anunciou o arranque do projecto de construção da ponte entre Alcoutim e Sanlúcar del Guadiana (Espanha) que, apesar de não estar nos planos rodoviários de Portugal e Espanha, assegurará a ligação directa da malha rodoviária que une os principais concelhos do interior algarvio (Silves, Loulé, Tavira e Alcoutim) aos parceiros da margem espanhola do Guadiana.

A intenção do Governo vai traduzir-se num investimento de 7,5 milhões de euros, consubstanciando uma decisão tomada em 1998 por José Maria Aznar e António Guterres e acaba com um período sombrio de esquecimento do interior do Algarve!

Curiosamente, esta inauguração decorre na mesma semana em que o primeiro-ministro, José Sócrates, apresentou o programa de investimentos para relançar a economia, avaliado em 25 mil milhões de euros até 2009, distribuídos em três grandes áreas – infra-estruturas básicas de ambiente, energia, transportes, cultura e apoio social, valorização do território, nos domínios da política de cidades, património natural e turismo e conhecimento e sistemas de informação e formação.

No domínio do Ambiente, recolocando este sector nas prioridades de investimento, saliente-se o Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve, que tem por objectivos melhorar a qualidade de vida das populações e preservar a qualidade do ambiente e dos recursos hídricos na região, contribuindo para a substituição de equipamentos poluidores e dando lugar a uma solução moderna e com capacidade para suportar os fluxos crescentes de turistas que procuram o Algarve.

Com esta definição do modelo de desenvolvimento, os promotores privados sabem exactamente onde devem aplicar os seus investimentos e que contam com a determinação e o empenhamento da Administração Pública para a sua concretização. Com confiança e com rumo certo!

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