terça-feira, março 20, 2007

Confusões... e nada mais!!!


Será que alguém, de forma honesta e no seu bom juízo, acredita que o Governo pretenda mudar o nome da região do Algarve?!

Resumindo, o ministro da Economia e da Inovação apresentou, no primeiro dia do certame
Algarve Convida, o Programa de Valorização Turística do Algarve, que contempla uma nova marca e um orçamento de 3 milhões de euros anuais para animação e promoção...

Incluída no
Plano de Promoção Turística de 2007, a apresentação da nova marca ‘Allgarve’ foi aplaudida numa apresentação bem organizada no Pavilhão Atlântico e que recolheu elogios de diversos quadrantes, mas...

Há sempre quem esteja contra a mudança, quais
velhos do Restelo, e "fique possessa" com qualquer tipo de inovação, aproveitando para baralhar a opinião pública, confundir os incautos e criticar a acção do Governo. Mesquinhices...

Como bem escreve Pedro Maia, no
Observatório do Algarve, trata-se única e simplesmente de "uma estratégia de marketing que, após uma análise distanciada, em nada põe em causa a identidade da região."

Haja bom senso, sim?!


PS - Meus caros, aproveitem todo o Algarve, todas as suas maravilhas e tesouros ao longo de todo o ano. ALLGARVE!

8 comentários:

Anónimo disse...

São uma camada de serrenhos, armados em heróis, que nem sabem onde têm a mão esquerda. Apesar de quererem a regionalização, não passam de uns provincianos sempre de mão estendida à espera das migalhas de Lisboa!!!

Anónimo disse...

Pelo bom nome do Algarve

por Miguel Freitas*, in Observatório do Algarve, 21-03-2007 10:50:00

Resisti até à última em fazer este artigo de opinião por sentir que a polémica em torno da campanha “ALLGARVE” não merecia uma atenção de maior. Mas, após ter tomado conhecimento de algumas reacções geradas na região, particularmente entre dirigentes políticos regionais que consideram que a campanha é um atentado à “identidade cultural do Algarve”, achei que o devia fazer.

Em primeiro lugar, há uma campanha para promover um conjunto de eventos de mérito indiscutível, a realizar na nossa região nos próximos 3 anos, que se vê rodeada de uma polémica desnecessária. A imagem da campanha, de facto, não nos parece uma ideia de bom gosto. A adaptação do nome Algarve não parece trazer nada de positivo para promover uma marca que, já de si, é bem conhecida. Embora me tenha sido dada a garantia que esta designação se restringe a esta campanha de eventos e nunca se perde a marca Algarve, quer no mercado interno, quer no exterior.

Agora, não alinhamos na polémica de que esta campanha ofende a região e põe em causa o seu bom nome. Creio que essas reacções são exageradas e, essas sim, não dão uma boa imagem do Algarve. Quem, em abono da verdade, pode dizer que a nossa identidade regional está em risco com esta campanha? Relembro, apenas, que há seis anos foi feita uma campanha designada “SPORTUGAL” e, que eu saiba, o país não perdeu a sua identidade, nem saiu diminuído por isso. Escusamos, pois, de ter essas reacções emotivas exageradas que, devo dizer, em nada beneficia a região. Bem pelo contrário, nos diminuem.

Quanto à qualidade da campanha a responsabilidade primeira deve ser pedida à Região de Turismo do Algarve. Esta estrutura tem órgãos próprios onde o assunto deve ser discutido. E da discussão se devem retirar todas as consequências. E isso deve ser feito sem este folclore todo em torno do assunto.

Já agora, aos dirigentes do PSD lhes digo que poderiam ter encontrado outra razão para ver quem fala mais alto, num momento de uma disputa interna partidária. Naturalmente, pelo bom nome do Algarve.

* Presidente do PS/Algarve

Anónimo disse...

Marca Allgarve valoriza oferta da região, diz Mybrand

O administrador-executivo da Mybrand, empresa responsável pela criação da marca Allgarve, afirmou à Lusa que a nova insígnia foi desenvolvida para valorizar a oferta turística e não para substituir o nome da marca da região.

