A reorganização da estrutura associativa dos municípios algarvios parecia ter todas as condições para ser um caso de sucesso, mas isso não está a acontecer, registando-me mesmo títulos jornalísticos que apontam para que tudo termine no tribunal...
O Diário de Notícias não vai tão longe, mas descreve algumas das vicissitudes que o processo está a atravessar devido às resistências dos comunistas algarvios ao acordo político estabelecido entre os presidentes dos Municípios da região e ao inconformismo das juntas de freguesias (e alguma incompreensão, registe-se!!!) por sentirem-se excluídas da decisão!!!
Já disse por aqui diversas vezes e volto a repeti-lo, esta legislação diz-se respeito apenas à reforma das estruturas de associativismo supramunicipal, só envolvendo os municípios, mas coloca fora das votações (que passiva, quer activamente...) os representantes das freguesias nas assembleias municipais, remetendo-os para um papel secundário que não merecem!
Pelo contrário, os governos socialistas procuraram dignificar e dar outra capacidade de intervenção pública aos Presidentes das Juntas de Freguesia, profissionalizando o desempenho da actividade e autonomizando o seu financiamento, para além da clarificação das atribuições e do reforço de competências. Convém rever esta posição e corrigir a trajectória...
Em causa, para além da evidente vitória política da região do Algarve, está um consenso pouco habitual entre os principais partidos e um passo fundamental na caminhada para a regionalização administrativa do Algarve, se mais não fôr...
Quanto ao resto, são as consequências da postura de autismo de quem quis assumir-se como o condutor do processo, esquecendo-se dos autarcas comunistas na primeira curva do caminho. Como diz o povo, o que mal começa, tarde ou nunca se endireita...
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