A atitude de Cavaco Silva de realizar uma cerimónia comemorativa dos 50 anos da assinatura do Tratado de Roma é reveladora da importância da União Europeia no nosso quotidiano...Porém, não convidar a principal personagem do processo de adesão de Portugal revela uma pequenez de espírito que não se coaduna com o exercício do cargo de Presidente da República e mancha indelevelmente um mandato que até ia correndo muito bem...
Quer Cavaco Silva queira, ou não, Mário Soares esteve no processo do princípio ao fim, apresentando a candidatura portuguesa em 1977 e assinando o tratado de adesão em 1985, em simultâneo com a Espanha, do qual os governos de Cavaco acabaram por ser os principais beneficiários, governando o País com abundância de recursos financeiros até 1995...
Na próxima reunião do Conselho de Estado, do qual o ex-Presidente da República é membro vitalício, Aníbal Cavaco Silva vai ter que apresentar uma justificação muito boa, não acham?!
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