«É uma marca que não vai substituir, mas sim viver integrada na marca "Região Algarve"», explicou João Miguel Braz Frade, sublinhando a importância de desfazer «equívocos» de percepção.

«Algarve é uma marca forte e não se deve tocar na singularidade dos seus símbolos«, realçou o responsável, sustentando que a marca Allgarve foi criada com o objectivo de valorizar a oferta turística da região e de promover um programa de animação cultural.

A escolha da marca, que acrescenta um »l« ao nome Algarve, gerou críticas por parte de algumas entidades algarvias, entre as quais a Área Metropolitana do Algarve (AMAL) e a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

A marca Allgarve foi apresentada pelo ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, na passada sexta-feira (dia 16).

De acordo com o Governo, a escolha da marca pretende reflectir a diversidade da oferta turística do Algarve, que não se limita ao tradicional «sol e praia», apostando na promoção de um conjunto de eventos de cariz desportivo e cultural, num investimento de três milhões de euros.

«Em vez de promover cada evento em termos individuais, foi criada uma marca que desse corpo a essa dimensão», destacou Braz Frade.

«O objectivo passou por criar uma marca com uma leitura universal, que remetesse para uma percepção universal e de diversidade», justificou o responsável.

Sobre a utilização do »all« (tudo ou todos em inglês), o administrador-executivo da Mybrand esclareceu que o objectivo foi dar à marca uma leitura directa para todos os públicos que visitam a região do Algarve.

De acordo com o responsável, esta marca pretende transmitir que o Algarve vai dar experiências marcantes aos diversos tipos de pessoas que visitam a região.

A Mybrand é uma empresa especializada na criação e gestão de marcas, detendo clientes em Portugal, Espanha, Brasil e Reino Unido.

Diário Digital / Lusa

21-03-2007 0:06:00

Anónimo disse...

Valorizar o Algarve!? Que tal voltar à verdadeira e popular origem e denominação: Reino do Algarve!

Anónimo disse...

Valorizar o Algarve!? Que tal voltarmos à origem e popular denominação "Reino do ALgarve"?

Anónimo disse...

Leiam o n.º 1 do art.º 5.º da Constituição da República Portuguesa, consultem os manuais de história e... digam-me as vossas conclusões, está bem?!

Anónimo disse...

POORtugal

por João Prudêncio*, in OBservatório do Algarve, 22-03-2007 14:13:00

Agora que a poeira parece ter assentado, tão depressa como levantou, será altura de fazer um balanço sério e desapaixonado da polémica em torno do programa “Allgarve”.

Para já, uma constatação: o impacto de um programa de três milhões de euros, destinado à promoção do Turismo no Algarve, foi completamente submergido pela polémica. Culpa de alguns regionalistas ferrenhos, todos ligados ao PSD, que com algum provincianismo à mistura viram num “l” suplementar uma afronta à identidade da região (mas também, porventura, um furo político contra o Governo)? Sem dúvida.

Mas culpa também dos promotores do programa. Anunciaram o “l”, anunciaram os milhões, mas propositadamente esqueceram o conteúdo do programa. Basta ver as notícias do evento de Lisboa para o perceber: ninguém falou de Norah Jones, Lou Reed ou Carmina Burana. Queriam gerir esses anúncios a conta-gotas, sonegando informação aos jornalistas e, por consequência, aos algarvios e aos portugueses.

No dia seguinte, sábado, o semanário “Sol” anunciava o conteúdo do programa como se de uma grande cacha se tratasse, mas para o resto da Imprensa o programa consistia num “l” a mais e nuns quantos milhões, que ninguém sabia ao certo para que serviriam. Deste conjunto, sobrou a polémica, com os rostos de Bota, Elidérico, Macário e Vitorino.

Nos dias seguintes – há que dizê-lo -, era ver os aflitos assessores do Ministério da Economia a telefonarem para as redacções, a tentar emendar a mão. A medo (porque sabem como nós, jornalistas, “amamos” estes reparos!), lá protestavam contra o facto de só se ouvir gente contra o “All”.

