sexta-feira, junho 24, 2005

Acto de reflexão


(Publicado na edição de 23 de Junho de 2005 do jornal POSTAL DO ALGARVE)

Há quatro anos, aceitei o desafio de liderar uma candidatura à Assembleia de Freguesia de Santiago. Contra a corrente maioritária das sondagens, o Partido Socialista apresentou em Tavira um conjunto de candidaturas corajosas que pretendiam implementar uma nova forma de estar na política!

Aceitei aquele desafio motivado pela defesa constante dos elevados padrões de qualidade de vida que reconhecidamente ainda existiam em Tavira, pela dinamização dos espaços públicos desportivos e culturais, pela conservação do nosso património ambiental, arquitectónico e cultural, pelo desenvolvimento económico equilibrado e sustentado da cidade e do espaço rural magnífico que resistia à invasão do betão.

Como é do conhecimento público, o nosso sucesso foi relativo. Contudo, face às adversidades, há quem sinta uma motivação reforçada e resista à tentação comodista de cruzar os braços!

Ao longo destes quatro anos de mandato autárquico, integrados numa assembleia de freguesia composta maioritariamente pelos eleitos da força política dominante no concelho, os representantes do PS pugnaram pelo cumprimento de um programa exigente de iniciativas e infra-estruturas, delineado com os demais parceiros da lista e que entendíamos corresponder às expectativas dos nossos concidadãos…

Neste período, foi possível comprovar que o facto de estarmos na oposição implica uma maior determinação no respeito dos princípios e no cumprimento dos objectivos. Para tal, sempre com uma postura de exigência construtiva, tentámos estabelecer pontes e reconhecer posições comuns que fossem valorizadas pela nossa intervenção. Por isso, independentemente das perspectivas de sucesso, procurámos liderar iniciativas que correspondessem ao interesse de todos!

Se em alguns casos, tal não mereceu o acolhimento positivo da maioria daquele órgão autárquico (renovação do regimento, adopção do orçamento participativo ou o desenvolvimento de importantes infra-estruturas na freguesia – novo acesso viário a Santa Luzia, quartel da GNR, parque empresarial de Santa Margarida, pousadas da juventude e do Convento da Graça, etc, etc,), noutras situações não podemos deixar de sublinhar a aprovação unânime de algumas propostas (alterações à circulação rodoviária, requalificação da rua do Alto do Cano e da rua dos Mouros, beneficiação do parque escolar, requalificação de espaços públicos, limpeza e conservação de mobiliário urbano, etc, etc.).

Aproximando-se o termo deste mandato, gostaria de agradecer o empenhamento activo da Dra. Ana Carvalho, do José Gonçalves e da Dra. Teresa Afonso, que participaram ao meu lado nesta missão, as sugestões frequentes e a disponibilidade permanente dos demais membros da lista e, nas pessoas da D. Maria de Lurdes Cirne e do Rui Amaro, aos outros eleitos da assembleia e da junta da freguesia, pela forma como acolheram e reencaminharam as nossas preocupações e propostas, no respeito dos valores democráticos que sempre regeram a nossa conduta.

Estamos na política para servir os tavirenses, porque apostamos na valorização do nosso património natural, arquitectónico e cultural como forma de gerar mais e melhor emprego e prosperidade. Porque todos merecem ser alvo de atenções especiais durante todo o mandato e não apenas na véspera das campanhas eleitorais. Sempre, para um futuro melhor!

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