Segundo Ana Fernandes, editora de ambiente do jornal Público, Portugal tem uma imagem banalizada que é traduzida em meia dúzia de "clichés" que servem para definir o rectângulo - "É o país do sol, da praia, da simpatia, da segurança, do golfe e pouco mais. Um rótulo aparentemente atractivo, mas que não só não modifica a opinião generalizada de que se trata de um país pobre e periférico, como há centenas de outras nações que oferecem o mesmo produto embrulhado num pacote mais paradisíaco do que o nacional."
Para mudar esta visão, a resposta está no mar, que poderá dar aos portugueses uma nova identidade. É esta a proposta da Comissão Estratégica dos Oceanos, criada a 27 de Maio por resolução do Conselho de Ministros e empossada a 9 de Julho de 2003 sob a dependência do primeiro-ministro, a Comissão, coordenada por Tiago Pitta e Cunha, entregou o seu relatório a Durão Barroso em Julho deste ano.
Porém, com a queda do Executivo do agora Presidente da Comissão Europeia, o documento nunca chegou a ser divulgado, o que finalmente acontece nesta sexta-feira, no encerramento da Semana do Mar. Com uma diferença: a sua publicitação caberá ao Ministério da Defesa e dos Assuntos do Mar, tendo-se perdido parte do carácter transversal que tinha quando estava sob a alçada do chefe do Governo.
Resta saber quanto tempo vai ser necessário para implementar um conjunto ambicioso de iniciativas, embora algumas delas já existam e sejam apresentadas como novidade (como o Fundo de Compensação Salarial dos Profissionais da Pesca, a título de exemplo) e qual a intervenção dos demais ministérios e serviços públicos que têm nas suas atribuições e competências matérias relacionadas com o mar...
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