Tinham depois a suprema “lata” de sugerir nomes de gente a ouvir, todos a favor do insinuante elezinho, claro. “Porque não falam com o empresário x e o autarca y e o dirigente nacional z?”, perguntavam ao ouvido dos incrédulos jornalistas, já noite cerrada.

Mas sobretudo, numa atitude magnânima, os referidos assessores libertavam por fim o “trunfo” do tão escondido programa, que o “Sol” teimava em escancarar, esperançados em que o seu conteúdo conseguiria abafar a polémica.

À parte estas chico-espertices bem à portuguesa – pressões que são o dia-a-dia das redacções, uns resistirão, outros não, cada um falará por si – percebe-se que o lançamento de um tão rico programa acabou por ser um fracasso.

Primeiro, porque a Região de Turismo do Algarve não soube envolver os agentes turísticos e autárquicos da região. Limitou-se a combinar tudo com o poder central e – à boa maneira “socrática” - dispensou conversas e grandes diálogos com a AMAL, a AHETA, os partidos, os autarcas, as associações locais.

Foi portanto um programa decidido de cima para baixo aquele que às seis e meia da tarde de sexta-feira, 16 de Março, estava em cima da mesa para ser apresentado publicamente.

Depois, porque o horário da apresentação foi infeliz. Por muitas estrelas, “pen’s” à borla, DVD’s e estrelas de TV que tenha, um programa deste tipo não se apresenta ao fim da tarde de uma sexta-feira, com os jornais já fechados.

No dia seguinte, os diários não pegaram no assunto e no domingo o assunto já era “de anteontem”, cheirava a mofo. Para mais, como já disse, não tinha conteúdo: só números. Quer dizer, o que podia ser uma notícia (também) com interesse cultural transformou-se numa simples notícia económica.

Para ganhar as pessoas para uma causa, não basta envolver os jornalistas de órgãos regionais, levando-os de autocarro até ao Parque das Nações. A distância também não ajudou à visibilidade do evento. Apesar do sugestivo nome “Algarve Convida”, muitos não aceitaram o convite.

Dar-se ao trabalho de ir a Lisboa para ver a pequenez do Manuel Pinho e o sinalzinho da Sílvia Alberto? E, como sempre acontece nestas iniciativa “centralizadas” em Lisboa, ficou em alguns, porventura mais regionalistas, um certo mau estar, do tipo “Porquê em Lisboa um acontecimento para falar do Algarve?!”.

Mas não fujo ao tema central: apesar da reacção desproporcionada de alguns e de não concordar com os seus argumentos, considero que o “l” suplementar é susceptível de induzir a confusão nos mercados.

* jornalista
Doravante, para muitos – e não esqueçamos que as classes baixas de origem britânica, sem grande cultura de base, constituem boa parte dos clientes da região – a palavra Algarve escrever-se-á de duas maneiras, ou porventura de apenas uma, à escolha.

Com tantas hipóteses interessantes à escolha, porque carga de água foram os senhores do marketing “brincar” com uma marca estabelecida, arriscando a confusão nos mercados. Mais: se o objectivo era destacar o “all”, para dizer “o Algarve tem tudo”, ou “tudo no Algarve”, porque não destacaram graficamente essa palavra inglesa? Porque não ALLgarve, por exemplo?!

Ao entalar a palavra no nome da região, os criadores arriscam-se a que os tais “ignorantes ingleses” (e outros, alguns deles bem portugueses) não percebam o trocadilho. E se isso acontecer, torna-se pura e simplesmente ineficaz. Um trocadilho só é útil se o percebermos.

Porém, as minhas razões são técnicas. Não acredito que o “all” ofenda o “bom nome” da região e não alinho na maior parte das parvoíces que se disseram a propósito do assunto. Embora também saiba – porque não sou ingénuo – que há “politiquês” por trás dessas reacções.

Revolta popular? Demissão do ministro? Ofensa ao povo algarvio? Pobre país, POORtugal, que tais políticos tem!

Mas também POORtugal que tais promotores turísticos, artistas do marketing e assessores pariu!

Anónimo disse...

E ninguém protestou contra a denominação Faro/Huelva que alguém resolveu dar ao Aeroporto?!