(Publicado na edição de 11 de junho do Algarve Informativo)
O desenvolvimento integrado e sustentado do território nacional, principalmente das zonas de baixa densidade ou com recursos limitados, passará sempre por estratégias de âmbito regional articuladas de forma global e, em tempos de globalização galopante, por olharmos para além das limitações administrativas e geográficas.
O desenvolvimento integrado e sustentado do território nacional, principalmente das zonas de baixa densidade ou com recursos limitados, passará sempre por estratégias de âmbito regional articuladas de forma global e, em tempos de globalização galopante, por olharmos para além das limitações administrativas e geográficas.
Se olharmos para o território nacional
ou, noutra escala, para a região do Algarve, deparamos com uma níveis de
ocupação humana e económica com paralelos curiosos que importa analisar. Com
exceção do Algarve, que adiante veremos mais aprofundadamente, o território tem
níveis de ocupação mais densa entre a península de Setúbal e o Minho, nunca
indo muito além da meia centena de quilómetros do litoral, concentrando os
grandes investimentos públicos e privados geradores de emprego e de riqueza…
E, já olharam para o Algarve?! Entre as
praias e a Estrada Nacional 125, aqui e além até à Via do Infante, a ocupação
do território faz-se de Tavira a Lagos, onde residem quase dois terços da
população e desenvolvem-se a generalidade das atividades económicas e sociais.
Somos cerca de quatrocentos e cinquenta mil habitantes, uma cidade média em
termos europeus, com oito polos urbanos mais ativos dispersos e funcionando em
rede sobre o território adjacente, sem que exista uma entidade que consiga
assegurar a sua gestão em termos correntes e valorizar completamente as
potencialidades existentes acrescentando valor às zonas mais fragilizadas.
As várias tentativas realizadas ao longo
dos anos esbarraram numa administração central desconcentrada sem capacidade de
intervenção real e dependente de orientações superiores ou em órgãos
autárquicos empenhados na satisfação de necessidades básicas decorrentes de
décadas de subdesenvolvimento, com acesso a recursos limitados, e confrontados
com o crescimento exponencial de uma atividade económica monotemática exigente
em termos de infraestruturas e sazonal no domínio dos proventos. Como conciliar
tudo e manter o comboio em andamento?!
A próxima geração de políticas do
território devem dar um importante contributo para prosseguirmos tal caminhada,
devendo os principais agentes decidir investimentos apenas depois de
assegurarem o seu enquadramento estratégico na região, em articulação estreita
com as entidades nacionais e, subindo acima das atuais fronteiras
administrativas e geográficas, procurando parecerias nos territórios
transfronteiriços.
Na imagem feliz desenhada por António
Covas, em artigo no Jornal
de Notícias sobre a valorização do Interior, “para lá do país que julgamos
conhecer, haverá muitos outros países para desabrochar”, sublinhando que ”os
territórios imateriais e intangíveis serão absolutamente surpreendentes”.
Na sua opinião, essa geração de
políticas deveria assentar em quatro eixos fundamentais: as áreas
metropolitanas do litoral, os arcos metropolitanos do interior médio (incluindo
aqui a “cidade-região do Algarve”, em articulação com a Euroregião Algarve-Alentejo-Andaluzia),
a rede inteligente de cidades pequenas e média do grande interior e a projeção
da fachada transfronteiriça peninsular, através dos novos instrumentos,
nomeadamente dos agrupamentos europeus de cooperação territorial (Algarve –
Huelva, por exemplo), permitindo a operacionalização de duas estratégicas valorização
do Interior de âmbito diverso, embora complementares na visão e na utilização
dos recursos existentes e a disponibilizar.
Se alguns atores já entenderam bem qual
é o caminho a seguir, outros ainda apalpam o terreno e há quem ainda nem tenha
chegado perto, mantendo-se entretidos com fenómenos localizados e de curta
duração, desperdiçando tempo e meios e perdendo a oportunidade de mudar a nossa
estrutura de criação de valor e de intervenção no espaço público. Basta abrir
os olhos pois… o futuro está aqui ao lado!
5 comentários:
O pecado das últimas gerações do PROT é que equiparam o interior ao litoral, onde a apetência por investimento é grande. Poderá mesmo dizer-se que até tem privilegiado o litoral, já que é onde se constata a ocupação por vezes excessiva do território.
Haja coragem para tratar de forma diferente questões e valores diferentes.
F
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