sexta-feira, junho 29, 2007

Venham as férias!


De Maio para Junho, o PS caiu sete pontos nas intenções de voto dos portugueses e o Governo em peso perdeu popularidade, a começar por Sócrates, que dá um tombo de 16 pontos...

De acordo com os dados do
barómetro da Marktest para o DN e TSF, relativos ao mês de Junho, o PS perde a confortável maioria absoluta que registava em Maio, caindo dos 47 para os 40% - o valor mais baixo do último ano.

Uma queda num período em que o Executivo lidou com dois casos controversos, relacionados com a polémica em torno do processo de Fernando Charrua e pelos avanços e recuos em torno do dossier Ota, agravados pelo episódio protagonizado pelo ministro das Obras Públicas que, ao defender a localização a norte de Lisboa do novo aeroporto, classificou a margem sul como um "deserto". Para que não restem dúvidas, Mário Lino cai "só" 23 pontos, sendo acompanhado por Maria João Rodrigues e Correia de Campos, somando polémicas e atitudes indelizes. E Sócrates não podia silenciá-los?!

A queda do PS traduz-se numa subida de todos os restantes partidos. O PSD sobe dois pontos nas intenções de voto, passando para 29%. No "campeonato" dos mais pequenos, a CDU é a força que mais lucra com a descida dos socialistas, registando um valor de 10%, o Bloco de Esquerda conta 9% e o CDS não ultrapassa os 7%...

3 comentários:

Anónimo disse...

O PS está bem entregue. À sombra de Sócrates e com a desculpa das medidas centralistas, cada vez mais vai caindo a capa e mostrando os dentes...
Porém, é preciso ter cuidado, como dizia o Jorge Coelho, quem se mete com o PS, LEVA!
Em termos regionais, é que sabemos... ou conseguimos saber!
Nomeações para cargos públicos feitas por amiguismo ou interesse pessoal, quem não pertence aos círculos íntimos vai penando, substituições nunca fundamentadas, processos conduzidos em Lisboa que ninguém parece conhecer na região, dirigentes despedidos por mail depois de muitas décadas de dedicação à causa pública...
Qualquer conversa que revele algum descontentamento é brindada com o telefonemazito do controleiro de serviço para acalmar as hostes.
As medidas do Governo raramente são explicadas, não há eleições nos próximos dias e não é necessário levantar ondas!
Vamos bem, vamos... cantando e rindo!

Anónimo disse...

(...) Resta a José Sócrates dar sinais claros de que não quer uma democracia à mexicana mandado prender os cães que nos últimos tempos se soltaram do canil. Infelizmente, como sucedeu no caso DREN, não é isso que Sócrates está a fazer, parece que aprecia os que o querem servir de forma canina.

Anónimo disse...

Vamos ver se nos entendemos: os casos do professor Charrua, na Direcção Regional de Educação do Norte, e da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, na Administração Regional de Saúde do Norte (escrevo o nome dos organismo por extenso para evitar percalços ao Dr. Negrão) não aconteceriam, ou dificilmente aconteceriam, caso aquelas direcções regionais não fossem meras extensões partidárias do poder central. Enquanto estes cargos estiverem à mercê da sanha insaciável dos aparelhos partidários do PS e do PSD, os quais exigem «vingança» sempre que muda o partido no governo, não nos livramos destas andanças sul-americanas. Aproveitem a reforma da Administração Pública para profissionalizar estes cargos e acabar de vez com estes «deveres de lealdade» partidários. A democracia agradece.