quarta-feira, novembro 02, 2011

Noruega lidera IDH

Noruega, Austrália e Holanda ocupam os primeiros lugares na lista de países com maiores progressos na saúde, educação e rendimento, revela o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2011, que coloca RDCongo, Níger e Burundi nas últimas posições...



Nos três primeiros países, a esperança de vida à nascença ronda dos 82 anos, as crianças frequentam em média 12 anos de escolaridade e o Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita varia entre os 34.431 dólares (24.569 euros) na Austrália e os 47.557 dólares [33.924 euros) na Noruega.


Os três últimos países do índice apresentam RNB per capita entre 280 dólares (cerca de 199 euros) e 641 dólares (656 euros), a esperança de vida à nascença não vai além dos 55 anos e a escolaridade média varia entre 1,4 e 3,5 anos.


Divulgado hoje em Copenhaga pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o índice coloca ainda, em termos globais, os Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, Irlanda, Liechtenstein, Alemanha e Suíça entre os 10 países com melhores níveis de desenvolvimento em 2011.


Contudo, quando são consideradas as desigualdades internas na saúde, educação e rendimento, algumas das nações mais ricas do mundo ficam fora dos primeiros 20 lugares. Os Estados Unidos passam do 4.º para o 23.º lugar, a Coreia do Sul de 15.º para 32.º e Israel de 17.º para 25.º.


Estados Unidos e Israel perderam posições principalmente por causa da desigualdade de rendimentos. Os norte-americanos devem também parte da sua despromoção à desigualdade no acesso à saúde, enquanto o fosso geracional na educação impediu a Coreia do Sul de obter melhor pontuação.


A Suécia, que passou de 10.º para 5.º lugar, a Dinamarca que subiu do 16.º para o 12.º posto e a Eslovénia que saltou do 21.º para o 14.º lugar, são países que conseguiram progressos importantes em matéria de igualdade na saúde, educação e rendimentos.


O IDH integra o relatório anual sobre desenvolvimento humano publicado pelo PNUD, que em 2011 analisou a performance de 187 países (mais 18 que em 2010) no que respeita à frequência escolar, esperança média de vida e rendimento per capita.


O relatório "Equidade e sustentabilidade: Um melhor futuro para todos" nota que a distribuição de rendimentos piorou na maioria dos países, com a América Latina a permanecer a região com mais desigualdades na distribuição de rendimentos, embora países como o Brasil e o Chile tenham reduzido as desigualdades internas.


Analisando os três parâmetros em conjunto, o relatório mostra que a América Latina é mais igualitária que a África Subsaariana e o sul da Ásia.


O índice de pobreza multidimensional, outro documento incluído no relatório, concluiu que no decénio que terminou em 2010, 1.700 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza em 109 países.


O Níger é o país com mais pessoas em situação de pobreza (92 por cento da população), seguido da Etiópia e do Mali.


De acordo com este indicador, os 10 países com mais pobres localizam-se na África subsaariana, mas os países com mais pobres em todas as dimensões analisadas pelo índice - acesso a água potável, habitação, saúde, combustível e bens - são a Índia, Paquistão e Bangladesh.

Na Ásia e na África subsaariana, 85 por cento das pessoas em situação de pobreza não têm acesso a serviços básicos de saneamento.

Portugal ocupa este ano o 41.º lugar entre os 187 países avaliados, caindo uma posição. Porém, como o número de países que integram a tabela aumentou de 169 para 187, os especialistas da ONU consideram que mantém a mesma posição no «ranking».


O documento apresenta a evolução ao longo dos últimos 30 anos, durante o qual regista-se uma regressão notável da mortalidade infantil. Neste período a esperança de vida à nascença em Portugal aumentou 8,2 anos, a escolaridade subiu em média 2,9 anos e o rendimento nacional bruto por pessoa aumentou 76 por cento. No entanto, a previsão do rendimento nacional bruto para este ano aponta para o valor mais baixo registado entre os últimos quatro avaliados. Em 2000 atingiu os 20.662, cinco anos depois subiu para 20.980, em 2010 baixou ligeiramente para 20.928 e este ano espera-se que desça para os 20.573. Portugal apresenta uma esperança média de vida para os nascidos de 79,5 anos e um índice de escolaridade média por habitante de 7,7 anos.


Os peritos da ONU consideram a Grécia e a Hungria como países semelhantes a Portugal, quer pelo número de habitantes e índice de desenvolvimento humano. Ocupam, respectivamente, o 29º e o 38º lugar.


A maioria dos oito países lusófonos mantém a classificação de «baixo desenvolvimento humano» neste relatório da ONU, apesar dos progressos alcançados nas últimas duas décadas. Moçambique é o quarto pior do Mundo no índice de 2011 das Nações Unidas. Moçambique (184.º), Guiné-Bissau (176.º), Angola (148.º), Timor-Leste (147.º) e São Tomé e Príncipe (144.º) continuam a ocupar os lugares mais baixos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que este ano analisou 187 países.


Cabo Verde (133.º) surge classificado como tendo «desenvolvimento humano médio» e o Brasil (84.º) como país de «desenvolvimento humano elevado». Esperemos uma evolução positiva na próxima edição!


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