Neste início de semana, faço-vos um apelo à memória e à reflexão.
Este ano, nem que seja por razões cinematográficas, A PAIXÃO DE CRISTO merece honras de primeira página em todos os jornais, as polémicas em torno do filme ocupam largas horas de emissão televisiva e os produtores facturam alegremente com um dos maiores mistérios da história humana...
Ao longo dos anos, e de forma especial nos dias da Semana Santa, os cristãos celebram a vida e morte de Jesus Cristo. Principalmente, a morte na Cruz que "simboliza os horrores de que o homem é capaz em nome de interesses, ideologias e religiões" e a vitória daquele que sendo "uma vítima inocente, ao não responder ao mal com o mal, quebra, em si própria, o ciclo infernal da violência."
"É por tudo isso que os cristãos chamam Semana Santa a uma semana que, em termos humanos, deveria ser chamada uma semana maldita" como escreve Bento Domingues na sua habitual crónica do PÚBLICO, sublinhando que "eles celebram o desenlace terrível e misterioso da intervenção terrestre de Cristo."
Vale a pena ler esta crónica dominical para perceber as extraordinárias semelhanças entre estes dois momentos, separados entre si por dois milénios de história, e para ver como pouco mudou no coração dos homens e na organização da sociedade.
Esta semana, pode ser uma boa ocasião para reflectir sobre isto tudo e alterar a nossa postura perante os outros, perante a vida...
PS - Relativamente ao filme, por enquanto não faço comentários. Ainda não arranjei companhia para partilhar as emoções que certamente provocará...
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