terça-feira, outubro 25, 2011

Não somos independentes, sejamos diferentes...

O aumento do IVA no golfe e na restauração, o corte dos subsídios de férias e de Natal dos servidores públicos e a introdução de portagens na A22, para além da suspensão de investimentos vitais nos domínios das acessibilidades e da saúde, vão ser fatais para a região do Algarve...

Apesar do contributo relevante da economia regional para as receitas do Estado e para as exportações nacionais, a proposta de Orçamento de Estado para 2012 apresentada pelo Governo revela-se dramática para as aspirações dos empresários e para as expectativas dos algarvios.

Com uma estrutura económica assente e dependente da actividade turística, a crise económica internacional já havia afectado fortemente as empresas muito dependentes dos mercados britânico e irlandês, fazendo disparar o desemprego e as falências. Em 2011, a instabilidade nos destinos do Mediterrâneo ainda permitiu recuperar algum optimismo, que as propostas agora apresentadas fazem esmorecer potenciando o decréscimo do consumo privado...

Insuspeitáveis representantes da Universidade do Algarve ou do tecido empresarial já tornaram públicas as suas preocupações e apontam para uma queda de cerca de “20 por cento” na procura interna turística, decorrentes destas medidas políticas de caracter profundamente recessivo.  Resta-nos apostar decisivamente na qualificação da oferta turística, na promoção daquilo que é único e na produção de experiências inesquecíveis para quem nos queira visitar!

O turismo de natureza, integrando sem vergonha a oferta de sol e mar, o birdwatching, o BTT e o cicloturismo, os desportos náuticos e o golfe, rentabilizando todas as infraestruturas existentes, e a valorização do nosso património edificado e imaterial, onde incluímos uma gastronomia de sabores intensos proporcionados pelo melhor peixe do mundo e primores de excelência ou as tradições culturais herdadas de milénios de transações com os povos do Mediterrâneo são factores competitivos que não podemos desperdiçar...

Apesar da regionalização parecer cada vez mais longínqua e sendo certo que os tempos não são fáceis, é nossa obrigação enfrentar as adversidades com determinação e imaginação, transformando esta gigantesca crise numa oportunidade colossal para demonstrarmos que somos diferentes e que não nos vergamos perante o desprezo e a indiferença de quem nos governa!

5 comentários:

Anónimo disse...

Um aspecto positivo nesta forma de governação, é que o melhor peixe do mundo será para os ALGARVIOS :)

Anónimo disse...

Parece que o IRS vai também incidir sobre os dois vencimentos que foram retirados aos funcionários públicos, vai linda a roubalheira.

http://www.dn.pt/edicaoimpressa/default.aspx?content_id=2079723

PREPAREM-SE, VAMOS PAGAR IMPOSTOS COM BASE EM RENDIMENTOS VIRTUAIS :(((

Anónimo disse...

Nobel da Física 2011


Este ano Portugal será um forte candidato ao prémio da Nobel da Física.

Depois da descoberta do átomo, do neutrão, do protão e do electrão, acabou de ser descoberto o Pelintrão.




E como se caracteriza o Pelintrão?

O Pelintrão é um tuga sem massa e sem energia, mas que suporta qualquer carga!

Kruzes Kanhoto disse...

Quanto ao golfe não sei, mas no que diz respeito aos ginásios quando o iva baixou da taxa máxima para a reduzida o preços não acompanharam a queda do imposto. Então porque não adoptam agora o mesmo principio?!

Vítor Neto disse...

Manifesto ao Algarve e aos Algarvios - Reformular a Estratégia da Região, por Vítor Neto (Presidente do NERA), in Observatório do Algarve, 24-11-2011

Vivemos um momento muito perigoso para a nossa Região. O Algarve – os seus cidadãos, a sua juventude, os seus empresários - não podem limitar-se a assistir passivamente ao desfilar diário de más notícias, sem quaisquer perspectivas de um futuro de esperança. Temendo o pior ou à espera da generosidade da Senhora Merkel e do BCE!

Ninguém sabe o que vai acontecer ao Euro nem se vamos continuar no Euro e até na própria UE. Ninguém sabe se se consegue evitar o agravamento da crise.

Mas uma coisa é certa: ser apenas espetador pode conduzir-nos ao desastre! A dívida, o défice, o desemprego, a recessão não vão parar à nossa espera!

É tempo de assumir responsabilidades. É tempo de agir. (...)